Cidade do Vaticano (Sexta-feira, 29-08-2014, Gaudium Press) Em mensagem pelo 48º Dia Mundial da Paz, o Santo Padre afirmou que a escravatura, apesar de ser considerada um fato do passado, ainda permanece presente nos tempos atuais.
A partir do título "Não mais escravos, mas irmãos", o Papa assinalou que a escravidão representa uma espécie de golpe de morte para determinada fraternidade universal e para a própria paz, existente a partir do momento em que o ser humano reconhece no outro um irmão ou irmã com a mesma dignidade.
Segundo o Pontífice, ainda persistem diversas formas de escravatura que são vistas como abomináveis, entre elas, o tráfico de seres humanos, - tema esse discutido na Campanha da Fraternidade deste ano - o comércio dos migrantes e da prostituição, o trabalho-escravo e a exploração do ser humano.
O Papa ainda lembrou que existem indivíduos e grupos que tentam se aproveitar de forma vergonhosa desta escravatura, tida como uma ferida terrível, aberta no corpo da sociedade contemporânea e chaga gravíssima na carne de Cristo.
Para combater eficazmente esse tipo de conduta, o Pontífice salientou que há de ser reconhecido, acima de tudo, a inviolável dignidade de cada pessoa.
Além disso, ancorar firmemente o reconhecimento na fraternidade é um dos quesitos mais importantes, uma vez que exige a superação de todas as desigualdades.
O Papa Francisco também esclareceu que é preciso alcançar, como objetivo, a construção de uma civilização fundada sobre a igual dignidade de todos os seres humanos, necessitando, inclusive, do compromisso da informação, da educação, da cultura em favor de uma sociedade renovada e que se assinale pela liberdade, justiça e a paz.
A Mensagem papal é enviada aos Ministros dos Negócios Estrangeiros de todo o mundo, indicando a linha diplomática da Santa Sé para o ano que se inicia. (LMI)
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