A função materna de Maria não cessa com esse doloroso nascimento.
Ao
estudarmos a função de Mediadora universal, mostraremos que Maria
prossegue no céu sua missão de co-redentora, distribuindo agora a cada
alma as graças que as ajudou a merecer.
Por essa mesma função, continua sendo no céu nossa Mãe – ou seja, Mãe de cada um de nós em particular – após ter-se tornado, em Nazaré e no Calvário, a Mãe de todos em geral.
Mesmo após nosso resgate por Nosso Senhor, não nascemos no estado em que nasceríamos se Adão não tivesse pecado.
Do ponto
de vista sobrenatural, somos todos natimortos no momento do nascimento, e
é preciso que a vida sobrenatural conquistada para todos pela morte de
Cristo seja infundida em cada um de nós individualmente.
Mas a graça santificante, como todas as graças, é obtida para nós por Maria.
No
batismo, o filho do pecado se torna filho de Deus; no confessionário, o
cadáver espiritual se reanima, readquire a vida e se torna filho de Deus
pela ação de Maria.
Sem a graça de vida que Ela obtém, a morte espiritual permaneceria.
Ninguém renasceria para a vida divina sem que Maria a tivesse obtido sobrenaturalmente.
Ninguém renasceria para a vida divina sem que Maria a tivesse obtido sobrenaturalmente.
Ao pé da cruz “Ela estava triste, pois sua hora havia chegado”. Hora de angústias indizíveis, consequências da maldição de Eva.
Mas o que
existe atualmente é a inefável renovação da alegria que teve no
nascimento virginal, naquela hora inesquecível em que, na gruta de
Belém, deu a luz a Jesus Cristo, seu Primogênito.
Atualmente aquela alegria se renova ao dar à luz os membros do Corpo Místico.
Por sua
tríplice colaboração na Encarnação, na Redenção e na distribuição das
graças divinas – a qual só é tríplice no que se refere à execução, mas
que é uma só na sua intenção – Ela nos deu verdadeiramente a vida sobrenatural
e a colaboração para o nosso nascimento como filhos de Deus, da mesma
forma que nossas mães contribuíram, segundo a natureza, para nosso
nascimento como filhos de Adão.
* * *
Fonte: retirado do livro “Maria Santíssima como a Igreja ensina” do Rev. Pe. Émile Neubert.
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