Igreja

Rádio GOTHMLP

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Evangelho

Santo do dia: Santos Inocentes, mártires; São Gaspar del Búfalo, presbítero
Cor litúrgica: vermelho
Evangelho do dia: São Mateus 2, 13-18
Primeira leitura: São João 1, 5-2, 2
Leitura da primeira carta de São João:
Caríssimos: 5A mensagem, que ouvimos de Jesus Cristo e vos anunciamos, é esta: Deus é luz e nele não há trevas. 6Se dissermos que estamos em comunhão com ele, mas andamos nas trevas, estamos mentindo e não nos guiamos pela verdade. 7Mas, se andamos na luz, como ele está na luz, então estamos em comunhão uns com os outros, e o sangue de seu Filho Jesus nos purifica de todo pecado. 8Se dissermos que não temos pecado, estamo-nos enganando a nós mesmos, e a verdade não está dentro de nós. 9Se reconhecermos nossos pecados, então Deus se mostra fiel e justo, para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda culpa. 10Se dissermos que nunca pecamos, fazemos dele um mentiroso e sua palavra não está dentro de nós. 2,1Meus filhinhos, escrevo isto para que não pequeis. No entanto, se alguém pecar, temos junto do Pai um Defensor: Jesus Cristo, o Justo. 2Ele é a vítima de expiação pelos nossos pecados, e não só pelos nossos, mas também pelos pecados do mundo inteiro.
- Palavra do Senhor
- Graças a Deus
Salmo 95 (96)
- Se o Senhor não estivesse ao nosso lado, quando os homens investiram contra nós, com certeza nos teriam devorado no furor de sua ira contra nós.
R: Nossa alma como um pássaro escapou do laço que lhe armara o caçador.
- Então as águas nos teriam submergido, a correnteza nos teria arrastado, e então, por sobre nós teriam passado essas águas sempre mais impetuosas.
R: Nossa alma como um pássaro escapou do laço que lhe armara o caçador.
- O laço arrebentou-se de repente, e assim nós conseguimos libertar-nos. O nosso auxílio está no nome do Senhor, do Senhor que fez o céu e fez a terra!
R: Nossa alma como um pássaro escapou do laço que lhe armara o caçador.
Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus 2, 13-18
- Aleluia, Aleluia, Aleluia!
- A vós, ó Deus, louvamos, a vós, Senhor, cantamos; vos louva o exército dos vossas santos mártires!
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus:
13Depois que os magos partiram, o Anjo do Senhor apareceu em sonho a José e lhe disse: "Levanta-te, pega o menino e sua mãe e foge para o Egito! Fica lá até que eu te avise! Porque Herodes vai procurar o menino para matá-lo". 14José levantou-se de noite, pegou o menino e sua mãe, e partiu para o Egito. 15Ali ficou até à morte de Herodes, para se cumprir o que o Senhor havia dito pelo profeta: "Do Egito chamei o meu Filho". 16Quando Herodes percebeu que os magos o haviam enganado, ficou muito furioso. Mandou matar todos os meninos de Belém e de todo o território vizinho, de dois anos para baixo, exatamente conforme o tempo indicado pelos magos. 17Então se cumpriu o que foi dito pelo profeta Jeremias: 18"Ouviu-se um grito em Ramá, choro e grande lamento: é Raquel que chora seus filhos, e não quer ser consolada, porque eles não existem mais".
- Palavra da Salvação
- Glória a Vós, Senhor
Comentário do dia por Beato John Henry Newman (1801-1890)
Teólogo, Fundador do Oratório em Inglaterra
Sermão «The Mind of Little Children»; PPS II, 6

«Mártires incapazes de confessar o nome do teu Filho e todavia glorificados pelo seu nascimento» (Postcommunio)
É de toda a justiça que celebremos a morte destes Santos Inocentes, porque ela é santa. Quando os acontecimentos nos aproximam de Cristo, quando sofremos por Cristo, esse é seguramente um privilégio imenso – qualquer que seja o sofrimento, mesmo que naquele momento não estejamos conscientes de estar sofrer por Ele. As crianças que Jesus tomou nos braços também não podiam compreender, nesse momento, de que condescendência admirável estavam a ser objecto; mas a bênção do Senhor era um privilégio real. Paralelamente, este massacre das crianças de Belém tem para elas lugar de sacramento: era a caução do amor do Filho de Deus para com aqueles que experimentaram esse sofrimento. Todos os que se aproximaram dele sofreram mais ou menos, pelo simples facto desse contacto, como se emanasse dele uma força secreta que purifica e santifica as almas através das penas deste mundo. Foi o caso dos Santos Inocentes.
Verdadeiramente, a própria presença de Jesus tem lugar de sacramento: todos os seus actos, todos os seus olhares, todas as suas palavras comunicam a graça aos que aceitam recebê-la – quanto mais aos que aceitam tornar-se seus discípulos. Desde os inícios da Igreja, o martírio foi considerado como uma forma de baptismo, um verdadeiro baptismo de sangue, que tem a mesma eficácia sacramental que a água que regenera. Somos pois convidados a reconhecer estas crianças como mártires e a usufruir do testemunho da sua inocência.

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