Como surgiu o Rosário?
O costume de contar pequenas orações de repetição nos dedos da mão, por meio de pedrinhas, grãos ou ossinhos, soltos ou unidos por um barbante, é muito antigo. No cristianismo, isto se verificava entre os monges nos séculos IV e V (anos 300 e 400).
Primeiramente, foi introduzido o costume de rezar determinado número de vezes o Pai Nosso. Isto se dava de modo especial nos mosteiros, sobretudo a partir do século X (depois do ano 900) onde muitos cristãos que faziam os votos de vida religiosa não tinham condições de participar das orações dos salmos (do saltério), com leituras e cânticos. Seus superiores estabeleciam para eles a recitação do Pai-Nosso determinado número de vezes.
Até o século VII (depois do ano 600), a frase do anúncio do anjo a Maria era a antífona do ofertório do quarto domingo de Advento. É antiga também a recitação da parte da “Ave Maria” que recordava a mensagem do anjo e as palavras de Isabel a Nossa Senhora quando esta a visitou. O nome Jesus no final da primeira parte e a segunda parte foram introduzidos em torno do ano 1480.
Inicialmente, a recitação da Ave Maria era feita sem a inclusão de fatos – mistérios – da vida de Cristo. Entre 1410 e 1439, o monge cartuxo Domingo de Prusia, de Colônia, Alemanha, introduziu uma espécie de saltério mariano, com 50 Ave-Marias, mas cada uma era seguida de uma referência a uma passagem do Evangelho, como uma jaculatória. Assim, os salmos eram substituídos pelas Ave-Marias e as antífonas, pelas passagens evangélicas.
A iniciativa do monge teve plena aceitação e popularização. Os ditos saltérios marianos se multiplicaram. Chegou-se a ter em torno de 300 referências ao Evangelho. O dominicano Alano de la Roche (1428-1475) empenhou-se muito na promoção do saltério mariano, que começou a se chamar “Rosário da Bem-Aventurada Virgem Maria”. Outro dominicano, Alberto de Castello, em 1521, simplificou o Rosário, escolhendo 15 passagens evangélicas para meditação a cada dez Ave-Marias. São Pio V, Papa de 1566 a 1572, época final e de implementação do Concílio de Trento, em que foram organizados os livros litúrgicos utilizados até o Concílio Vaticano II, estabeleceu a atual configuração do Rosário. Ele atribuiu à oração do Rosário a vitória naval de Lepanto, em 07 de outubro de 1571, que salvou o povo cristão da Europa de um grande perigo. Por causa disto, introduziu a festa de Nossa Senhora do Rosário.
Esta designação de “rosário” pode ter origem no costume de, em alguns lugares, o povo oferecer coroas (guirlandas) de rosas à sua rainha. Os cristãos transferiram isto a Maria, a rainha do céu e da terra: oferecer-lhe uma coroa de 150 rosas – Ave-Marias. Daí o rosário, mas dividido em três partes, resultando o terço. Cada dez Ave-Marias, um fato da vida de Jesus e de Maria: cinco fatos da infância: mistérios da alegria (gozosos); cinco fatos da dor, da paixão e morte (dolorosos); cinco da vitória de Cristo e da participação de Maria nela (gloriosos). Como ficava fora a pregação de Jesus, João Paulo II, em 16 de outubro de 2002, acrescentou cinco mistérios da luz (luminosos). Assim, o rosário passa a ter 200 Ave-Marias (duzentas rosas) e cada série de cinco mistérios passa a ser um quarto. Mas, pela tradição, continuar-se-á a falar em rezar um terço ou um rosário.
Fonte: Presbiteros
Historia do Santo Terço
A oração do Santo Rosário surge aproximadamente no ano 800 à sombra dos mosteiros, como "Saltério" dos leigos. Dado que os monges rezavam os salmos (150), os leigos, que em sua maioria não sabiam ler, aprenderam a rezar 150 Pai-Nossos. Com o passar do tempo, se formaram outros três saltérios com 150 Ave Marias, 150 louvores em honra a Jesus e 150 louvores em honra a Maria.
Segundo uma tradição a Igreja católica recebeu o Rosário em sua forma atual em 1206 quando a Virgem teria aparecido a Santo Domingo e o entregou como uma arma poderosa para a conversão dos hereges e outros pecadores daquele tempo. Desde então sua devoção se propagou rapidamente em todo o mundo com incríveis e milagrosos resultados.
No ano 1365 fez-se uma combinação dos quatro saltérios, dividindo as 150 Ave Marias em 15 dezenas e colocando um Pai nosso no início de cada uma delas. Em 1500 ficou estabelecido, para cada dezena a meditação de um episódio da vida de Jesus ou Maria, e assim surgiu o Rosário de quinze mistérios.
A palavra Rosário significa 'Coroa de Rosas'. É uma antiga devoção católica que a Virgem Maria revelou que cada vez que se reza uma Ave Maria lhe é entregue uma rosa e por cada Rosário completo lhe é entregue uma coroa de rosas. A rosa é a rainha das flores, sendo assim o Rosário de todas as devoções é, portanto, tido como sendo a mais importante.
A meditação de cada mistério acha sua base na Sagrada Escritura: é opcional a leitura do trecho que narra o que será contemplado, ou a divisão de um ou mais trechos em dez pedaços, de forma que seja lido parte a parte antes de cada Ave-Maria. Em sua maioria, as leituras são dos Evangelhos, mas também há trechos do Antigo Testamento que ajudam a compreender o que se passa na ocasião, ou comentários doutrinários sobre elas contidos nas epístolas. Os dois últimos mistérios (Assunção e coroação) não são do Evangelho, mas profetizados: por exemplo, no Livro de Judite, uma mulher salva o povo; nos Salmos, há freqüentes elogios a uma figura feminina, presentes também no Cântico dos Cânticos; e, definitivamente, no Apocalipse, um sinal nos céus apresenta uma mulher como Rainha, que a Tradição Apostólica, desde os primeiros tempos, afirmou tratar-se de Maria.
Os Terços e Seus "MISTÉRIOS"Mistérios Gozosos(segundas e sábados)
O tema é a concepção, nascimento e infância de Jesus Cristo.Esses mistérios são:
- a "A Virgem Maria foi saudada pelo anjo e lhe foi anunciado que havia de conceber e dar à luz Cristo, nosso Redentor (Lc 1,26-39);
- a Visitação de Maria a sua prima, Isabel;
- o Nascimento do Filho de Deus;
- a Apresentação do Menino Jesus no Templo ou a Purificação de Maria;
- e, por fim, a Perda e o reencontro do Menino-Deus no Templo.
São aqueles acrescentados há pouco tempo pelo Papa João Paulo II e abordam a vida do Filho de Deus, seus milagres, pregações e feitos importantes:
- seu Batismo no rio Jordão (Lc 2,41-50);
- Auto-revelação nas Bodas de Caná (Jo 2,1-12);
- o Anúncio do Reino de Deus e convite à conversão (Mc 1,15; Lc 7,47-48 e Jo 20,22-23);
- a Transfiguração (Lc9,35);
- e a Instituição da Eucaristia (Jo 13,1).
Neles medita-se a Paixão e Morte do Senhor, da mesma forma divididas em cinco mistérios:
- a Agonia do Senhor no Horto das Oliveiras;
- a Flagelação de Jesus;
- a Coroação de espinhos;
- Jesus carregando a Cruz até o Calvário;
- e a Crucificação e morte do Senhor.
Neles medita-se a ressureição e ascenção de jesus bem como pentecostes ea assunção da virgem Maria e sua coroação.
- a Ressurreição triunfante do Senhor;
- a gloriosa Ascensão do Senhor aos céus;
- a Vinda do Espírito Santo (ver Pentecostes);
- a Assunção da Virgem Maria aos céus;
- e a Coroação de Nossa Senhora como Rainha dos Céus e da Terra.
Festividade.
O dia 7 de outubro é dedicado à Virgem do Rosário. "O Rosário - diz Bento XVI - é o meio que nos dá a Virgem para contemplar a Jesus e, meditando sua vida, amá-lo e seguí-lo sempre fielmente". [1]
Documentos pontifícios
Em todos os tempos os papas aconselharam a prática da devoção do Santo Rosário. Nos últimos dois séculos foram publicados os seguintes documentos sobre esta devoção:
Rosarium Virginis Mariae (16 de outubro de 2002): Carta Apostólica de João Paulo II. Marialis Cultus (2 de fevereiro de 1974): Exortação Apostólica de Paulo VI.
Christi Matri (15 de setembro de 1966): Carta Encíclica de Paulo VI.
Grata Recordatio (26 de setembro de 1959): Carta Encíclica de João XXIII.
Ingruentium Malorum (15 de setembro de 1951): Carta Encíclica de Pio XII.
Magnae Dei Matris (8 de Setembro de 1892): Carta Encíclica de Leão XIII.
Superiore Anno (30 de agosto de 1884): Carta Encíclica de Leão XIII.
Supremi Apostolatus Officio (1 de setembro de 1883): Carta Encíclica de Leão XIII.
HISTÓRICO DO MOVIMENTO DA “MÃE RAINHA”
Em 1914, quando rompia a primeira guerra mundial, Pe. José Kentennich era Diretor Espiritual no Seminário Palotino em Schoenstatt, próximo ao rio Reno e à cidade de Vallendar – Alemanha. Grande devoto de Maria Santíssima considerava-a como a Educadora dos Cristãos e a colaboradora oficial de Cristo na Obra da Redenção. Afirmava que para formar um novo homem de profunda vida interior era necessário um imenso amor à Maria, pois em torno desta Mãe forma-se a verdadeira comunidade baseada no Amor. Com as dificuldades da guerra, o grupo de jovens seminaristas orientados por ele, ficou sem lugar próprio para seus encontros. Por isso começou a reunir-se em uma capelinha, nas proximidades do Seminário.
Pe. Kentennich ousou expor a idéia que há muito tempo trazia em seu coração. Não seria possível que através das orações, sacrifícios e o esforço na educação pessoal e comunitário que a Mãe de Deus fosse atraída à pequena capelinha e esta se tornasse um Santuário de graças? Todos os que ali chegassem para rezar deveriam experimentar suas glorias e receber graças de transformação interior. Assim convidaram Nossa Senhora a estabelecer-se nesta capelinha. Com esse Compromisso chamado a Aliança de Amor, deu-se a FUNDAÇÃO SANTUÁRIO e da OBRA INTERNACIONAL DE SCHOESNSTATT em 18 de outubro de l914.
Pelo apostolado e testemunho cristão dos jovens durante a guerra, o Movimento torno-se conhecido por muitos. A ele aderiram homens, mulheres, jovens, profissionais, casais, sacerdotes, que se uniam num objetivo comum; colaborar com a renovação religiosa e moral do mundo em Cristo por Maria.
O MOVIMENTO DA “MÃE RAINHA” NO BRASIL
O movimento de Schoenstatt chegou ao Brasil em 1935 por meio das Irmãs de Maria que aqui vieram como missionárias.
Por ocasião das visitas do fundador Padre José Kentenich ao Brasil, a partir de 1947 surgiu o Santuário em Santa Maria/RS.
No Brasil há hoje 21 Santuários de Schoenstatt. Na região Nordeste existe três Santuários: em Olinda/PE, em Salvador/BA e Garanhuns/PE.
Nos Santuários de Schoenstatt, Maria é venerada como Mãe, Rainha e vencedora três vezes Admirável de Schoenstatt.
Ela é Mãe porque nos foi dada por Jesus agonizante na cruz: “Eis aí tua Mãe” (Jo 19,27). Naquele momento João representou toda a humanidade, aceitou-a como Mãe e a levou para sua casa. Enquanto peregrinamos nossa terra. Maria cuida de nós com solicitude maternal.
Ela é Rainha, porque Mãe de Cristo, o Rei do universo. Por esta dignidade está acima de todas as criaturas. Deus a fez Imaculada, concebida sem pecado original, cheia de graça. Depois de sua Ascensão ao céu foi coroada como Rainha do céu e da terra.
Ela é Vencedora pelo poder que Deus lhe concedeu de vencer e triunfar sobre o mal e o pecado. É Vencedora em nós e por nós; Vencedora em todos os nossos problemas e dificuldades. Maria é Três Vezes Admirável pela grandeza de sua posição junto a Deus Uno e Trino. Como Mãe de Deus, como Mãe do redentor, como Mãe dos Remidos.
“De Schoenstatt. Esta palavra foi incluída no titulo para recordar o nome do lugar (às margens do Reno na Alemanha) onde surgiu o primeiro Santuário que de origem ao Movimento de Schoenstatt. A palavra “Schoenstatt” significa: belo lugar.
- O Terço para Homens já é bem antigo no Brasil. Na época da escravidão ele já existia. Eram os escravos que se reuniram com os missionários para rezar o terço. O "Terço dos Homens dos Pretos" é um exemplo disso. Depois, houve grupos isolados de homens que, de quando em quando, se reuniam para rezar o terço. Temos vários exemplos na história da Igreja no Brasil de grupos de homens que se reuniram para rezar o terço. Mas, o novo é a irrupção e expansão missionária do Terço dos Homens Mãe Rainha que surge a partir do Santuário de Schoenstatt, em Olinda/PE
Terço dos Homens Mãe Rainha
Percebe-se que com o Terço dos Homens algo novo está surgindo na Igreja. Fala-nos sobre isso.
-
Realmente, o Terço dos Homens é uma nova irrupção da graça do Espírito
Santo na Igreja do Brasil. O homem rezando o terço é algo novo e
interessante. Até então, parecia que esta devoção era uma coisa
reservada às mulheres, os homens rotulavam assim, pensando que era uma
piedade para as “beatas” da igreja.
Deus
escreve direito com linhas tortas. Ele suscita esta grande irrupção: o
Terço dos Homens, num tempo em que os homens se afastam cada vez mais
das coisas de Deus, e, claro, da devoção pessoal a Nossa Senhora. Deus
usa o seu velho princípio: as causas segundas! Neste caso, instrumentos
humanos, pessoas concretas, para manifestar sua vontade.
Deus
nos confirma diariamente que era sua vontade era chamar à vida este
“movimento”, a historia e fecundidade destes 13 são uma prova. Deus quer
que os homens se reúnam para rezar o terço e para que sejam educados
pela Mãe e Rainha.
O senhor falou que só homens se reúnem para a reza do terço, e as mulheres?
-
Não somente as mulheres, mas toda a família tem um dia no mês que é
aberto para ela. É o chamado o “dia da família”. Nesse dia, toda a
família dos homens do terço são convidados para rezar. O homem, por
natureza, quando a mulher aparece, acaba deixando para ela tudo o que
tem a ver com o mundo da oração.
Eu
creio que esse novo acontecer é uma graça de Deus, que somente os
homens se reúnam para rezar do seu jeito. É a ocasião e momento para que
ele desenvolva pessoalmente seu mundo de oração ao seu estilo. E em
todo caso, o terço dos homens quer promover a oração em família, que o
homem e a mulher aprendam a rezar juntos. O mais importante é que no
THMR o homem aprende a desenvolver o jeito masculino de se relacionar
com Deus...
Como está o crescimento do Terço dos Homens no Brasil?
-
O Terço do Homens Mãe Rainha cresce cada dia mais. A Mãe de Deus, neste
momento, é como um ímã que atrai e convoca. Isso está acontecendo em
todas as regiões do Brasil. No Nordeste tem crescido fortemente e a
partir de lá se tem expandido para outras regiões.
Quando nasceu o Terço dos Homens no Brasil?
- O Terço para Homens já é bem antigo no Brasil. Na época da escravidão ele já existia. Eram os escravos que se reuniram com os missionários para rezar o terço. O "Terço dos Homens dos Pretos" é um exemplo disso. Depois, houve grupos isolados de homens que, de quando em quando, se reuniam para rezar o terço. Temos vários exemplos na história da Igreja no Brasil de grupos de homens que se reuniram para rezar o terço. Mas, o novo é a irrupção e expansão missionária do Terço dos Homens Mãe Rainha que surge a partir do Santuário de Schoenstatt, em Olinda/PE
Sua
resposta é muito interessante e esclarece que nem todo grupo Terço dos
Homens é uma iniciativa de Schoenstatt. Conta-nos, então, como e quando
nasce o Terço dos Homens no Santuário?
-
Pe. José Pontes (um Padre de Schoenstatt que trabalha no Paraguai)
visitando uma paróquia em Jaboatão, em Pernambuco, deparou-se com um
grupo de homens que se reuniam para rezar o terço. Inspirado nessa
experiência, ele teve a ideia formar um grupo semelhante no Santuário da
Mãe e Rainha, em Olinda/PE. Esse Santuário foi consagrado com um ideal e
missão muito atual e exigente: ser um Santuário ao serviço da Nova
Evangelização.
Pe.
Pontes, então, convida alguns homens, que freqüentavam assiduamente o
Santuário, para assumir essa idéia evangelizadora e começar a rezar o
terço mensalmente. Com a reza do Terço, no santuário, lentamente vão-se
inserindo no carisma e na espiritualidade do Movimento Apostólico de
Schoenstatt.
No
mês de maio de 1997, surgiu a idéia rezar o teço semanalmente, pois era
o mês de Maria. Os homens assumiram esse propósito, mas não somente
este, também uma atitude missionária: fundar o THMR em outras Paróquias
(da diocese de Olinda e Recife); pois a experiência que tinham vivido,
rezando o terço em comum, tinha produzido entre eles, grandes frutos de
transformação. Eles atribuíam essa graça ao Santuário da Mãe e Rainha,
que lhes dava força missionária para expandir o THMR.
E por que o nome "Terço dos Homens Mãe Rainha"?
No
início, o nome que identificava esta ação apostólica era Grupo de
Oração Terço dos Homens (GOTH’S). Com o crescimento e expansão o nome
GOTH”S era identificado com os Grupos de Oração da Renovação
Carismática, ao mesmo tempo, o nome GOTH´S não expressava o carisma de
Schoenstatt, que os identificava desde o inicio.
Santuário da Mãe Rainha - Olinda/PE |
Então,
acrescenta-se o "Mãe Rainha", justamente para assegurar a fonte de
graças, de onde surgiu essa nova irrupção: o Santuário da Mãe Rainha.
Durante a realização do Simpósio de Mariologia, em Belém do Pará, na
preparação da V Conferência do CELAM e da vinda do Papa Bento XVI a
Aparecida, o Assessor Nacional do Terço dos Homens, daquele tempo, junto
com o Coordenador Nacional e um dos nossos padres especialistas em
Mariologia, fazem uma profunda reflexão sobre a caminhada do Terço dos
Homens, sobre a identificação e projeção pastoral.
Então,
sem perder a originalidade fundante, “rebatizam-no” com o nome de
“Terço dos Homens Mãe Rainha”. A partir desse momento deixa de ser
chamado de grupo de oração e o nome oficial, registrado em cartório,
passa ser: Terço dos Homens Mãe Rainha, com a sigla: THMR.
Como o senhor nos explica a existência de vários grupos chamados de “Terço dos Homens” que não usam esse nome oficial?
-
Sim, existem vários grupos chamados de Terço dos Homens, que nem sabem
qual é a origem dessa pastoral. Podemos afirmar que alguns Terços dos
Homens de antigamente, surgiram sem uma expansão significativa, outros
grupos surgem - sem saber - do modelo THMR.
Talvez
aqui valha a pena contar um exemplo: visitando uma paróquia em Goiás, o
pároco me contou que ele trouxe o terço dos Homens para sua paróquia.
Nas férias – em Fortaleza – na sua paróquia de origem, este pároco teve
uma experiência vital com o Terço dos Homens. Interessado nesse
apostolado - “sui generis" - juntou o material que havia nesse momento e
partiu para fundar o Terço dos Homens na sua paróquia. Mas, ele não
sabia que o terço da sua paróquia de Fortaleza “era da Mãe Rainha”.
Desta
ou outra forma surgiram muitos Terços dos Homens. Todos eles têm sua
razão de existir, pois neste mundo tão secularizado eles promovem a
devoção Mariana e a evangelização da família: ótimo!
Qual é a função dos Padres de Schoenstatt como Assessores do THMR?
-
Os Padres de Schoenstatt, assessores, preocupam-se com a assistência
espiritual do Terço dos Homens Mãe Rainha - THMR. Cuidamos do seu
crescimento, do cultivo da espiritualidade da Mãe e Rainha
(Espiritualidade de Schoenstatt), da sua estrutura, material, da
formação, dos Encontros Diocesanos, Regionais, Estaduais e Nacionais
etc. Diante da CNBB sentimos-nos responsáveis por todos os Terços dos
Homens que cultivam a espiritualidade de Schoenstatt.
Há algum bispo na CNBB responsável pelo Terço dos Homens?
-
Sim. A irrupção do serviço pastoral do Terço dos Homens é tão grande
que se fez sentir na Igreja. Os bispos veem neste acontecimento uma nova
força evangelizadora dentro da Igreja, a qual não pode ser ignorada.
Dom Gil Antonio Moreira, Arcebispo de Juiz de Fora/MG, um grande
entusiasta do Terço, assume a grande responsabilidade – de parte da CNBB
– de ser o Bispo referencial para todas as expressões do Terço dos
Homens.
O que quer dizer isso?
-
Dom Gil tem a missão de motivar e promover, como também representar na
CNBB todos os Terços dos Homens, entre eles o THMR. Ele tem a missão de
apoiar e incentivar os diferentes carismas e espiritualidades que se
expressam no Terço dos Homens, mantendo a originalidade de cada um e a
unidade desse grande acontecer na Igreja do Brasil. Uma vez por ano está
acontecendo uma Romaria ao Santuário Nacional de Aparecida, já acaba de
acontecer a terceira, onde se encontraram todas as expressões do Terço
dos Homens. Todos os homens se reúnem “na casa de Maria”.
O senhor teve uma conversa com Dom Gil. Pode nos falar sobre isso?
-
Logo que foi oficializado o nome de Dom Gil como Bispo referencial para
o Terço dos Homens, fizemos-lhe uma visita para apresentar-lhe o THMR.
Primeiramente, agradecemos-lhe por ter assumido essa missão diante da
Igreja no Brasil. Falamos sobre a rica história do nascimento, e
expansão do THMR.
Ele
ficou muito impressionado quando falamos na quantidade de homens do
THMR que reúnem semanalmente nas suas comunidades. Não temos o numero
exato de membros, mas a Secretaria Nacional do THMR informou-me que
certamente o numero de participantes já ultrapassou um milhão. Como não
ficar surpreso? Ele ficou muito contente. Ele pensa em montar uma
secretaria junto à CNBB, para dar assistência a todas as
espiritualidades que inspiram as varias correntes do Terço dos Homens.
Dom Gil é uma benção para o Terço dos Homens. Com esta sua nomeação, o
Terço dos Homens ganha um novo “status” e nos confirma na nossa
caminhada.
Pe. Vandemir, para encerrar, qual sua mensagem para o Terço dos homens?
-
Gostaria de incentivar a todos os Terços dos Homens existentes no nosso
país, para que sejam fiéis à sua origem e se empenhem em rezar o Terço
com muita devoção, procurando um encontro pessoal de fé com a Mãe de
Jesus e nossa Mãe. Que sejam os missionários da nova evangelização,
propagando esta devoção na Igreja do Brasil, que a partir do Documento
de Aparecida convoca-nos a uma “missão continental” e a vivermos em
“estado permanente de missão”.
Agradecemos
ao Pe. Vandemir e lembramos que há um manual para o Terço dos Homens
Mãe Rainha, que pode ser encontrado em todos os centros de Schoenstatt,
no qual estão todas as diretrizes para essa bela iniciativa.
Terço dos Homens em Lajes Pintadas/RN
No
dia 30 de janeiro de 2008, com a intercessão da Mãe Rainha e Vencedora
Três Vezes Admirável, o nosso Pe. Idalmo Cesar Barbosa Fernandes, pároco da paróquia de Nossa Senhora de Lourdes em Campo Redondo/RN, Igreja de São Francisco de Assis em Lajes Pintadas/RN, formando uma Coordenação com José Jorge de Oliveira e outros membros do Movimento
abraçou esta missão, pedindo as luzes do Espírito Santo, começou na Igreja de São Francisco de Assis com um pequeno grupo de 13 homens a contemplar o rosário,
recordando assim a vida de Jesus, desde o Sim de Maria, nascimento e
morte de cruz.
Hoje em nossa Paróquia de Nossa Senhora de Lourdes em Campo Redondo/RN, como em nossa Igreja em Lajes Pintadas/RN e demais municípios, já somamos 10 grupos divididos na Paróquia na Cidade e
na Zona Rural passam de 300 (trezentos) homens
que se reúnem todas as quarta - feiras para agradecer as chuvas de bençãos que cai
sobre cada um deles e de seus familiares.