Igreja

Rádio GOTHMLP

terça-feira, 30 de outubro de 2012

O que surte mais efeito: Perdoar ou ser perdoado?

O perdão dado e recebido transforma verdadeiramente a pessoa que tiver retidão de alma. O que nos possibilita conviver fraternalmente não é o fato de não errarmos, mas a disposição de perdoar e a confiança de ser perdoado segundo os critérios da convivência cristã.
Nosso Senhor Jesus Cristo nos recomenda perdoar “até setenta vezes sete” (S. Mateus, 18, 22). Mais. Nosso Senhor prometeu: “Se dois de vós se unirem entre si sobre a terra para pedir qualquer coisa, esta lhe será concedida por meu Pai, que está nos céus. Porque onde se acham dois ou três congregados em meu nome, aí estou eu no meio deles” (S.Mateus, 18, 19-20). “Congregados em meu nome” significa relacionados segundo a virtude da Caridade.
As palavras “setenta vezes sete vezes” não significam um número determinado, de maneira que ficaria concluído o perdão ao se alcançar este número bastante elevado, por sinal. Expressa que deve ser perdoado sempre e sem interrupção, desde que seja segundo os preceitos da Lei Moral. Ou seja, não é sem qualquer critério.
Dentre as várias explicações sobre o significado de “setenta vezes sete” está em que o número seis (6) significa a obra e o trabalho. E o número sete (7) significa a interrupção e o repouso. Por conseguinte, quem ama as coisas do mundo e executa as coisas que há nele sem ter presente a vida eterna (ou seja, sem interrupção; isto é, vive só para as coisas temporais), peca sete vezes. São Pedro queria manifestar isto quando perguntou se deveria perdoar “sete vezes”.
Mas como Nosso Senhor sabia que alguns cometeriam mais pecados que os compreendidos neste número, acrescentou ao sete o número setenta, expressando deste modo que se devia perdoar às pessoas que vivem no mundo e que pecam no uso das coisas do mundo (desde que peçam perdão). Mas se algum pecar mais do que esses pecados, já não mais haverá perdão para eles.
Nosso Senhor costumava ensinar por meio de parábolas com o objetivo de que os ouvintes, que não podiam conservar na memória os preceitos doutrinários e teóricos, os guardassem mediante comparações e exemplos.
De qualquer modo, sem embargo, deve-se dar o perdão a quem o pede. Unindo-se a ele com os laços da caridade, como fez José (filho de Jacó) com os seus irmãos (que o haviam vendido como escravo). Ou, de outra maneira, como com um inimigo perseguidor (não arrependido), como procedeu David chorando o que aconteceu a Saul. Ou seja, desejando perdoar e fazendo todo o possível para ele se arrepender.
Olhemos para Nosso Senhor Jesus Cristo, modelo de oração e de vida, para que aprendamos com Ele a perdoar, seguros de que teremos o exemplo e auxílio da Bem-aventurada Virgem Maria.

Mediação universal de Maria

Por Cássia Thaís Costa Dias de Arruda

Um dos modos de medirmos a grandeza de um soberano é considerarmos os seus títulos. Por exemplo, Luís II de Bourbon, o Grand Condé, contemporâneo de Luís XIV, foi uma das grandes glórias do reino francês, sendo possuidor dos seguintes títulos: "príncipe de Condé, primeiro príncipe de sangue real, primeiro par de França, duque d'Enghien, de Bourbonnais, de Châteauroux, de Montmorency, cavaleiro das Ordens do Rei, governador da Borgonha e de Bresse".1 Podemos, através destas qualificações, constatar como o Grande Condé não era uma pessoa insignificante no reino da França.

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Se assim é com um nobre, muito mais ainda o será com a Mãe de Deus. Aureolada de incontáveis títulos que tentam expressar as qualidades de sua alma, de Maria Santíssima "nunquam satis"2; d'Ela nunca será dito o suficiente, nem se esgotarão os louvores que lhe são devidos. Dentre as diversas invocações atribuídas à Santíssima Virgem, trataremos neste artigo, de maneira especial, daquela que é de fundamental importância para a nossa salvação: Medianeira Universal de todas as graças.

Maria Santíssima: "Medianeira não necessária, mas desejada pela Providência"3

Ensina-nos o Doutor Angélico que o ofício de mediador entre Deus e os homens consiste em uni-los.4Desta forma, este ofício só pode atribuir-se de modo perfeito e absoluto a Nosso Senhor Jesus Cristo, "o único que nos pôde reconciliar com o Padre Eterno oferecendo-lhe, por toda a humanidade, um sacrifício de valor infinito, o da Cruz. [...] Ele é mediador como homem, na qualidade de sua humanidade pessoalmente unida ao Verbo, e tendo ela recebido a plenitude da graça, a graça capital, que deve derramar-se sobre nós".5

Apesar disso, abaixo de Deus existem os chamados "mediadores secundários" (secundum quid), que dispõem os homens a receberem as influências que dimanam do mediador supremo - Cristo - ou, por vezes, são eles mesmos que as distribuem, em função dos méritos do Redentor. Deste modo, agiram os profetas e os sacerdotes levitas do Antigo Testamento, bem como os sacerdotes de todos os séculos, na qualidade de ministros do mediador principal.6

Entretanto, no que diz respeito à mediação de Nossa Senhora, "ela não o é precisamente na qualidade de ministro, mas como associada à obra redentora de seu Filho".7Tendo sido por ela que Deus enviou seu Filho ao mundo para redimir o gênero humano, é também por meio da Mãe de Cristo que Deus continua a distribuir o seu perdão e a sua misericórdia. "De tal maneira ela cooperou com toda a obra da redenção, e de tal forma que, depois do pecado original, nenhuma graça nos vem sem seu influxo".8

Já desde os primeiros séculos do cristianismo, a Tradição Apostólica reconhece Maria Santíssima como medianeira entre Deus e os homens. Se, por exemplo, nos detivermos para analisar os ícones mais antigos existentes na Igreja, constataremos que eles, em sua grande maioria, apresentam a Santíssima Virgem com o seu Divino Filho nos braços. Tais imagens simbolizam que Maria, sendo Mãe de Deus, tornou-se Senhora de toda a criação, e "enquanto Mãe de Deus, sua súplica é governativa por vontade de Deus".9

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A mediação de Maria é, portanto, uma mediação subordinada à do Salvador. Não é de caráter estritamente necessário - uma vez que a de Nosso Senhor Jesus Cristo é absoluta e não precisa de complemento - mas "desejada pela providência, como o mais excelente fulgor da mediação de Cristo".10

Desta forma, é absolutamente lícito e de acordo com a doutrina da Igreja afirmar que, por vontade de Deus, nenhuma graça trazida por Cristo com a sua Redenção - nihil prorsus - é comunicada aos homens sem o intermédio de Maria.11A este respeito, nos assegura São Bernardino de Sena que "todas as graças que são concedidas ao mundo percorrem este caminho: de Deus descem para Cristo, de Cristo descem para a Virgem e, finalmente, pela Virgem, em uma ordem admirável, são distribuídas entre nós".12

Sendo Cristo cabeça da Igreja, a piedade cristã costuma figurar Maria como sendo o pescoço, pois "todos os dons, todas as graças, todos os influxos celestiais procedem de Cristo, como da cabeça, e passam por Maria, como pelo pescoço, ao corpo da Igreja".13Assim como o corpo não pode receber nenhum comando da cabeça, sem que este antes passe pelo pescoço, de igual modo, nenhuma graça é recebida de Cristo sem o auxílio de Maria.

Reconhecida de tal modo pela piedade cristã, a ordem das coisas faz com que também seja por meio de Nossa Senhora que as súplicas da humanidade subam até o trono do Altíssimo, pois "o termo ‘mediação', ou ‘medianeira', além de convir à distribuição de todas as graças [...], convém também, e sobretudo, à obtenção de todas as graças".14

EVANGELHO DIÁRIO

SANTO DO DIA: Beato Alessio Zaryckyj, presbítero e mártir
Cor litúrgica: VERDE
Primeira leitura: Efésios 5, 21-33
Leitura da Carta de São Paulo aos Efésios:

Irmãos, 21vós, que temeis a Cristo, sede solícitos uns para com os outros. 22As mulheres sejam submissas aos seus maridos como ao Senhor. 23Pois o marido é a cabeça da mulher, do mesmo modo que Cristo é a cabeça da Igreja, ele, o Salvador do seu Corpo. 24Mas como a Igreja é solícita por Cristo, sejam as mulheres solícitas em tudo pelos seus maridos. 25Maridos, amai as vossas mulheres, como o Cristo amou a Igreja e se entregou por ela. 26Ele quis assim torná-la santa, purificando-a com o banho da água unida à Palavra. 27Ele quis apresentá-la a si mesmo esplêndida, sem mancha nem ruga nem defeito algum, mas santa e irrepreensível. 28Assim é que o marido deve amar a sua mulher, como ao seu próprio corpo. Aquele que ama a sua mulher ama-se a si mesmo.29Ninguém jamais odiou a sua própria carne. Ao contrário, alimenta-a e cerca-a de cuidados, como o Cristo faz com a sua Igreja; e nós somos membros do seu corpo! 31Por isso o homem deixará seu pai e sua mãe e se unirá à sua mulher, e os dois serão uma só carne. 32Este mistério é grande, e eu o interpreto em relação a Cristo e à Igreja. 33Em todo caso, cada um, no que lhe toca, deve amar a sua mulher como a si mesmo; e a mulher deve respeitar o seu marido.

- Palavra do Senhor
- Graças a Deus

Salmo 128
Feliz és tu se temes o Senhor e trilhas seus caminhos! Do trabalho de tuas mãos hás de viver, serás feliz, tudo irá bem!
R: Felizes todos os que respeitam o Senhor!

- A tua esposa é uma videira bem fecunda no coração da tua casa; os teus filhos são rebentos de oliveira ao redor de tua mesa.
R: Felizes todos os que respeitam o Senhor!

- Será assim abençoado todo homem que teme o Senhor. O Senhor te abençoe de Sião, cada dia de tua vida.
R: Felizes todos os que respeitam o Senhor!

Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 13, 18-21
- Aleluia, Aleluia, Aleluia!
- Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, pois revelaste os mistérios do teu reino aos pequeninos, escondendo-os aos doutores! (Mt 11, 25)
- Aleluia, Aleluia, Aleluia!
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas:
Naquele tempo,18Jesus dizia: "A que é semelhante o Reino de Deus, e com que poderei compará-lo?19Ele é como a semente de mostarda, que um homem pega e atira no seu jardim. A semente cresce, torna-se uma grande árvore e as aves do céu fazem ninhos nos seus ramos". 20Jesus disse ainda: "Com que poderei ainda comparar o Reino de Deus? 21Ele é como o fermento que uma mulher pega e mistura com três porções de farinha, até que tudo fique fermentado".

- Palavra da salvação
- Glória a Vós, Senhor
Comentário ao Evangelho do dia feito por São João Crisóstomo
Presbítero de Antioquia, Bispo de Constantinopla, Doutor da Igreja - (c. 345-407),
Homílias sobre o Evangelho de Mateus, nº46, 2

«Até toda a massa ficar levedada»
Seguidamente, o Senhor propõe a parábola do fermento. «Assim como o fermento comunica a sua força invisível a toda a massa do pão, do mesmo modo a força do evangelho transformará o mundo inteiro graças ao ministério dos Meus apóstolos. [...] Não me respondais: "Que poderemos fazer, nós doze miseráveis pecadores, perante o mundo inteiro?" Será precisamente a enorme diferença entre a causa e o efeito, a vitória de um punhado de homens perante a multidão, que demonstrará o vigor da vossa força. Não é por se misturar o fermento na massa "ocultando-o" nela, segundo o evangelho, que toda a massa se transforma? Assim, meus apóstolos, será misturando-vos na massa dos povos que os embebereis com o vosso espírito e que triunfareis sobre os vossos adversários. O fermento, desaparecendo na massa, não perde a sua força; pelo contrário, altera a natureza de toda a massa. Do mesmo modo, a vossa pregação alterará todos os povos. Portanto, estai cheios de confiança.» [...]

É Cristo que dá tão grande força a este fermento. [...] Por conseguinte, não Lhe censureis o pequeno número dos Seus discípulos: é a força da mensagem que é grande. [...] Basta uma faísca para transformar num braseiro alguns pedaços de madeira seca, que seguidamente inflamam toda a madeira, mesmo a verde, à sua volta.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Reflexão ao Evangelho de hoje - Lc 13, 10-17

Quando o valor material está em jogo em uma determinada situação, ninguém duvida sobre a necessidade de uma ação, pois tudo é permitido para evitar a perda material. Mas quando o valor é a pessoa humana, tudo é muito complicado. Não se pode agir por uma série de motivos como proibições legais, necessidade de uma melhor organização, haverá melhores oportunidades, não é assim que se fazem as coisas e uma série de outros argumentos. Tudo isso nos mostra que nos nossos tempos, os valores não são diferentes dos do tempo de Jesus. Nos mostra também que não vivemos plenamente o Evangelho, pois amamos mais o dinheiro do que os nossos irmãos e irmãs.

Fieis celebram cinco anos de canonização de Frei Galvão no Santuário de Guaratinguetá

Guaratinguetá (Sexta-feira, 26-10-2012, Gaudium Press) A última quinta-feira foi um dia de festa no Brasil. Foi o dia da festa litúrgica do seu primeiro santo, Santo Antônio de Sant'Anna Galvão, canonizado há cinco anos. A principal comemoração aconteceu na cidade de Guaratinguetá, onde está localizado o Santuário Santo Antônio de Sant'Anna Galvão, a primeira igreja dedicada ao santo brasileiro.

Nos dias que antecederam de Frei Galvão, os fiéis rezaram uma novena, que foi iniciada no dia 16, no próprio santuário, que contou com diversos momentos celebrativos.
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Na parte da manhã, a missa em honra a Santo Antônio de Sant'Anna Galvão foi presidida pelo Cardeal Arcebispo de Aparecida, Dom Raymundo Damasceno Assis e contou com a presença de Militares do Exército, diversas autoridades locais e numeroso público.


Às 18h uma perocissão foi acompanhada por muitos devotos que, em seguida, participaram também de uma missa, desta vez, presidida pelo Reitor do Santuário, padre Roberto Lourenço da Silva. Após as comemorações religiosas, houve festas populares com apresentações musicais.
Santo Antônio de Sant'Anna Galvão e seu Santuário
O santo ficou conhecido pelas famosas ‘pílulas', que são minúsculos pedaços de papel contendo jaculatórias. As pílulas devocionais, são sacramental muito procurados pelos fieis para pedir graças e a cura de diversas doenças.

Com o aumento da devoção ao santo genuinamente brasileiro o Santuário realizou diversas reformas para melhor atender os devotos e romeiros que visitam diariamente a igreja, e especialmente, durante a festa no mês de outubro.


"O que a gente pode notar é que a procura de outros Estados vem aumentando, devido também a proximidade com os dois grandes centros de peregrinação, o Santuário Nacional de Aparecida e a Canção Nova. O que favorece a procura pelo Santuário Frei Galvão e pelo conhecimento da história do santo brasileiro", explicou padre Roberto.


Para padre Roberto, que está há apenas dois anos na função de reitor, é a fé das pessoas que as movem em peregrinação ao Santuário Frei Galvão.


"A gente vê na fé das pessoas, o desejo de alcançar graças ao fazerem a novena e também por meio do sacramental com as pílulas. Todos os dias da novena ocorreram muitos testemunhos. Mulheres que procuram engravidar, pessoas que buscam conseguir emprego... Nós vemos que cada dia aumenta o número das pessoas que buscam essas graças por intermédio de Frei Galvão", completou o padre. (EA)
 
Com informações A12

EVANGELHO DIÁRIO

SANTO DO DIA: São Narciso de Jerusalém, Bispo
Cor litúrgica: Verde
Primeira leitura: Efésios 4, 32-5, 8
Leitura da Carta de São Paulo aos Efésios:

Irmãos, 4,32sede bons uns para com os outros, sede compassivos; perdoai-vos mutuamente, como Deus vos perdoou por meio de Cristo. 5,1Sede imitadores de Deus, como filhos que ele ama. 2Vivei no amor, como Cristo nos amou e se entregou a si mesmo a Deus por nós, em oblação e sacrifício de suave odor. 3A devassidão, ou qualquer espécie de impureza ou cobiça sequer sejam mencionadas entre vós, como convém a santos. 4Nada de palavras grosseiras, insensatas ou obscenas, que são inconvenientes; dedicai-vos antes à ação de graças. 5Pois, sabei-o bem, o devasso, o impuro, o avarento - que é um idólatra - são excluídos da herança no reino de Cristo e de Deus. 6Que ninguém vos engane com palavras vazias. Tudo isso atrai a cólera de Deus sobre os que lhe desobedecem. 7Não sejais seus cúmplices. 8Outrora éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor. Vivei como filhos da luz.

- Palavra do Senhor
- Graças a Deus

Salmo 1
- Feliz é todo aquele que não anda conforme os conselhos dos perversos; que não entra no caminho dos malvados, nem junto aos zombadores vai sentar-se; mas encontra seu prazer na lei de Deus e a medita, dia e noite, sem cessar.
R: Sejamos, pois, imitadores do Senhor, como convém aos amados filhos seus.

- Eis que ele é semelhante a uma árvore que à beira da torrente está plantada; ela sempre dá seus frutos a seu tempo, e jamais as suas folhas vão murchar. Eis que tudo o que ele faz vai prosperar.
R: Sejamos, pois, imitadores do Senhor, como convém aos amados filhos seus.

- Mas bem outra é a sorte dos perversos. Ao contrário, são iguais à palha seca espalhada e dispersada pelo vento. Pois Deus vigia o caminho dos eleitos, mas a estrada dos malvados leva à morte.
R: Sejamos, pois, imitadores do Senhor, como convém aos amados filhos seus.

Evangelho de Jesus Cristo, segundo São Lucas 13, 10-17
- Aleluia, Aleluia, Aleluia!
- Vossa palavra é a verdade; santificai-nos na verdade! (Jo 17, 17)
- Aleluia, Aleluia, Aleluia!
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas:
Naquele tempo, 10Jesus estava ensinando numa sinagoga, em dia de sábado. 11Havia aí uma mulher que, fazia dezoito anos, estava com um espírito que a tornava doente. Era encurvada e incapaz de se endireitar.12Vendo-a, Jesus chamou-a e lhe disse: "Mulher, estás livre da tua doença". 13Jesus pôs as mãos sobre ela, e imediatamente a mulher se endireitou e começou a louvar a Deus. 14O chefe da sinagoga ficou furioso, porque Jesus tinha feito uma cura em dia de sábado. E, tomando a palavra, começou a dizer à multidão: "Existem seis dias para trabalhar. Vinde, então, nesses dias para serdes curados, não em dia de sábado". 15O Senhor lhe respondeu: "Hipócritas! Cada um de vós não solta do curral o boi ou o jumento, para dar-lhe de beber, mesmo que seja dia de sábado? 16Esta filha de Abraão, que Satanás amarrou durante dezoito anos, não deveria ser libertada dessa prisão, em dia de sábado?" 17Esta resposta envergonhou todos os inimigos de Jesus. E a multidão inteira se alegrava com as maravilhas que ele fazia.
- Palavra da salvação
- Glória a Vós, Senhor

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Como os apóstolos morreram?

O martírio dos apóstolos foi anunciado por Nosso Senhor Jesus Cristo:
- “Por isso, diz também a sabedoria de Deus: Profetas e apóstolos lhes mandarei; e eles matarão uns e perseguirão outros” (São Lucas 11.49).
- “E até pelos pais, e irmãos, e parentes, e amigos sereis entregues; e matarão alguns de vós. E de todos sereis odiados por causa do meu nome” (São Lucas 21.16-17).
- “Se a mim me perseguiram também vos perseguirão a vós… mas tudo isso vos farão por causa do meu nome” (São João 15.19-20).
- “Eis que vos envio como ovelhas ao meio de lobos… eles vos entregarão aos sinédrios e vos açoitarão nas suas sinagogas, e sereis conduzidos à presença dos governadores e dos reis, por causa de mim…” (São Mateus 10.16-18).
Com relação aos sofrimentos e martírio de São Paulo, Nosso Senhor revelou: “Eu lhe mostrarei quanto deve padecer pelo meu nome” (Atos 9.16).
Conheçamos um pouco o chamado dos apóstolos e vejamos como eles morreram:
São Mateus
 Após a ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo, São Mateus fez do seu próprio país seu campo missionário, pregando para os próprios Judeus.  Percorreu a Judéia, Etiópia e Pérsia, pregando e ensinando. Morreu à espada na cidade de Etiópia.
Santo André
Era irmão de São Pedro, filhos de um pescador da Galiléia de nome Jonas. Ele vivia em Cafarnaum e era um seguidor de São João Batista antes de ser apresentado a Nosso Senhor Jesus Cristo. Ao ver Nosso Senhor, reconheceu-o imediatamente como sendo o Messias, e foi o seu primeiro apóstolo.
Foi para a Grécia e pregou na província de Acaia (província romana que, com a Macedônia, formava a Grécia). Ali sofreu o martírio e foi amarrado numa cruz em forma de xis (não foi pregado) para que seu sofrimento se prolongasse. Da cruz pregou ao povo até morrer.
Séculos mais tarde, seus restos mortais foram levados para Escócia. O navio que os transportava naufragou numa baía que assim foi denominada de Baía de Santo André. Santo André pregou na Grécia e Ásia Menor. Foi discípulo de João Batista, de quem ouviu a seguinte afirmação sobre Jesus: “Eis aqui o Cordeiro de Deus”. Santo André comunicou as boas notícias ao seu irmão Simão Pedro: “Achamos o Messias” (João 1.35-42; Mateus 10.2).
São Filipe

 Natural de Betsaida, cidade de Santo André e São Pedro. Um dos primeiros a ser chamado por Jesus, a quem trouxe seu amigo Natanael (João 1.43-46). Diz-nos Policrates, que foi Bispo de Éfeso durante o séc. II, que São Filipe foi para a Ásia e foi sepultado em Hierápolis. Pregou na Frígia e morreu mártir, enforcado num pilar, em Hierápolis (Ásia Menor).
São Bartolomeu 
Nas crônicas a seu respeito consta que ele foi morto a chicotadas e seu corpo foi colocado num saco, atado e jogado ao mar. Natural de Caná da Galiléia. Recebeu de Jesus uma palavra edificante: “Eis aqui um verdadeiro israelita, em quem não há dolo” (São Mateus 10.3; São João 1.45-47) Exerceu seu ministério na Anatólia, Etiópia, Armênia, Índia e Mesopotâmia. Foi esfolado vivo e crucificado de cabeça para baixo.
São Simão
Dos seus atos como apóstolo nada se sabe. Está incluído na lista dos doze, em São Mateus 10.4, São Marcos 3.18, São Lucas 6.15 e Atos 1.13. Julga-se que morreu crucificado.
São Tiago Menor
Pregou na Palestina e no Egito, sendo ali crucificado. Filho de Alfeu (Mateus 10.3). Missionário na Palestina e no Egito. Escreveu uma das epístolas bíblicas. Foi precipitado de um pináculo do templo de Jerusalém ao solo; a seguir, foi atacado por se recusar a denunciar os cristãos, sendo apedrejado até a morte, por ordem do sumo sacerdote Ananias, no ano 62.
São Judas Tadeu
Foi quem, na última ceia, perguntou a Nosso Senhor: “Senhor, por que te manifestarás a nós e não ao mundo?” (São João 14, 22-23). É autor de uma das cartas do Novo Testamento (Carta de Judas). Diz à tradição que pregou o Evangelho na Mesopotâmia, Edessa, Arábia, Síria e também na Pérsia, onde foi martirizado juntamente com São Simão.
Judas Iscariotes, o traidor 
Filho de Simão iscariotes. Ele traiu a Jesus por trinta moedas de prata, enforcando-se um dia após entregar Nosso Senhor às autoridades judaicas. Tirou sua vida e não acreditou no perdão de Deus. (São Mateus 26,14-16; 27:3-5).
São Pedro
Era pescador, natural de Betsaida. Confessou que Jesus era “o Cristo, o Filho do Deus vivo” (São Mateus 16.16). Foi testemunha da Transfiguração (São Mateus 17.1-4). Negou Jesus três vezes, mas se arrependeu amargamente. Seu primeiro sermão foi no dia de Pentecostes. Durante a perseguição de Nero, sofreu martírio. Pediu para ser crucificado de cabeça para baixo, por achar-se indigno de morrer na mesma posição que seu mestre Nosso Senhor Jesus Cristo. Assim, morreu sufocado com seu próprio sangue.
São Tiago Maior
 Natural de Betsaida da Galiléia, pescador (São Mateus 4.21; 10.2). Filho de Zebedeu e irmão do também apóstolo São João Evangelista. Ele sofreu martírio em 44 d.C., quando Herodes Agripa mandou prender São Pedro. Foi decapitado em Jerusalém. Foi o primeiro dos apóstolos a morrer pela fé. A partir dos séculos passou a ser venerado na península Ibérica, sendo o grande protetor contra os mouros (árabes/muçulmanos). A Espanha tornou-o seu patrono, Santiago de Compostela, onde, até hoje, é reverenciado como padroeiro. Sua devoção expandiu-se na América com as Grandes Navegações e, até hoje, ele é muito venerado no Chile, México, Peru…
São João Evangelista
O único que permaneceu junto à cruz (São João 19.26-27). Era irmão de Tiago Maior. O primeiro a crer na ressurreição de Cristo (São João 20.1-10). Foi o que viveu mais tempo. Da Ilha de Patmos, onde esteve preso, regressou à cidade de Éfeso e teve morte natural. É o apóstolo que recebeu de Nosso Senhor a missão de cuidar da Santíssima Virgem. “O discípulo que Jesus amava” (S. João 13.23). Em Éfeso São João fundou várias igrejas. Na ilha de Patmos, no mar Egeu, para onde foi desterrado, teve as visões referidas no Apocalipse (Ap 1.9). Foi lançado numa caldeira de azeite fervendo, em Roma, mas escapou ileso. Teve morte natural com idade de 100 anos aproximadamente.
São Tomé
Viajou e pregou os ensinamentos de Nosso Senhor em vários países, como Pérsia, Índia e inclusive nas Américas.. Só acreditou na ressurreição de Jesus depois que viu as marcas da crucificação (S. João 20.25). Seu martírio se deu por ordem do rei de Milapura, na cidade indiana de Madras, no ano 53 da era cristã.
São Paulo
São Paulo não conviveu com Nosso Senhor Jesus Cristo; nem por isso deixou de ser mais importante. Pelo contrário, é considerado o responsável pela conversão dos povos gentios e até defendeu esta necessidade junto aos demais apóstolos. Seu nome era Saulo, judeu, um cidadão romano, soldado e chefe de uma guarnição romana. A caminho da cidade de Damasco, Deus falou com ele. A partir daquele dia sua vida mudou e seu nome passou a ser Paulo. Morreu mártir, sendo decapitado no mesmo ano de São Pedro e pelo mesmo motivo, mas em ocasiões diferentes. É o apóstolo dos gentios por causa da sua grande obra missionária nos países gentílicos. Ele foi um dos primeiros a ver que não só os judeus poderiam ser batizados, mas todos: gregos, romanos, egípcios, etc. Escreveu várias cartas para as localidades por onde passara. Foi decapitado em Roma por ordem do imperador Nero.
São Lucas 
Era médico. Não conheceu Jesus pessoalmente. Recolheu inúmeros relatos (principalmente dos apóstolos) e escreveu seu Evangelho. Ele também escreveu o Ato dos Apóstolos. Foi enforcado em uma oliveira na Grécia.
São Matias
Escolhido para substituir Judas Iscariotes. Exerceu sua ação apostólica na Judéia, Alexandria e Macedônia. Foi martirizado na Etiópia.
São Tadeu
Não há relatos sobre a sua morte.
 Fonte: Blog Curiosidades Católicas

EVANGELHO DIÁRIO

SANTO DO DIA: Santo Antonio de Sant'Ana Galvão, presbítero; Beato Recaredo Centelles Abad, presbítero e mártir
Cor litúrgica: Branco
Primeira leitura: Efésios 3, 14-21
Leitura da carta de São Paulo aos Efésios:

Irmãos, 14eu dobro os joelhos diante do Pai, 15de quem toda e qualquer família recebe seu nome, no céu e sobre a terra. 16Que ele vos conceda, segundo a riqueza de sua glória, serdes robustecidos, por seu Espírito, quanto ao homem interior, 17que ele faça habitar, pela fé, Cristo em vossos corações, que estejais enraizados e fundados no amor. 18Tereis assim a capacidade de compreender, com todos os santos, qual a largura, o comprimento, a altura, a profundidade, 19e de conhecer o amor de Cristo, que ultrapassa todo o conhecimento, a fim de que sejais cumulados até receber toda a plenitude de Deus. 20Àquele que tudo pode realizar superabundantemente, e muito mais do que nós pedimos ou concebemos, e cujo poder atua em nós, 21a ele glória, na Igreja e em Jesus Cristo, por todas as gerações, para sempre. Amém.
- Palavra do Senhor
- Graças a Deus


Salmo 33
Ó justos, alegrai-vos no Senhor! Aos retos fica bem glorificá-lo. Dai graças ao Senhor ao som da harpa, na lira de dez cordas celebrai-o!
R: Transborda em toda a terra a bondade do Senhor!

- Pois reta é a palavra do Senhor, e tudo o que ele faz merece fé. Deus ama o direito e a justiça, transborda em toda a terra a sua graça.
R: Transborda em toda a terra a bondade do Senhor!

- Mas os desígnios do Senhor são para sempre, e os pensamentos que ele traz no coração, de geração em geração, vão perdurar. Feliz o povo cujo Deus é o Senhor, e a nação que escolheu por sua herança!
R: Transborda em toda a terra a bondade do Senhor!

- Mas o Senhor pousa o olhar sobre os que o temem, e que confiam esperando em seu amor, para da morte libertar as suas vidas e alimentá-los quando é tempo de penúria.
R: Transborda em toda a terra a bondade do Senhor!

Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 12, 49-53
- Aleluia, Aleluia, Aleluia
- Eu tudo considero como perda e como lixo a fim de ganhar Cristo e ser achado nele! (Fl 3, 8s)
- Aleluia, Aleluia, Aleluia
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas:
Naquele tempo disse Jesus aos seus discípulos: 49"Eu vim para lançar fogo sobre a terra, e como gostaria que já estivesse aceso! 50Devo receber um batismo, e como estou ansioso até que isto se cumpra! 51Vós pensais que eu vim trazer a paz sobre a terra? Pelo contrário, eu vos digo, vim trazer a divisão. 52Pois, daqui em diante, numa família de cinco pessoas, três ficarão divididas contra duas e duas contra três; 53ficarão divididos: o pai contra o filho e o filho contra o pai; a mãe contra a filha e a filha contra a mãe; a sogra contra a nora e a nora contra a sogra".

- Palavra da salvação
- Glória a Vós Senhor
Comentário ao Evangelho do dia feito por Santo Isaac, o Sírio
Monge em Nínive, perto de Mossul - (século VII)
Discursos sobre ascese, 1ª série, nº 2

«Eu vim lançar fogo sobre a terra»
Violenta-te (cf Mt 11,12), esforça-te por imitar a humildade de Cristo, para que se torne cada vez mais forte o fogo que Ele acendeu em ti, esse fogo pelo qual são consumidos todos os impulsos deste mundo que destroem o homem novo e maculam as moradas do Senhor santo e poderoso. Porque eu afirmo com São Paulo que «nós somos o templo do Deus vivo» (2Co 6,16). Por isso, purifiquemos esse templo «como Ele é puro» (1Jo 3,3), para que Ele tenha desejo de aí morar; santifiquemo-lo porque Ele é santo (1Pe 1,16); ornamentemo-lo com todas as obras boas e dignas.
Enchamos o templo do repouso da Sua vontade, como de um perfume, através da oração pura, da oração do coração que é impossível de alcançar se nos entregarmos continuamente aos impulsos deste mundo. Assim, a nuvem da Sua glória cobrirá a nossa alma e a luz da Sua grandeza brilhará no nosso coração (cf 1R 8,10). Todos aqueles que permanecem na casa de Deus serão repletos de alegria e rejubilarão. Mas os insolentes e os ignóbeis desaparecerão sob a chama do Espírito Santo.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Campanha para a Evangelização tem início no domingo de Cristo Rei

Brasília (Quarta-feira, 24-10-2012, Gaudium Press) Com o lema "Eu vi e dou o testemunho: Ele é o filho de Deus" (Jo 1, 34), a Campanha para a Evangelização (CE) deste ano terá início no domingo de Cristo Rei, 25 de novembro e seguirá até o terceiro domingo do advento, relacionando a Encarnação do Verbo e o nascimento de Jesus com a missão permanente da Igreja, que é Evangelizar.campanha_ec.jpg
Criada em 1998 pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a Campanha para a Evangelização tem por objetivo despertar o compromisso com a evangelização e com a sustentação das pastorais.
O slogan escolhido para a CE 2012 é ‘Evangeli.Já'. "O termo mostra a urgência, e leva as pessoas a refletirem, fora de um lugar comum", explicou o padre Luiz Carlos Dias, secretário executivo das Campanhas da Fraternidade e para Evangelização.
Todas as contribuições angariadas pela coleta nacional, serão destinadas a apoiar as estruturas da Igreja e a atividade evangelizadora. Do total arrecado com a campanha, 45% é destinado à diocese, 20% para a CNBB regional, e 35% para a CNBB Nacional.
"Ao despertar a corresponsabilidade de todos na obra evangelizadora, a Igreja também conscientiza os cristãos sobre a necessidade e a responsabilidade na sustentação das atividades pastorais", descreve o Manual de Animação de Campanhas, ‘Evangelizando e Mobilizando a Solidariedade'. (EPC)
Com informações da CNBB.

EVANGELHO DIÁRIO

SANTO DO DIA: Santo Antonio Maria Claret, Bispo, São Martinho de Vertou, diácono e abade
Cor litúrgica: VERDE
Primeira leitura: Efésios 3, 2-12
Leitura da Carta de São Paulo aos Efésios:

Irmãos, 2se ao menos soubésseis da graça que Deus me concedeu para realizar o seu plano a vosso respeito, 3como, por revelação, tive conhecimento do mistério, tal como o esbocei rapidamente. 4Ao ler-me, podeis conhecer a percepção que eu tenho do mistério de Cristo. 5Este mistério, Deus não o fez conhecer aos homens de gerações passadas mas acaba de o revelar agora, pelo Espírito, aos seus santos apóstolos e profetas: 6os pagãos são admitidos à mesma herança, são membros do mesmo corpo, são associados à mesma promessa em Jesus Cristo, por meio do Evangelho. 7Disto eu fui feito ministro pelo dom da graça que Deus me concedeu no exercício de seu poder. 8Eu, que sou o último de todos os santos, recebi esta graça de anunciar aos pagãos a insondável riqueza de Cristo 9e de mostrar a todos como Deus realiza o mistério desde sempre escondido nele, o criador do universo. 10Assim, doravante, as autoridades e poderes nos céus conhecem, graças à Igreja, a multiforme sabedoria de Deus, 11de acordo com o desígnio eterno que ele executou em Jesus Cristo, nosso Senhor. 12Em Cristo nós temos, pela fé nele, a liberdade de nos aproximar de Deus com toda confiança.

- Palavra do Senhor
- Graças a Deus

Salmo Is 12
- Eis o Deus, meu Salvador, eu confio e nada temo; o Senhor é minha força, meu louvor e salvação. Com alegria bebereis do manancial da salvação.
R: Com alegria bebereis do manancial da salvação. 

- E direis naquele dia: "Dai louvores ao Senhor, invocai seu santo nome, anunciai suas maravilhas, entre os povos proclamai que seu nome é o mais sublime.
R: Com alegria bebereis do manancial da salvação. 

- Louvai cantando ao nosso Deus, que fez prodígios e portentos, publicai em toda a terra suas grandes maravilhas! Exultai cantando alegres, habitantes de Sião, porque é grande em vosso meio o Deus Santo de Israel!".
R: Com alegria bebereis do manancial da salvação.

Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 12, 39-48
- Aleluia, Aleluia, Aleluia!
- Vigiai, diz Jesus, vigiai, pois, no dia em que não esperai, o vosso Senhor há de vir (Mt 24, 42.44)
- Aleluia, Aleluia, Aleluia!
Proclamação de Jesus Cristo segundo São Lucas:

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 39"Ficai certos: se o dono da casa soubesse a hora em que o ladrão iria chegar, não deixaria que arrombasse a sua casa. 40Vós também ficai preparados! Porque o Filho do Homem vai chegar na hora em que menos o esperardes". 41Então Pedro disse: "Senhor, tu contas esta parábola para nós ou para todos?" 42E o Senhor respondeu: "Quem é o administrador fiel e prudente que o senhor vai colocar à frente do pessoal de sua casa para dar comida a todos na hora certa? 43Feliz o empregado que o patrão, ao chegar, encontrar agindo assim! 44Em verdade eu vos digo: o senhor lhe confiará a administração de todos os seus bens. 45Porém, se aquele empregado pensar: ‘Meu patrão está demorando', e começar a espancar os criados e as criadas, e a comer, a beber e a embriagar-se, 46o senhor daquele empregado chegará num dia inesperado e numa hora imprevista, ele o partirá ao meio e o fará participar do destino dos infiéis. 47Aquele empregado que, conhecendo a vontade do senhor, nada preparou, nem agiu conforme a sua vontade, será chicoteado muitas vezes. 48Porém, o empregado que não conhecia essa vontade e fez coisas que merecem castigo, será chicoteado poucas vezes. A quem muito foi dado, muito será pedido; a quem muito foi confiado, muito mais será exigido!".

- Palavra da salvação
- Glória a Vós, Senhor
Comentário ao Evangelho do dia feito por Beato Guerric de Igny
Abade cisterciense (c. 1080-1157) - 3º Sermão para o Advento

"Vós não estais nas trevas para que aquele dia vos
surpreenda como um ladrão" (1 Ts 5, 4)
«Prepara-te, Israel, para te encontrares com o teu Deus, porque Ele vai chegar» (cf. Am 4,12). E vós, também, irmãos, «estai preparados, porque à hora que menos pensais virá o Filho do Homem». Nada mais certo do que a Sua vinda, mas nada mais incerto do que o momento dessa vinda. De facto, pertence-nos tão pouco conhecer o tempo ou os momentos que o Pai, no Seu poder, tem fixados, que nem sequer aos anjos que O rodeiam lhes é dado saber o dia ou a hora (Act 1,7; Mt 24,36).
O nosso último dia virá também: é um facto muito certo. Mas quando, onde e como, isso é muito incerto. Sabemos unicamente, como já se disse antes de nós, que «para aos anciãos, ele já se encontra no limiar, enquanto para os jovens está à espreita» (S. Bernardo). [...] Esse dia não deve apanhar-nos de surpresa, não acautelados, como um ladrão durante a noite. [...] Que o temor, permanecendo em vela, nos tenha sempre preparados, até que a segurança se sobreponha ao temor, e não o temor à segurança. «Estarei atento, diz o sábio, para não cometer pecado» (Sl 17,24), já que não posso preservar-me da morte. Ele sabe, de facto, que «o justo, surpreendido pela morte, encontrará descanso» (Sb 4,7); mais ainda, triunfam da morte os que não foram escravos do pecado durante a vida. Como é belo, meus irmãos, não só ter segurança perante a morte, mas também triunfar dela com glória, seguros no testemunho da própria consciência.

São Miguel Arcanjo: Príncipe da Milícia celeste, poderoso escudo contra a ação diabólica

A invicta combatividade de São Miguel Arcanjo em defesa do Deus onipotente é assim descrita no Apocalipse:
“Houve uma batalha no Céu: Miguel e os seus Anjos guerrearam contra o Dragão. O Dragão batalhou, juntamente com os seus Anjos, mas foi derrotado e não se encontrou mais um lugar para eles no Céu” (Apoc. 12, 7-8).
A devoção ao Príncipe das Mílicias Celestes atingiu um desenvolvimento extraordinário na Idade Média. Essa forma de devoção marca ainda todas as modalidades de culto ao chefe das legiões angélicas.
Entretanto, ele já era reverenciado no Antigo Testamento.
O Profeta Daniel refere-se a São Miguel nos seguintes termos:
“Naquele tempo, surgirá Miguel, o grande Príncipe, constituído defensor dos filhos do seu povo [isto é, o povo fiel católico, herdeiro, no Novo Testamento, do povo de Israel], e será tempo de angústia como jamais houve” (Dan. 12, 1).
São Miguel é comumente designado como Arcanjo. Entretanto, tal qualificação pode ser genérica e não significar que ele pertença ao oitavo coro de Anjos (os Arcanjos).
A esse respeito, merece ser reproduzida significativa citação do grande exegeta jesuíta Pe. Cornélio A Lapide, nascido em Bocholt, província belga de Limburgo, em 1567, e falecido em Roma, a 11 de março de 1637.
A extensa obra desse insigne autor, que comentou todos os livros do Antigo e do Novo Testamento, é até hoje universalmente admirada. Merecem especial destaque a grande erudição, a escrupulosa diligência e o luminoso engenho com que ele trata da Sagrada Escritura.
Embora num ou noutro ponto do texto bíblico tenham surgido novas questões, é incontestável que seus magníficos comentários e eruditas citações ainda hoje gozam de autoridade. Eis suas palavras:
Imagem de São Miguel, com elmo e revestida de armadura medieval, colocada na flecha da torre da Abadia do Mont Saint Michel (França)
“Muitos julgam que Miguel, tanto pela dignidade de natureza, como de graça e de glória é absolutamente o primeiro e o Príncipe de todos os anjos.
“E isso se prova, primeiro, pelo Apocalipse (12, 7), onde se diz que Miguel lutou contra Lúcifer e seus anjos, resistindo à sua soberba com o brado cheio de humildade: ‘Quem (é) como Deus?’ Portanto, assim como Lúcifer é o chefe dos demônios, Miguel o é dos anjos, sendo o primeiro entre os Serafins.
“Segundo, porque a Igreja o chama de Príncipe da Milícia Celeste, que está posto à entrada do Paraíso.
“E é em seu nome que se celebra a festa de todos os anjos. Terceiro, porque Miguel é hoje cultuado como o protetor da Igreja como outrora o foi da Sinagoga.
“Finalmente, em quarto lugar, prova-se que São Miguel é o Príncipe de todos os anjos, e por isso o primeiro entre os Serafins, porque o diz São Basílio na Homilia De Angelis: ‘A ti, ó Miguel, general dos espíritos celestes, que por honra e dignidade estais posto à frente de todos os outros espíritos celestiais, a ti suplico…’”

Fonte: Cornélio A Lapide, Commentaria in Scripturam Sacram, t 13, pp. 112-114. Apud “Catolicismo”, setembro de 2000
Extraído do Blog Orações e Milagres Medievais

terça-feira, 23 de outubro de 2012

EVANGELHO DIÁRIO

SANTO DO DIA: São João de Capistrano, presbítero; São Teodoreto de Antioquia, presbítero e mártir
Cor litúrgica: VERDE
Primeira leitura: Efésios 2, 12-22
Leitura da carta de São Paulo aos Efésios:
Irmãos, 12naquele tempo, éreis sem Messias, privados de cidadania em Israel, estranhos às alianças da promessa, sem esperança e sem Deus no mundo. 13Mas, agora, em Jesus Cristo, vós que outrora estáveis longe, vos tornastes próximos, pelo sangue de Cristo. 14Ele, de fato é a nossa paz: do que era dividido, ele fez uma unidade. Em sua carne ele destruiu o muro da separação: a inimizade. 15Ele aboliu a Lei com seus mandamentos e decretos. Ele quis, assim, a partir do judeu e do pagão, criar em si um só homem novo, estabelecendo a paz. 16Quis reconciliá-los com Deus, ambos em um só corpo, por meio da cruz; assim ele destruiu em si mesmo a inimizade. 17Ele veio anunciar a paz a vós que estáveis longe, e a paz aos que estavam próximos. 18É graças a ele que uns e outros, em um só Espírito, temos acesso junto ao Pai. 19Assim, já não sois mais estrangeiros nem migrantes, mas concidadãos dos santos. Sois da família de Deus. 20Vós fostes integrados no edifício que tem como fundamento os apóstolos e os profetas, e o próprio Jesus Cristo como pedra principal. 21É nele que toda a construção se ajusta e se eleva para formar um templo santo no Senhor. 22E vós também sois integrados nesta construção, para vos tornardes morada de Deus pelo Espírito.
- Palavra da salvação
- Graças a Deus
Salmo 85
- Quero ouvir o que o Senhor irá falar: é a paz que ele vai anunciar; Está perto a salvação dos que o temem, e a glória habitará em nossa terra.
R: O Senhor anunciará a paz para o seu povo.

- A verdade e o amor se encontrarão, a justiça e a paz se abraçarão; da terra brotará a fidelidade, e a justiça olhará dos altos céus.
R: O Senhor anunciará a paz para o seu povo. 

- O Senhor nos dará tudo o que é bom, e a nossa terra nos dará suas colheitas; a justiça andará na sua frente e a salvação há de seguir os passos seus.
R: O Senhor anunciará a paz para o seu povo.

Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 12, 35-38
- Aleluia, Aleluia, Aleluia!
- Vigiai e orai para ficardes de pé ante o Filho do homem! (Lc 21, 36)
- Aleluia, Aleluia, Aleluia!
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas:
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 35Que vossos rins estejam cingidos e as lâmpadas acesas. 36Sede como homens que estão esperando seu senhor voltar de uma festa de casamento, para lhe abrirem, imediatamente, a porta, logo que ele chegar e bater. 37Felizes os empregados que o senhor encontrar acordados quando chegar. Em verdade, eu vos digo: Ele mesmo vai cingir-se, fazê-los sentar-se à mesa e, passando, os servirá. 38E caso ele chegue à meia-noite ou às três da madrugada, felizes serão, se assim os encontrar!

- Palavra da salvação
- Glória a Vós, Senhor.
Comentário ao Evangelho do dia feito por São Bernardo
Monge cisterciense, Doutor da Igreja - (1091-1153)
Sermão sobre o Cântico dos Cânticos, nº 17, 2

Vigiar no Espírito Santo
Temos de estar vigilantes e atentos à obra da salvação que se realiza em nós, porque é com admirável subtileza e com a delicadeza de uma arte divina que o Espírito Santo realiza continuamente esta obra no mais íntimo do nosso ser. Que esta unção que tudo nos ensina não nos seja retirada sem que tenhamos consciência disso, e que a sua vinda não nos apanhe desprevenidos. Pelo contrário, convém-nos estar permanentemente atentos, com o coração totalmente aberto, para recebermos esta bênção generosa do Senhor. Em que disposições quer o Espírito encontrar-nos? «Sede como os servos que esperam o seu senhor, quando ele regressa das núpcias.» Ele nunca regressa de mãos vazias da mesa celeste, com todas as alegrias que esta prodigaliza.
Temos, pois, de velar, e de velar em todo o momento, porque nunca sabemos a que horas virá o Espírito, nem a que horas voltará a partir. O Espírito vai e vem (Jo 3, 8); se, graças à Sua presença, nos mantemos de pé, quando Ele Se retira caímos inevitavelmente, mas sem nos magoarmos, porque o Senhor nos sustenta com a Sua mão. E o Espírito não cessa de comunicar esta alternância de presença e ausência aos que são espirituais, ou antes, àqueles que têm a intenção de se tornar espirituais. É por isso que os visita de madrugada, pondo-os em seguida subitamente à prova.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Para o cristão o que é a morte? Parte I

“Se a morte acha o homem desprevenido e em pecado mortal, vem como ladrão, despoja-o, mata-o e o lança no abismo do inferno; mas, se o encontra vigilante, saúda-o como enviada de Deus, dizendo:O Senhor te espera para as bodas; vem, que te conduzirei ao reino bem-aventurado a que aspirais”. (São Tomás de Vilanova)
Já dizia São João Bosco:
“A morte consiste na separação da alma e do corpo, ficando absolutamente abandonadas todas as coisas deste mundo. Considera, meu filho, que tua alma deve necessariamente separar-se do corpo, mas não sabes quando, nem onde, nem como te surpreenderá essa separação.
Não sabes se ela te apanhará na cama, no trabalho, na rua ou noutro lugar. A ruptura de uma veia, uma infecção pulmonar, uma febre, um ferimento, um tombo, um terremoto, ou um raio são suficientes para te tirar a vida. E isso pode acontecer-te dentro de um ano, de um mês, de uma semana….
Quantos estavam bem à noite, quando se deitaram, e foram encontrados mortos no dia seguinte! Quantos, atacados de apoplexia, morreram rapidamente. E para onde foram depois? Se estavam na graça de Deus, felizes deles, são eternamente felizes. Se estavam no pecado, serão atormentados para todo o sempre.
E tu, meu filho, se morresses neste momento, o que seria de tua alma? Infeliz de ti se não estás preparado, porque o que não está pronto para morrer bem hoje, corre grande risco de morrer mal!
O lugar e a hora de tua morte não te são conhecidos, mas é certíssimo que ela virá. Ainda supondo que não te surpreenda uma morte repentina ou violenta, sem embargo, a última hora da tua vida há de chegar. Nessa hora, estendido sobre o leito, assistindo por um sacerdote que rezará junto de ti as orações dos agonizantes, rodeado por tua família que chora, com o crucifixo numa mão e uma vela acesa na outra, te encontrarás às portas da eternidade.
Tua cabeça sentirá dores e não encontrará repouso; tua visão estará obscurecida; tua língua estará ardendo; tua garganta, seca, teu peito, oprimido, o sangue se gelará nas tuas veias; teu corpo será consumido pela enfermidade e teu coração transpassado por mil dores.
Quando a alma tiver abandonado o corpo, este coberto com uma mortalha, será lançado a um buraco, onde se converterá em podridão; os vermes o devorarão, e de ti só restarão alguns ossos descarnados e um pouco de pó mal cheiroso. Abre uma tumba e observa o que restou de um jovem rico, de um homem poderoso no mundo; pó e podridão…O mesmo te acontecerá a ti.

Lê estas considerações com atenção, meu filho, e lembra-te de que elas se aplicam a ti, como a todos os outros homens. Agora o demônio, para induzir-te a pecar, se esforça e distrair-te deste pensamento, em encobrir e escusar a culpa, dizendo-te que não há grande mal em tal prazer, em tal desobediência, em faltar à Missa nos dias festivos; mas no momento da morte te fará conhecer a gravidade das tuas faltas e as representará a todas vivamente, diante de ti.
Que farás tu naquele terrível instante?
Desgraçado de quem então se encontrar em pecado mortal!
Considera também que do momento da morte depende tua felicidade ou desgraça eterna. Estando para dar o último suspiro e à luz daquela última chama, quantas coisas veremos! A Igreja acende duas velas por nós: uma no nosso Batismo, outra na hora da nossa morte; a primeira, para mostrar-nos os preceitos da lei de Deus, que devemos observar; a segunda no transe da nossa morte, para examinarmos se os observamos corretamente.
Por isso, meu filho, à claridade daquela última luz verá se amaste a Deus durante a tua vida ou se O desprezaste; se respeitaste seu santo Nome ou se O ofendeste com blasfêmias. Verás as festas que profanaste, as Missas que não ouviste, as desobediências a teus superiores, os escândalos que destes a teus companheiros.
Verás aquela soberba e aquele orgulho que te enganaram; verás… Mas (oh! meu Deus) tudo aquilo verás no momento em que se abre diante de ti o caminho da eternidade, momento do qual depende a eternidade inteira. Sim, daquele momento depende uma eternidade de glória ou de tormentos.
Compreendes bem o que te estou dizendo?
Daquele momento depende para ti o Paraíso ou o Inferno; o ser para sempre feliz ou desgraçado, para sempre filho de Deus ou escravo do demônio, para sempre gozar com os Anjos e Santos no Céu ou gemer e arder para todo o sempre com os condenados no Inferno.
Teme muito por tua alma, e reflete que de uma vida santa e boa dependem a boa morte e a eterna glória. Sem perda de tempo, põe em ordem tua consciência com uma boa Confissão, prometendo ao Senhor perdoar a teus inimigos, reparar os escândalos que deste, ser mais obedientes, abster-te de comer carne nos dias proibidos, não perder mais o tempo, santificar os dias consagrados a Deus, cumprir os deveres de teu estado.
E deste já, lançando-te aos pés de Jesus, diz a Ele:
“Meu Senhor e meu Deus, desde agora me converto a Vós; amo-Vos e quero-Vos amar e servir até à morte. Virgem Santíssima, minha Mãe, ajudai-me naquele momento terrível. Jesus, Maria e José, que minha alma expire em paz em vossos braços”.

EVANGELHO DIÁRIO

SANTO DO DIA: Beato João Paulo II, Papa; São Donato Scoto, Bispo
Cor litúrgica: VERDE
Primeira leitura: Efésios 2, 1-10
Leitura da carta de São Paulo aos Efésios:
Irmãos, 1 vós estáveis mortos por causa de vossas faltas e pecados, 2 nos quais vivíeis outrora, quando seguíeis o deus deste mundo, o príncipe que reina entre o céu e a terra, o espírito que age agora entre os rebeldes. 3 Nós éramos deste número, todos nós. Outrora nos abandonávamos às paixões da carne; satisfazíamos os seus desejos, seguíamos os seus caprichos e éramos, por natureza, como os demais, filhos da ira. 4 Mas Deus é rico em misericórdia. Por causa do grande amor com que nos amou, 5 quando estávamos mortos por causa de nossas faltas, ele nos deu a vida com Cristo. É por graça que vós sois salvos! 6 Deus nos ressuscitou com Cristo e nos fez sentar nos céus em virtude de nossa união com Jesus Cristo. 7 Assim, pela bondade que nos demonstrou em Jesus Cristo, Deus quis mostrar, através dos séculos futuros, a incomparável riqueza da sua graça. 8 Com efeito, é pela graça que sois salvos, mediante a fé. E isso não vem de nós; é dom de Deus! 9 Não vem das obras, para que ninguém se orgulhe. 10 Pois é ele quem nos fez; nós fomos criados em Jesus Cristo para as obras boas, que Deus preparou de antemão para que nós a praticássemos.

- Palavra do Senhor
- Graças a Deus

Salmo 100
Aclamai o Senhor, ó terra inteira, servi ao Senhor com alegria, ide a ele cantando jubilosos!
R: O Senhor mesmo nos fez, e somos seus.

Sabei que o Senhor, só ele, é Deus, ele mesmo nos fez, e somos seus, nós somos seu povo e seu rebanho.
R: O Senhor mesmo nos fez, e somos seus.

Entrai por suas portas dando graças e em seus átrios com hinos de louvor, dai-lhe graças, seu nome bendizei!
R: O Senhor mesmo nos fez, e somos seus.

Sim, é bom o Senhor e nosso Deus, sua bondade perdura para sempre, seu amor é fiel eternamente!
R: O Senhor mesmo nos fez, e somos seus.


Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 12, 13-21
- Aleluia, Aleluia, Aleluia!
- Felizes os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus (Mt 5, 3)
- Aleluia, Aleluia, Aleluia!
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas:
Naquele tempo, 13alguém, do meio da multidão, disse a Jesus: "Mestre, dize ao meu irmão que reparta a herança comigo". 14Jesus respondeu: "Homem, quem me encarregou de julgar ou de dividir vossos bens?" 15E disse-lhes: "Atenção! Tomai cuidado contra todo tipo de ganância, porque, mesmo que alguém tenha muitas coisas, a vida de um homem não consiste na abundância de bens". 16E contou-lhes uma parábola: "A terra de um homem rico deu uma grande colheita. 17Ele pensava consigo mesmo: ‘Que vou fazer? Não tenho onde guardar minha colheita'. 18Então resolveu: ‘Já sei o que vou fazer! Vou derrubar meus celeiros e construir maiores; neles vou guardar todo o meu trigo, junto com os meus bens. 19Então poderei dizer a mim mesmo: Meu caro, tu tens uma boa reserva para muitos anos. Descansa, come, bebe, aproveita!' 20Mas Deus lhe disse: ‘Louco! Ainda nesta noite, pedirão de volta a tua vida. E para quem ficará o que tu acumulaste?' 21Assim acontece com quem ajunta tesouros para si mesmo, mas não é rico diante de Deus".

- Palavra da salvação
- Glória a Vós, Senhor

Comentário ao Evangelho do dia feito por Concílio Vaticano II
Constituição sobre a Igreja no Mundo Actual «Gaudium et spes», §§ 88-90

Amontoar para si ou ser rico em relação a Deus?
Os cristãos cooperem de bom grado e de todo o coração na construção da ordem internacional com verdadeiro respeito pelas liberdades legítimas e na amigável fraternidade de todos; e tanto mais quanto é verdade que a maior parte do mundo ainda sofre tantas necessidades, de maneira que, nos pobres, o próprio Cristo como que apela em alta voz para a caridade dos Seus discípulos. Não se dê aos homens o escândalo de haver algumas nações, geralmente de maioria cristã, na abundância, enquanto outras não têm sequer o necessário para viver e são atormentadas pela fome, pela doença e por toda a espécie de misérias. Pois o espírito de pobreza e de caridade é a glória e o testemunho da Igreja de Cristo. São, por isso, de louvar e devem ser ajudados os cristãos, sobretudo jovens, que se oferecem espontaneamente para ir em ajuda dos outros homens e povos. [...]
É, portanto, absolutamente necessário que a Igreja esteja presente na comunidade das nações, para fomentar e estimular a cooperação entre os homens; tanto por meio das suas instituições públicas como graças à inteira e sincera colaboração de todos os cristãos. [...] Dedique-se especial cuidado em formar neste ponto a juventude, tanto na educação religiosa como na cívica.
Finalmente, é de desejar que os católicos, para bem cumprirem a sua missão na comunidade internacional, procurem cooperar activa e positivamente, quer com os irmãos separados que com eles professam a caridade evangélica, quer com todos os homens que anelam verdadeiramente pela paz.

AS TRÊS AVE MARIAS


 
Uma devoção simples e encantadora
 
Uma devoção tão simples como encantadora e rica em graças e verdadeiros milagres de salvação.
        É bem conhecida a mensagem de Jesus: “Que aproveita ao homem, ganhar o mundo inteiro, perdendo-se ou condenando-se a si mesmo?” (Lc 9,25) E essas mesmas palavras repetiu variadíssimas vezes, Santo Inácio, recordando que, de todos os negócios ou empreendimentos, o mais importante é a salvação.
       Quereis então salvar-vos? Sede verdadeiros e apaixonados devotos de Nossa Senhora porque, sem a sua mediação junto de Jesus, ninguém se salva. Pedi-lhe o Seu amparo, rezando todos os dias as TRÊS AVE-MARIAS, cuja breve e simples devoção revelou a própria Mãe de Deus a Santa  Matilde e deu a conhecer a Santa Gertrudes, mostrando que, sempre que os cristãos rezam as TRÊS AVE-MARIAS, em honra dos privilégios que recebeu da Santíssima Trindade  (O Poder que lhe concedeu Deus Pai, a Sabedoria que lhe comunicou Seu Filho e a Misericórdia com que A enriqueceu Deus Espírito Santo), outras tantas vezes o Poder, a Sabedoria e o Amor transbordante de Seu Imaculado Coração, irão inundar as almas dos que, deste modo, A honram e invocam, os quais terão a Sua proteção durante a vida e a Sua especial assistência na hora da morte.
       Por isso mesmo Santo Afonso Maria de Ligório recomendou com insistência a devoção das TRÊS AVE-MARIAS e São Leonardo de Porto Maurício pregou com fervor esta devoção, dizendo: “Oh! Que santa prática de piedade! Ela mesma é um meio bem simples e eficaz de assegurar ou garantir a vossa salvação”. E, por sua vez, o Venerável Servo de Deus, Luis Maria Bandoin, escreveu: “Rezai todos os dias as TRÊS AVE-MARIAS; se fordes fiéis em pagar a Maria este bem simples tributo, prometo-vos o Paraíso”.
PRÁTICA A OBSERVAR
Pela manhã e à noite, rezai assim: Maria, minha Mãe, livrai-me de cair em pecado Mortal!
Pelo Poder que Vos concedeu o Pai Eterno (Ave Maria)
Pela Sabedoria que Vos concedeu o Filho (Ave Maria)
Pelo Amor que Vos concede o Espírito Santo (Ave Maria)
Propagai esta devoção, pois, “quem salva uma alma, tem a sua salva” (Santo Agostinho).
Esta devoção tem a aprovação eclesiástica. Madrid em 11.02.1957


Fonte: ANUNCIAI A BOA NOVA – Número 319 (Outubro/2012)

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

EVANGELHO DIÁRIO

SANTO DO DIA: São João de Brébeuf, Isaac Joques, presbíteros e companheiros, mártires; São Paulo da Cruz,  presbítero; Beata Inês de Jesus Galand, virgem

Cor litúrgica: VERDE
Primeira leitura: Efésios 1, 11-14
Leitura da carta de São Paulo aos Efésios:
Irmãos, 11em Cristo nós recebemos a nossa parte. Segundo o projeto daquele que conduz tudo conforme a decisão de sua vontade, nós fomos predestinados 12a ser, para o louvor de sua glória, os que de antemão puseram a sua esperança em Cristo. 13Nele também vós ouvistes a palavra da verdade, o evangelho que vos salva. Nele, ainda, acreditastes e fostes marcados com o selo do Espírito prometido, o Espírito Santo, 14o que é o penhor da nossa herança para a redenção do povo que ele adquiriu, para o louvor da sua glória.
- Palavra do Senhor
- Graças a Deus

Salmo 33
Ó justos, alegrai-vos no Senhor! Aos retos fica bem glorificá-lo. Dai graças ao Senhor ao som da harpa, na lira de dez cordas celebrai-o!
R: Feliz o povo que o Senhor escolheu por sua herança!

- Pois reta é a palavra do Senhor, e tudo o que ele faz merece fé. Deus ama o direito e a justiça, transborda em toda a terra a sua graça.
R: Feliz o povo que o Senhor escolheu por sua herança!

- Feliz o povo cujo Deus é o Senhor, e a nação que escolheu por sua herança! Dos altos céus o Senhor olha e observa; ele se inclina para olhar todos os homens.
R: Feliz o povo que o Senhor escolheu por sua herança!

Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 12, 1-7
- Aleluia, Aleluia, Aleluia!
- Sobre nós venha, Senhor, a vossa graça, da mesma forma que em vós nós esperamos! (Sl 32, 22)
- Aleluia, Aleluia, Aleluia!
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas:
Naquele tempo, 1milhares de pessoas se reuniram, a ponto de uns pisarem os outros. Jesus começou a falar, primeiro a seus discípulos: "Tomai cuidado com o fermento dos fariseus, que é a hipocrisia. 2Não há nada de escondido que não venha a ser revelado, e não há nada de oculto que não venha a ser conhecido. 3Portanto, tudo o que tiverdes dito na escuridão, será ouvido à luz do dia; e o que tiverdes pronunciado ao pé do ouvido, no quarto, será proclamado sobre os telhados. 4Pois bem, meus amigos, eu vos digo: não tenhais medo daqueles que matam o corpo, não podendo fazer mais do que isto. 5Vou mostrar-vos a quem deveis temer: temei aquele que, depois de tirar a vida, tem o poder de lançar-vos no inferno. Sim, eu vos digo, a este temei. 6Não se vendem cinco pardais por uma pequena quantia? No entanto, nenhum deles é esquecido por Deus. 7Até mesmo os cabelos de vossa cabeça estão todos contados. Não tenhais medo! Vós valeis mais do que muitos pardais.

Palavra da salvação
Glória a Vós, Senhor.
Comentário ao Evangelho do dia feito por São João Eudes
Presbítero, pregador, Fundador de Institutos Religiosos - (1601-1680)
O Reino de Jesus, II, 30

«Colocai nas mãos de Deus qualquer preocupação,
pois é Ele que cuida de vós» (1 Pd 5,7)
O nosso muito amoroso Salvador assegura-nos em vários lugares das Suas sagradas Escrituras que tem um cuidado e uma vigilância constantes em relação a nós, que nos traz e sempre nos trará ao colo, no Seu coração e nas Suas entranhas (Is 46,3-4). E não Se contentou em dizê-lo só uma ou duas vezes, mas di-lo e repete-o cinco vezes na mesma passagem.
E noutra passagem diz-nos que mesmo que fosse possível encontrar uma mãe que se viesse a esquecer do filho que carregou nas suas entranhas, Ele nunca Se esquecerá de nós (Is 49,15-16); que nos escreveu nas mãos, para nos ter sempre diante dos olhos (Is 49,17); que quem nos fere, fere a pupila dos Seus olhos (Zc, 2,12); que não nos devemos preocupar com as coisas que são necessárias para viver e para vestir, que Ele sabe bem que precisamos de tudo isso e cuida de nós (Mt 6,31-34); que contou todos os cabelos da nossa cabeça (Mt 10,30) e que não perderemos um só (Lc 21,18); que Seu Pai nos ama como O ama a Ele, e que Ele nos ama como Seu Pai O ama (Jo 15,9; 17,26); que quer que estejamos onde Ele estiver (Jo 17,24), quer dizer, que estejamos descansando com Ele no seio e no coração de seu Pai (Jo 1,2).

Sétima Porta do Inferno: O Espiritismo



O espiritismo consiste em pretensas ou verdadeiras comunicações com os espíritos do outro mundo, ou as almas dos defuntos, para descobrir coisas secretas relativas a esta ou à outra vida.
Digo comunicações pretensas, supostas, porque é sabido que grande número de médiuns, isso é, de pessoas de que se servem os espíritos para receberem as respostas dos espíritos ou das almas, os profissionais Do espiritismo, têm sido convencidos de fraude. Noventa por cento pelo menos dos casos de comunicações espíritas são vergonhosas trapaças.
Digo, em segundo lugar, comunicações verdadeiras, porque sábios verdadeiros e conscienciosos têm verificado a verdade de certas comunicações, de sorte que forçoso é admitir que nem tudo é fraude.
Por conseguinte, às vezes há espíritos que se comunicam. A questão é esta: a que espíritos devem ser atribuídas estas comunicações? Em outras palavras: quem é o espírito que se manifesta? Não são almas dos defuntos. O dogma católico admite, para as almas que passaram os umbrais da eternidade, dois estados definitivos e um intermediário, mas passageiro. Ou elas estão no inferno, ou no céu, ou no purgatório. Ora, em qualquer estado destes em que elas se achem, não está na possibilidade delas aparecerem a quem as evoca. As do inferno estão presas pela corrente da justiça divina, que fixou a sua desgraçada sorte para a eternidade e deste horrendo calabouço, de que os demônios são guardas, elas não podem sair, senão em caso muito extraordinário, por especial providência de Deus. As que estão no céu, no purgatório, estão em perfeita conformidade à vontade de Deus, e, portanto, nunca elas se manifestam senão por fins altíssimos, dignos da infinita sabedoria de Deus, como auxiliar com preces e santos sacrifícios essas almas, ou converter algum pecador. A regra geral que Deus tem estabelecido para as almas que passam desta para a outra vida é que: “o espírito vai e não volta.”
Não são as almas que se manifestam. É o demônio. A prova é que na maioria dos casos estas comunicações tendem ao erro e à falsidade, que é o caráter próprio daquele que tem o título “pai da mentira”. Sem dúvida, há às vezes algumas verdades enunciadas, mas é para mais facilmente induzir ao erro. Assim dirão que há purgatório, mas que não há inferno — que fulano está no inferno, mas que a condenação não é eterna. Outras vezes são respostas ambíguas e contraditórias. Para um católico não pode haver dúvida, é o demônio. Acrescentemos o que em mais de uma circunstância se tem dado; e é que se algum dos circunstantes se acha munido de água benta, um crucifixo, uma medalha, o espírito ou fica mudo ou dá respostas incoerentes.
Vejamos, aliás, quais as consequências resultantes do espiritismo, para mais vermos a intervenção diabólica, porque pelos efeitos melhor se conhece a causa. Uma das consequências que mais avultam é a loucura. É um fato notório. O diretor do Hospício dos Alienados Pedro II, no Rio, declarou, há anos passados, que sessenta e cinco por cento dos alienados eram vítimas do espiritismo.
Que dizer do suicídio? Quem ignora que os tenha havido e só motivados por esta causa? Quantos desgraçados entre estes cegos a quem Satanás leva pelo cabresto até esta última cegueira! Quanto às imoralidades praticadas muitas vezes em certas reuniões espíritas, delas nem convêm falar. Há outras consequências, doutra ordem mais transcendente e é que o espiritismo impele seus adeptos à heresia e ao erro. É principalmente entre os espíritas que se encontram os que negam a divindade de Jesus Cristo, da confissão, da Igreja; os que ridicularizam as práticas religiosas, aprovam o ensino ateu.
Basta! Fica claro e evidente que as pessoas que se entregam a estas práticas cometem pecado mortal não só porque desobedecern à Igreja, que as proíbe, mas também porque procuram põe-se em comunicação com o espírito das trevas, o inimigo deDeus, o que é proibido pela Sagrada Escritura : “Entre ti não se achará... quem pergunte a um espírito divinatório nem aos mortos.” (Deut 18, II).
Os espíritas são hereges porque negam verdades reveladas e aderem a erros condenados, renunciando, desta arte, ao título de católicos. Estão fora da Igreja; se não renunciarem a estas práticas não se salvam.

A Oração
Há um inferno, suplícios eternos. É horroroso, mas é certo. A porta do inferno é o pecado mortal. Há também um céu, morada de Deus, mansão dos anjos e santos, uma glória, uma felicidade eternas. A chave de ouro do céu é a oração. Quereis evitar o inferno, merecer o céu, é absolutamente necessário REZAR...

Excerto do Livro: “O Pequeno Missionário”, Pe. Guilherme Vaessen, Livro de 1953

 (Gentileza Nicélia)