São Francisco de Assis, um exemplo de vida
São Francisco de Assis manifestava seu amor a Deus por uma alegria
imensa, que se expressava muitas vezes em cânticos ardorosos. A quem lhe
perguntava qual a razão de tal alegria, respondia que “ela deriva da
pureza do coração e da constância na oração”.
A santidade de São
Francisco de Assis lhe angariou muitos discípulos e atraiu também uma
jovem, filha do Conde de SassoRosso, Clara, de 17 anos. Desde o momento
em que o ouviu pregar, compreendeu que a vida que ele indicava era a que
Deus queria para ela. Francisco tornou-se seu guia e pai espiritual.
Nascia assim a Ordem Segunda dos Franciscanos, a das Clarissas. Depois, Inês, irmã de Clara, a seguia no claustro; mais tarde uma terceira, Beatriz se juntou a elas.
Sabedoria divina
Certa vez, São Francisco de Assis, sentindo-se fortemente tentado pela
impureza, deitou-se sem roupas sobre a neve. Outra vez, num momento de
tentação ainda mais violenta, ele rolou sobre espinhos para não pecar e
vencer suas inclinações carnais.
Sua humildade não consistia
simplesmente no desprezo sentimental de si mesmo, mas na convicção de
que "ante os olhos de Deus o homem vale pelo que é e não mais".
Considerando-se indigno do sacerdócio, São Francisco de Assis apenas
chegou a receber o diaconato. Detestava de todo coração o exibicionismo.
Uma vez contaram-lhe que um dos irmãos amava tanto o silêncio que até
quando ia se confessar, fazia-o por sinais. São Francisco respondeu
desgostoso:"Isso não procede do Espírito de Deus, mas sim do demônio; é uma tentação e não um ato de virtude".
Francisco tinha o dom da sabedoria. Certa vez, um frade lhe pediu
permissão para estudar. Francisco respondeu que, se o frade repetisse
com amor e devoção a oração "Glória ao Pai", se tornaria sábio aos olhos de Deus. Ele mesmo, Francisco, era um grande exemplo da sabedoria dessa maneira adquirida.
São Francisco de Assis e os animais
A proximidade de Francisco com a natureza sempre foi a faceta mais
conhecida deste santo. Seu amor universalista abrangia toda a Criação, e
simbolizava um retorno a um estado de inocência, como Adão e Eva no
Jardim do Éden.
Os estigmas de São Franscisco de Assis
Dois anos antes de sua morte, tendo Francisco ido ao Monte Alverne em
companhia de alguns de seus frades mais íntimos, pôs-se em oração
fervorosa e foi objeto de uma graça insigne.
Na figura de um
serafim de seis asas apareceu-lhe Nosso Senhor crucificado que, depois
de entreter-se com ele em doce colóquio, partiu deixando-lhe impressos
no corpo os sagrados estigmas da Paixão. Assim, esse discípulo de
Cristo, que tanto desejara assemelhar-se a Ele, obteve mais este traço
de similitude com o Divino Salvador.
Devoção a São Francisco de Assis
No verão de 1225, Francisco esteve tão enfermo, que o cardeal Ugolino e
o irmão Elias o levaram ao médico do Papa, em Rieti. São Francisco de
Assis perguntou a verdade e lhe dissessem que lhe restava apenas umas
semanas de vida. "Bem vinda, irmã Morte!", exclamou o santo.
Em
seguida pediu para ser levado à Porciúncula. Morreu no dia três de
outubro de 1226, com menos de 45 anos, depois de escutar a leitura da
Paixão do Senhor. Ele queria ser sepultado no cemitério dos criminosos,
mas seus irmãos o levaram em solene procissão à Igreja de São Jorge, em Assis.
Ali esteve depositado até dois anos depois da canonização. Em 1230, foi
secretamente trasladado à grande basílica construída pelo irmão Elias.
Ele foi canonizado apenas dois anos depois da morte, em 1228, pelo Papa Gregório IX. Sua festa é celebrada em 04 de outubro.
Oração a São Francisco de Assis
Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz.
Onde houver ódio, que eu leve o amor;
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão;
Onde houver discórdia, que eu leve a união;
Onde houver dúvida, que eu leve a fé;
Onde houver erro, que eu leve a verdade;
Onde houver desespero, que eu leve a esperança;
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria;
Onde houver trevas, que eu leve a luz.
Ó Mestre, Fazei que eu procure mais
Consolar, que ser consolado;
compreender, que ser compreendido;
amar, que ser amado.
Pois, é dando que se recebe,
é perdoando que se é perdoado,
e é morrendo que se vive para a vida eterna.