SANTO DO DIA: São Francisco de Sales, Bispo e Doutor da Igreja; Beata Paula Gambara Costa, viúva
Cor litúrgica: Branco
Primeira leitura: Hebreus 7, 25-8, 6
Leitura da carta aos Hebreus:
Irmãos, 25Jesus é capaz de salvar para
sempre aqueles que, por seu intermédio, se aproximam de Deus. Ele está
sempre vivo para interceder por eles. 26Tal é precisamente o sumo
sacerdote que nos convinha: santo, inocente, sem mancha, separado dos
pecadores e elevado acima dos céus. 27Ele não precisa, como os sumos
sacerdotes, oferecer sacrifícios em cada dia, primeiro por seus próprios
pecados e depois pelos do povo. Ele já o fez uma vez por todas,
oferecendo-se a si mesmo. 28A Lei, com efeito, constituiu sumos
sacerdotes sujeitos à fraqueza, enquanto a palavra do juramento, que
veio depois da Lei, constituiu alguém que é Filho, perfeito para sempre.
8,1O tema mais importante da nossa exposição é este: temos um sumo
sacerdote tão grande, que se assentou à direita do trono da majestade,
nos céus. 2Ele é ministro do Santuário e da Tenda verdadeira, armada
pelo Senhor, e não por mão humana. 3Todo sumo sacerdote, com efeito, é
constituído para oferecer dádivas e sacrifícios; portanto, é necessário
que tenha algo a oferecer. 4Na verdade, se Cristo estivesse na terra,
não seria nem mesmo sacerdote, pois já existem os que oferecem dádivas
de acordo com a Lei. 5Estes celebram um culto que é cópia e sombra das
realidades celestes, como foi dito a Moisés, quando estava para executar
a construção da Tenda. "Vê, faze tudo segundo o modelo que te foi
mostrado sobre a montanha". 6Agora, porém, Cristo possui um ministério
superior. Pois ele é o mediador de uma aliança bem melhor, baseada em
promessas melhores.
- Palavra do Senhor
- Graças a Deus
Salmo 40
Sacrifício e oblação não quisestes, mas
abristes, Senhor, meus ouvidos; não pedistes ofertas nem vítimas,
holocaustos por nossos pecados, e então eu vos disse: "Eis que venho!"
R: Eis que venho fazer, com prazer, a vossa vontade, Senhor!
- Sobre mim está escrito no livro: "Com prazer faço a vossa vontade, guardo em meu coração vossa lei!"
R: Eis que venho fazer, com prazer, a vossa vontade, Senhor!
- Boas novas de vossa justiça anunciei numa grande assembleia; vós sabeis: não fechei os meus lábios!
R: Eis que venho fazer, com prazer, a vossa vontade, Senhor!
- Mas se alegre e em vós rejubile todo
ser que vos busca, Senhor! Digam sempre: "É grande o Senhor!" os que
buscam em vós seu auxílio.
R: Eis que venho fazer, com prazer, a vossa vontade, Senhor!
Evangelho de Jesus Cristo segundo São Marcos 3, 7-12
- Aleluia, Aleluia, Aleluia!
- Jesus Cristo salvador destruiu o mal e a morte; fez brilhar pelo evangelho a luz e a vida imperecíveis (2Tm 1, 10)
- Aleluia, Aleluia, Aleluia!
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Marcos:
Naquele tempo, 7Jesus se retirou para a
beira do mar, junto com seus discípulos. Muita gente da Galileia o
seguia. 8E também muita gente da Judeia, de Jerusalém, da Iduméia, do
outro lado do Jordão, dos territórios de Tiro e Sidônia, foi até Jesus,
porque tinham ouvido falar de tudo o que ele fazia. 9Então Jesus pediu
aos discípulos que lhe providenciassem uma barca, por causa da multidão,
para que não o comprimisse. 10Com efeito, Jesus tinha curado muitas
pessoas, e todos os que sofriam de algum mal jogavam-se sobre ele para
tocá-lo. 11Vendo Jesus, os espíritos maus caíam a seus pés, gritando:
"Tu és o Filho de Deus!" 12Mas Jesus ordenava severamente para não
dizerem quem ele era.
- Palavra da salvação
- Glória a Vós, Senhor.
Comentário ao Evangelho do dia feito por Beato João XXIII
Papa - Diário da Alma 29/11/1940 (Paulus Editora)
«Seguiu-O uma imensa multidão vinda da Galileia. E da Judeia, de
Jerusalém, da Idumeia, de além-Jordão [...], uma grande
multidão veio ter com Ele»
«Senhor, abre os meus lábios e a
minha boca anunciará o Teu louvor» (Sl 50,17). [...] Se pensarmos que
estas palavras se repetem sempre em Matinas, em nome da Igreja, que ora
por si própria e por todo o mundo, e pelos milhares e centenas de
milhares de bocas que se abrem ao toque da graça que invocamos, então o
panorama amplia-se e, ao iluminar-se, completa-se. A Igreja
apresenta-se, não como um monumento histórico do passado, mas como uma
instituição viva. A Santa Igreja não é como um edifício que se constrói
ao fim de um ano. É uma cidade vastíssima, que terminará por ocupar o
universo inteiro: «O seu monte santo, belo em altura, alegria de toda a
terra, o monte Sião, vértice do céu, cidade do grande rei» (Sl 48,3).
A construção começou há vinte
séculos, mas continua e estende-se por todas as terras, até que o nome
de Cristo seja adorado por toda a parte. E, à medida que continua, as
novas gentes dão saltos de júbilo perante o anúncio: «E deram uma grande
alegria a todos os irmãos» (Act 15,3). Também é belíssimo o pensamento
final [...], edificante para todo o sacerdote que reza o breviário:
convém que cada um esteja atento a construir essa Santa Igreja.
Quem, pela pregação, se dedica a
obra tão bela, diga ao Senhor como anúncio do Seu evangelho: «Senhor,
abre os meus lábios e a minha boca anunciará o Teu louvor.» Quem não é
missionário suspire também por cooperar no grande esforço do apostolado
e, quando recita os salmos sozinho na sua cela, siga ao Senhor: «Senhor,
abre os meus lábios»; porque mesmo aí, por comunicação da caridade,
deve considerar sua todas as línguas que nesse momento estejam a
anunciar o evangelho, que é o louvor divino supremo.