Igreja

Rádio GOTHMLP

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Evangelho

Santo do dia: São Januário, Bispo e mártir; Beata Francisca Cualladó Baixauli, virgem e mártir; São Carlos Hyon Song-mun, mártir
Cor litúrgica: Verde
Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 7, 36-50
Primeira leitura: Timóteo 4, 12-16
Leitura da primeira carta de São Paulo a Timóteo:

Caríssimo: 12Ninguém te despreze por seres jovem. Pelo contrário, serve de exemplo para os fiéis, na palavra, na conduta, na caridade, na fé, na pureza. 13Até que eu chegue, dedica-te à leitura, à exortação, ao ensino. 14Não descuides o dom da graça que tu tens e que te foi dada por indicação da profecia, acompanhada da imposição das mãos do presbitério. 15Com perseverança, põe estas coisas em prática, para que todos vejam o teu progresso. 16Cuida de ti mesmo e daquilo que ensinas. Mostra-te perseverante. Assim te salvarás a ti mesmo e também àqueles que te escutam.

- Palavra do Senhor
- Graças a Deus
Salmo 110 (111)

- Suas obras são verdade e são justiça, seus preceitos, todos eles, são estáveis, confirmados para sempre e pelos séculos, realizados na verdade e retidão.
R: Grandiosas são as obras do Senhor!

- Enviou libertação para o seu povo, confirmou sua Aliança para sempre. Seu nome é santo e é digno de respeito.
R: Grandiosas são as obras do Senhor!

- Temer a Deus é o princípio do saber, e é sábio todo aquele que o pratica. Permaneça eternamente o seu louvor.
R: Grandiosas são as obras do Senhor!
Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 7, 36-50

- Aleluia, Aleluia, Aleluia!
- Vinde a mim, todos vós que estais cansados, e descanso eu vos darei, diz o Senhor (Mt 11, 28)

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas:

Naquele tempo: 36Um fariseu convidou Jesus para uma refeição em sua casa. Jesus entrou na casa do fariseu e pôs-se à mesa. 37Certa mulher, conhecida na cidade como pecadora, soube que Jesus estava à mesa, na casa do fariseu. Ela trouxe um frasco de alabastro com perfume, 38e, ficando por detrás, chorava aos pés de Jesus; com as lágrimas começou a banhar-lhe os pés, enxugava-os com os cabelos, cobria-os de beijos e os ungia com o perfume. 39Vendo isso, o fariseu que o havia convidado ficou pensando: "Se este homem fosse um profeta, saberia que tipo de mulher está tocando nele, pois é uma pecadora". 40Jesus disse então ao fariseu: "Simão, tenho uma coisa para te dizer". Simão respondeu: "Fala, mestre!" 41"Certo credor tinha dois devedores; um lhe devia quinhentas moedas de prata, o outro cinqüenta. 42Como não tivessem com que pagar, o homem perdoou os dois. Qual deles o amará mais?" 43Simão respondeu: "Acho que é aquele ao qual perdoou mais". Jesus lhe disse: "Tu julgaste corretamente". 44Então Jesus virou-se para a mulher e disse a Simão: "Estás vendo esta mulher? Quando entrei em tua casa, tu não me ofereceste água para lavar os pés; ela, porém, banhou meus pés com lágrimas e enxugou-os com os cabelos. 45Tu não me deste o beijo de saudação; ela, porém, desde que entrei, não parou de beijar meus pés. 46Tu não derramaste óleo na minha cabeça; ela, porém, ungiu meus pés com perfume. 47Por esta razão, eu te declaro: os muitos pecados que ela cometeu estão perdoados porque ela mostrou muito amor. Aquele a quem se perdoa pouco mostra pouco amor". 48E Jesus disse à mulher: "Teus pecados estão perdoados". 49Então, os convidados começaram a pensar: "Quem é este que até perdoa pecados?" 50Mas Jesus disse à mulher: "Tua fé te salvou. Vai em paz!"

- Palavra da Salvação
- Glória a Vós, Senhor.
Comentário do dia: Beato João Paulo II (1920-2005), Papa 
Encíclica «Dives in Misericordia» § 13
(trad. © copyright Libreria Editrice Vaticana)


«São-lhe perdoados os seus muitos pecados»
Porque existe o pecado no mundo, neste mundo que «Deus amou tanto […] que lhe deu o seu Filho unigénito» (Jo 3,16), Deus, que «é amor» (1Jo 4,8), não se pode revelar de outro modo a não ser como misericórdia, a qual corresponde não somente à verdade mais profunda daquele amor que Deus é, mas ainda a toda a verdade interior do homem e do mundo, sua pátria temporária. […] É por isso mesmo que a Igreja professa e proclama a conversão. A conversão a Deus consiste sempre na descoberta da sua misericórdia, isto é, do amor que é «paciente e benigno» (1Cor 13,4) […], amor ao qual «Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo» (2Cor 1,3) é fiel até às últimas consequências na história da Aliança com o homem, até à cruz, à morte e à ressurreição de seu Filho. A conversão a Deus é sempre fruto do retorno para junto deste Pai, «rico em misericórdia» (Ef 2,4).

O autêntico conhecimento do Deus da misericórdia, Deus do amor benigno, é a fonte constante e inexaurível de conversão, não somente como momentâneo acto interior, mas também como disposição permanente, como estado de espírito. Aqueles que assim chegam ao conhecimento de Deus, aqueles que assim O «vêem», não podem viver de outro modo que não seja convertendo-se a Ele continuamente. Passam a viver «in statu conversionis», em estado de conversão; e é este estado que constitui a característica mais profunda da peregrinação de todo homem sobre a terra «in statu viatoris», em estado de peregrino.

É evidente que a Igreja professa a misericórdia de Deus, revelada em Cristo crucificado e ressuscitado, não somente com as palavras do seu ensino, mas sobretudo com a pulsação mais profunda da vida de todo o Povo de Deus. Mediante este testemunho de vida, a Igreja cumpre a sua missão própria como Povo de Deus, missão que participa da própria missão messiânica de Cristo, e que, em certo sentido, a continua.

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