Na história do cristianismo há diversos testemunhos da vida dos santos relatando o fenômeno da bilocação.
Destacam-se: São Severo, São Francisco de Assis, Santo Antonio de
Pádua, São Francisco Xavier, São Martinho de Porres, São José de
Cupertino, Santo Afonso Maria de Ligório, São João Bosco, São Pio de
Pietrelcina…
A bilocação pode ser definida como a presença simultânea de uma pessoa em dois lugares diversos.
Essa representação pode acontecer de modo sobrenatural, por meio de uma
representação sensível, realizada por uma ação extraordinária ou
milagrosa de Deus.
Também existe a bilocação preternatural, isto é, por intervenção
diabólica, que tem por finalidade realizar alguma obra contrária ao
plano divino.
Na obra Principes de théologíe mystique, P. Serafín, diz:
“… a bilocação acontece somente de dois modos: em espírito ou em
corpo e alma. Quando tem lugar unicamente em espírito e é acompanhada de
aparição, a presença da pessoa é física onde está a pessoa, e é somente
representativa onde acontece a manifestação, mas o espírito se
apresenta visivelmente revestido de um corpo. Quando a bilocação se faz
em corpo e alma, a presença da pessoa é física onde a pessoa aparece e é
representativa onde estava.
No primeiro caso, o corpo que o espírito toma para tornar-se visível
representa a pessoa que fisicamente está em outra parte. No segundo
caso, o corpo parece permanecer no lugar de origem, e as pessoas creem
que não se moveu para nada, mas não passa de uma representação da pessoa
feita pelo ministério de um anjo, enquanto a pessoa se ausentou em
corpo e alma”.
A possibilidade de bilocação não é contestada pela maioria dos
estudiosos católicos, nem pela própria Igreja. O problema levantado é
somente o de saber se a pessoa está presente em dois lugares, ou se,
estando fisicamente em um lugar, aparece num outro, por meio de um corpo
emprestado, ou somente por uma visão.
Durante uma reunião dos frades capuchinhos em São Giovanni Rotondo,
foi levantada uma dúvida: “gostaria de saber como acontece a bilocação e
se a pessoa se dá conta quando ela acontece”.
Pe. Pio de Pietrelcina, tomando a palavra, respondeu: “evidente que
sim”, e continuou a sua explicação: “eles não conseguem saber se é o seu
corpo ou a sua alma que se movem, mas estão bem conscientes do que se
produz e sabem aonde vão”.
Os santos e a bilocação
São Severo (século III)
É considerado um dos fundadores do cristianismo em Ravenna, Itália.
Sua vida foi repleta de fatos extraordinários. Estava celebrando a santa
missa quando entra em êxtase e por um milagre de bilocação esteve
presente na morte do seu amigo São Germano de Modena.
Santo Antonio de Pádua
Conta-se que Santo Antonio salvou o próprio pai da forca. Esse fato
aconteceu de modo sobrenatural. Estava pregando na catedral de Pádua,
Itália, quando sente a necessidade de socorrer seu pai em Lisboa,
Portugal. Ele estava sendo acusado injustamente de assassinato de um
jovem.
Para ajudá-lo, Santo Antônio, durante a pregação, cobre a cabeça e
permanece em silêncio. Nesse meio tempo aparece em Lisboa e vai até o
tribunal para pedir a liberdade de seu pai. Não é atendido, pois o corpo
do jovem assassinado fora encontrado no jardim de sua família.
Santo Antonio pede para ir até o cadáver. Ao vê-lo, ordena-lhe, em
nome de cristo, que fale o nome de seu assassino. O morto volta,
momentaneamente à vida e testemunha não ser o pai de Santo Antônio o
assassino. Depois cai novamente morto. Santo Antônio “desperta” no
púlpito da Pádua e continua sua pregação.
Santo Afonso Maria de Ligório
No seu processo de canonização ficou guardado o seguinte testemunho:
“O venerável servo de Deus, enquanto residia em Arionzo, um lugarejo de sua diocese, em 21 de setembro de 1774 sofreu um desmaio. Ficou por quase dois dias sentado em uma cadeira, descansando em um doce e profundo sonho. Um dos empregados queria despertá-lo. O vigário-geral, Dom Rubino, ordenou que não o tocassem e que permanecessem em constante vigilância em um quarto próximo. Quando finalmente despertou e tocou a campainha, todas as pessoas da casa atenderam. Ao vê-las espantadas, perguntou o porquê daquela reação de todos. Responderam: “Monsenhor, faz dois dias que o senhor não fala, não come e nem dá sinal de vida”.
“Vocês pensavam que eu estivesse dormindo, mas não foi bem isso. Fui assistir o Papa, que agora não se encontra mais na lista dos vivos.”.
Em pouco tempo chega a notícia de que o papa Clemente XIV falecera em 22 de setembro, às oito da manhã, isto é, exatamente na hora em que o servo de Deus havia tocado a campainha. Havia estado em Roma, enquanto seu corpo permanecera em Nápoles, aparentemente quase sem vida.
São Pio de Pietrelcina
Padre Pio de Pietrelcina foi um verdadeiro amigo do céu na terra. Era um humilde capuchinho que, por seu exemplo de vida e santidade, levou milhares de pessoas de volta para Deus.
Um dos principais místicos do século XX, sua vida foi cheia de testemunhos extraordinários: tinha estigmas visíveis nas duas mãos, isto é, feridas recordando as chagas de Nosso Senhor; muitas pessoas desenganadas pela medicina foram curadas por sua oração; grande parte das conversões aconteciam durante a confissão; há relatos sobre o fenômeno da bilocação.
Durante a Segunda Guerra Mundial aviadores das mais diferentes nacionalidades testemunharam o auxílio sobrenatural recebido por meio de Padre Pio. Um desses casos é o de um aviador americano que foi atacado por um avião japonês.
O “avião” – conta o piloto americano – “começou a pegar fogo rapidamente, e fui obrigado a saltar. Quando tentei abrir o pára-quedas, ele falhou. De repente um frade com barba pegou-me nos braços e deixou-me são e salvo na entrada da base aérea”.
É muito conhecida a história da morte de Monsenhor Damiani, vigário-geral da Diocese de Salto no Uruguai, ao qual Padre Pio prometeu assistir no momento de sua passagem para a eternidade; e o humilde capuchinho manteve sua palavra.
Comenta-se que o Padre Pio visitou para consolar o cardeal-primaz da Hungria, refugiado na embaixada americana. Também teria ido à Polônia para confortar o cardeal Wynszynski, vítima da perseguição política dos comunistas.
Padre Eduardo Rodríguez
A Espanha é testemunha da bilocação de um pregador renomado, o padre jesuíta Eduardo Rodríguez. Ele estava pregando na catedral de Toledo e sendo transmitido pela radio Toledo. Ao mesmo tempo, estava pregando outro sermão na catedral de Madrid, irradiado pela Rádio Nacional da Espanha.
Extraído do livro: Católico pode ou não pode? Por quê? – Pe. Alberto Gabarini
No seu processo de canonização ficou guardado o seguinte testemunho:
“O venerável servo de Deus, enquanto residia em Arionzo, um lugarejo de sua diocese, em 21 de setembro de 1774 sofreu um desmaio. Ficou por quase dois dias sentado em uma cadeira, descansando em um doce e profundo sonho. Um dos empregados queria despertá-lo. O vigário-geral, Dom Rubino, ordenou que não o tocassem e que permanecessem em constante vigilância em um quarto próximo. Quando finalmente despertou e tocou a campainha, todas as pessoas da casa atenderam. Ao vê-las espantadas, perguntou o porquê daquela reação de todos. Responderam: “Monsenhor, faz dois dias que o senhor não fala, não come e nem dá sinal de vida”.
“Vocês pensavam que eu estivesse dormindo, mas não foi bem isso. Fui assistir o Papa, que agora não se encontra mais na lista dos vivos.”.
Em pouco tempo chega a notícia de que o papa Clemente XIV falecera em 22 de setembro, às oito da manhã, isto é, exatamente na hora em que o servo de Deus havia tocado a campainha. Havia estado em Roma, enquanto seu corpo permanecera em Nápoles, aparentemente quase sem vida.
São Pio de Pietrelcina
Padre Pio de Pietrelcina foi um verdadeiro amigo do céu na terra. Era um humilde capuchinho que, por seu exemplo de vida e santidade, levou milhares de pessoas de volta para Deus.
Um dos principais místicos do século XX, sua vida foi cheia de testemunhos extraordinários: tinha estigmas visíveis nas duas mãos, isto é, feridas recordando as chagas de Nosso Senhor; muitas pessoas desenganadas pela medicina foram curadas por sua oração; grande parte das conversões aconteciam durante a confissão; há relatos sobre o fenômeno da bilocação.
Durante a Segunda Guerra Mundial aviadores das mais diferentes nacionalidades testemunharam o auxílio sobrenatural recebido por meio de Padre Pio. Um desses casos é o de um aviador americano que foi atacado por um avião japonês.
O “avião” – conta o piloto americano – “começou a pegar fogo rapidamente, e fui obrigado a saltar. Quando tentei abrir o pára-quedas, ele falhou. De repente um frade com barba pegou-me nos braços e deixou-me são e salvo na entrada da base aérea”.
É muito conhecida a história da morte de Monsenhor Damiani, vigário-geral da Diocese de Salto no Uruguai, ao qual Padre Pio prometeu assistir no momento de sua passagem para a eternidade; e o humilde capuchinho manteve sua palavra.
Comenta-se que o Padre Pio visitou para consolar o cardeal-primaz da Hungria, refugiado na embaixada americana. Também teria ido à Polônia para confortar o cardeal Wynszynski, vítima da perseguição política dos comunistas.
Padre Eduardo Rodríguez
A Espanha é testemunha da bilocação de um pregador renomado, o padre jesuíta Eduardo Rodríguez. Ele estava pregando na catedral de Toledo e sendo transmitido pela radio Toledo. Ao mesmo tempo, estava pregando outro sermão na catedral de Madrid, irradiado pela Rádio Nacional da Espanha.
Extraído do livro: Católico pode ou não pode? Por quê? – Pe. Alberto Gabarini
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