Igreja

Rádio GOTHMLP

terça-feira, 5 de julho de 2011

A NOSSA CASA PERMANENTE É A DO CÉU


Evangelho segundo S. Mateus 8,18-22: “Vendo-se, pois, Jesus rodeado por uma grande multidão, ordenou que passassem para a outra margem do lago. E, aproximando-se um escriba, disse-lhe: Mestre, eu seguir-te-ei, para onde quer que fores. E Jesus disse-lhe: As raposas têm suas covas, e as aves do céu os seus ninhos; porém o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça. E um outro dos seus discípulos disse-lhe: Senhor, deixa-me primeiro ir sepultar meu pai. Mas Jesus disse-lhe: Segue-me, e deixa que os mortos sepultem os seus mortos”.

A Igreja, fiel à missão dada aos apóstolos, faz-se presente em todo o mundo para batizar e ensinar o amor a Deus e ao próximo, a exemplo de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Segue o comentário a esse trecho do Evangelho, feito por Santo Afonso Maria de Ligório (1696-1787),bispo e doutor da Igreja (8º Discurso para a novena de Natal):
“O Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça”.
Deus é a Sua própria riqueza, porque é o bem infinito. [...] Este Deus tão rico fez-Se pobre ao tornar-Se homem, a fim de nos enriquecer a nós, miseráveis pecadores. É o ensinamento muito claro do apóstolo São Paulo: «De tão rico que era, Jesus tornou-Se pobre para vos tornar ricos pela Sua pobreza» (2Co 8,9). Como?! Um Deus [...] chegar ao ponto de Se tornar pobre? Com que intenção? Tentemos compreendê-la:
Os bens terrenos não passam de terra e lama; todavia esta lama cega de tal modo os homens, que eles deixam de discernir os verdadeiros bens. Antes da vinda de Jesus Cristo, o mundo estava repleto de trevas, porque cheio de pecados: «Toda a carne havia pervertido a sua conduta» (Gn 6,12). Ou seja: os homens tinham obscurecido em si a lei natural no seu espírito gravada por Deus; viviam como animais, preocupados apenas em obter prazeres e bens terrenos, e totalmente indiferentes aos bens eternos. Foi por um efeito da misericórdia divina que o Filho de Deus veio dissipar essas profundas trevas: «Sobre aqueles que habitavam a região da sombra da morte, uma luz resplandeceu» (Is 9,1). [...]
“Mas este divino mestre quis instruir-nos não apenas pela palavra, mas também, e, sobretudo, pelos exemplos da Sua vida. «A pobreza», afirma São Bernardo, «estava ausente do céu; encontrava-se apenas na Terra. Infelizmente o homem não conhecia o seu preço e, à partida, não a procurava. Para torná-la preciosa aos nossos olhos e digna de todos os nossos desejos, que fez o Filho de Deus? Desceu do céu à Terra e escolheu-a como companheira de toda a Sua vida.»
Assim ao refletir sobre o evangelho de São Mateus e a homilia de Santo Afonso de Ligório, peçamos a Deus um coração de carne semelhante ao de Nosso Senhor Jesus Cristo, do qual saiam raios de amor e misericórdia para todos.
Quando uma pessoa, sem nenhuma hipocrisia religiosa, consegue ver Deus como é, ela então se restaura pela ação da graça redentora. Temos que pedir a Nosso Senhor Jesus Cristo, por intermédio de sua Mãe Santíssima, que nos transforme e que sejamos instrumentos da Providência para que haja mais autênticos seguidores Dele.
Agradeçamos a Nossa Senhora por tudo quanto Ela obtém para nós, sem nosso merecimento, e peçamos que o Reino de Cristo venha a nós o quanto antes. Amém.

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