A
História do mundo terminará com uma conflagração universal. E, depois
ou ao mesmo tempo em que o mundo esteja sendo purificado, ouvir-se-á, em
todos os âmbitos da terra, o som da trombeta de que fala o Apóstolo S.
Paulo na sua primeira epístola aos Tessalonicenses.
À sua voz se levantarão os mortos das suas sepulturas e, por elas
chamados, comparecerão na presença do Juiz Supremo que para julgá-los,
descerá do céu sobre nuvens de glória e revestido de soberana majestade.
Ressuscitarão todos os que morreram no transcurso do tempo desde o
princípio do mundo. Mesmo os que ainda estiverem vivos ressuscitarão no
sentido de passar da morte para a vida, porque ainda que todos os
acontecimentos do fim do mundo sejam instantâneos – como parece indicar
S. Paulo na primeira epístola ao Coríntios – sucederá que os homens,
vivos um momento antes, passarão por uma morte instantânea e
imediatamente irão ocupar o lugar que por suas obras lhes corresponda.
Portanto, ressuscitarão em estado glorioso os corpos de todos os
Santos, vindos do céu, saídos do purgatório, ou surpreendidos na vida
mortal pelos últimos acontecimentos, ou vindos do inferno. Todos juntos
comparecerão diante da humanidade gloriosa de Jesus Cristo, cuja vinda
será a causa da sua ressurreição.
Os justos ressuscitarão com os mesmos corpos que neste mundo tiveram,
com a diferença de que então não terão nenhuma imperfeição, nem estarão
sujeitos a debilidade alguma. Pelo contrário, possuirão, pela
Onipotência divina, qualidades e dotes que converterão esses corpos, de
certo modo, em espirituais.
Pelo contrário, os corpos dos condenados ao inferno ressuscitarão
desprovidos das qualidades dos corpos gloriosos dos que se salvaram.
Entretanto, não serão corruptíveis, porque terão terminado a morte e a
corrupção. Eles serão, ao mesmo tempo, passíveis e imortais, de maneira
que nada exterior poderá alterá-los e muito menos destruí-los. Mas,
particularmente o fogo do inferno lhes infligirá tormentos e dores
formidáveis.
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