Santo do dia: São Tomás Becket, Bispo e mártir; São Marcelo, abade
Cor litúrgica: branco
Evangelho de hoje: São Lucas 2, 22-35
Primeira leitura: São João 2, 3-11
Leitura da primeira carta de São João:
Caríssimos, 3para saber que conhecemos Jesus, vejamos se guardamos os
seus mandamentos. 4Quem diz: “Eu conheço a Deus”, mas não guarda os
seus mandamentos, é mentiroso, e a verdade não está nele. 5Naquele,
porém, que guarda a sua palavra, o amor de Deus é plenamente realizado. O
critério para sabermos se estamos com Jesus é este: 6quem diz que
permanece nele, deve também proceder como ele procedeu. 7Caríssimos, não
vos comunico um mandamento novo, mas um mandamento antigo, que
recebestes desde o início; este mandamento antigo é a palavra que
ouvistes. 8No entanto, o que vos escrevo é um mandamento novo – que é
verdadeiro nele e em vós – pois que as trevas passam e já brilha a luz
verdadeira. 9Aquele que diz estar na luz, mas odeia o seu irmão, ainda
está nas trevas. 10O que ama o seu irmão permanece na luz e não corre
perigo de tropeçar.11Mas o que odeia o seu irmão está nas trevas,
caminha nas trevas, e não sabe aonde vai, porque as trevas ofuscaram os
seus olhos.
- Palavra do Senhor
- Graças a Deus
Salmo 95 (96)
— Cantai ao Senhor Deus um canto novo, cantai ao Senhor Deus, ó terra inteira! Cantai e bendizei seu santo nome!
R: O céu se rejubile e exulte a terra!
—Dia após dia anunciai sua salvação, manifestai a sua glória entre as nações, e entre os povos do universo seus prodígios!
R: O céu se rejubile e exulte a terra!
—Foi o Senhor e nosso Deus quem fez os céus: diante dele vão a glória e a majestade, e o seu templo, que beleza e esplendor!
R: O céu se rejubile e exulte a terra!
Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 2, 22-35
- Aleluia, Aleluia, Aleluia!
- Sois a luz que brilhará para osa gentios e para a glória de Israel, o vosso povo (Lc 2, 32)
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas:
22Quando se completaram os dias para a purificação da mãe e do filho,
conforme a Lei de Moisés, Maria e José levaram Jesus a Jerusalém, a fim
de apresentá-lo ao Senhor. 23Conforme está escrito na Lei do Senhor:
“Todo primogênito do sexo masculino deve ser consagrado ao Senhor”.
24Foram também oferecer o sacrifício – um par de rolas ou dois pombinhos
– como está ordenado na Lei do Senhor. 25Em Jerusalém, havia um homem
chamado Simeão, o qual era justo e piedoso, 26e esperava a consolação do
povo de Israel. O Espírito Santo estava com ele e lhe havia anunciado
que não morreria antes de ver o Messias que vem do Senhor. 27Movido pelo
Espírito, Simeão veio ao Templo. Quando os pais trouxeram o menino
Jesus para cumprir o que a Lei ordenava, 28Simeão tomou o menino nos
braços e bendisse a Deus: 29“Agora, Senhor, conforme a tua promessa,
podes deixar teu servo partir em paz; 30porque meus olhos viram a tua
salvação, 31que preparaste diante de todos os povos: 32luz para iluminar
as nações e glória do teu povo Israel”. 33O pai e a mãe de Jesus
estavam admirados com o que diziam a respeito dele. 34Simeão os abençoou
e disse a Maria, a mãe de Jesus: “Este menino vai ser causa tanto de
queda como de reerguimento para muitos em Israel. Ele será um sinal de
contradição. 35Assim serão revelados os pensamentos de muitos corações.
Quanto a ti uma espada te traspassará a alma”.
— Palavra da Salvação
— Glória a vós, Senhor
Comentário do dia por Santa Teresa de Ávila (1515-1582)
Carmelita descalça, Doutora da Igreja
Caminho de Perfeição, cap. 31, 1-2 (Ed. Carmelo, 2000, rev)
Simeão tomou-O nos braços
Nesta oração de quietude, o Senhor começa a dar a entender que ouve a
nossa petição e começa, já aqui neste mundo, a dar-nos o seu reino,
para que deveras O louvemos, santifiquemos o seu nome e procuremos que
todos o façam.
Esta oração é já coisa sobrenatural e que não podemos procurar por
nós mesmos, por mais diligências que façamos, porque é um pôr-se a alma
em paz, ou pô-la o Senhor em paz, para melhor falar com a sua presença,
como fez ao justo Simeão, porque todas as potências se sossegam. Entende
a alma, de um modo muito diverso do entender com os sentidos
exteriores, que já está ali mesmo ao pé de Deus, que com mais um
poucochinho chegará a estar feita uma mesma coisa com Ele por união. E
isto, não porque O veja com os olhos do corpo, nem com os da alma. O
justo Simeão também não via, do glorioso Menino pobrezinho, mais do que
as faixas em que O levavam envolto e a pouca gente que ia com ele na
procissão, que mais pudera julgá-lo filho de gente pobre que Filho do
Pai celestial; mas o mesmo Menino deu-Se-lhe a conhecer. E é assim que a
alma aqui entende, embora não com essa clareza; porque nem mesmo ela
percebe como o entende, senão que se vê no reino, ou ao menos junto do
Rei que lho há-de dar, e parece que a própria alma está com tal
respeito, que nem sequer ousa pedir.