MÁXIMAS ETERNAS
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Meditações para cada dia da semana
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Atos de preparação às meditações:
1. Alma minha, reaviva tua Fé, porquanto te achas diante de teu Deus. Adora-O profundamente.
2. Humilha-te aos pés de Deus e peça-Lhe, do fundo do coração, perdão.
3.
Procura Luz em Deus por amor de Jesus Cristo. Recomenda-te a Maria
Santíssima e aos Santos com uma Ave-Maria, Glória ao Pai, etc.
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Meditação para Quarta-feira
Sobre a Morte
Considera como esta vida há de acabar. A sentença proferida: você tem que morrer. A morte é certa, mas não se sabe em que momento virá. O que se requer para morrer? Uma parada do coração, o rompimento de uma veia no peito, uma sufocação por catarro, um bocado de algo da garganta a mordedura de um animal venenoso, uma febre, uma picada, uma chaga, uma inundação, um terremoto, um relâmpago, bastam para tirar-te a vida. A morte te assaltará quando menos pensares.
Quantos,
à noite, puseram-se a dormir e de manhã, foram encontrados mortos. E
então, isso pode ocorrer contigo também. Tantos dos que morreram de
repente não pensavam em morrer assim; mas assim morreram e, se morreram
em pecado, onde estão agora? E onde estarão por toda a eternidade? Mas ,
de qualquer maneira haverá de chegar o dia em que verás a anoitecer mas
não o amanhecer ou far-se-á dia mas a noite não verás”. Virei às
escondidas, como a um ladrão à noite” diz Nosso Senhor (Mt 24,46-44).
Isto foi, avisado pelo teu bom Senhor, pois que ama tua saúde
espiritual.
Correspondas a Deus, aproveite de seu aviso, prepara-te a bem morrer, antes que a morte chegue: “Estote parati” (Lc 12,40). É certo que tens de morrer. Acabara tua cena no palco da vida e não sabes quando. Quem sabe se em um ano, um mês, ou até mesmo amanhã. “Meu Jesus, dai-me Luz e perdoa-me”.
Considere que na hora da morte estarás estendido em teu leito, assistido por um sacerdote que te lembrará de tua alma, com teus parentes, ao lado de ti, chorando... Com um crucifixo na cabeceira e uma vela aos pés, já próximo de passares para a eternidade... Tu sentirás a cabeça doendo, a visão turva, a língua seca, as mandíbulas fechadas, o peito pesado, o sangue gelado, a carne consumida, o coração trespassado: Deixarás tudo para trás e pobre, e nú, serás jogado numa vala; aqui os vermes e os ratos roerão toda a tua carne e não restará de ti senão um bocado de pó fedorento e alguns ossos carcomidos. Abra uma fossa e veja o que restou daquele ricaço, daquele avarento, daquela mulher vã! Assim acaba a vida.
Na
hora da morte ver-te-ás rodeado de demônios que te porão face a face
com todos os teus pecados, desde quando eras criança. Pois bem, saiba
que o demônio para induzir-te a pecar, cobre e perdoa a culpa; te diz
que aquela vaidade, aquele prazer, aquele rancor, nada têm de mal; que
aquela conversa nada teve de malévolo... Mas, na hora da morte te fará
conhecer a gravidade de teu pecado é, a luz daquela eternidade para a
qual hás de passar, conhecerás o mal que fizestes para ofender um Deus
infinito... Vamos pois, remedia em tempo, agora que o podes, porquanto,
então, não haverás mais tempo.
Considera como a morte é um momento do qual a eternidade depende. Jaz o homem perto de morrer e, por conseguinte, vizinho a uma das duas eternidades; do último suspiro depende a sorte de estar a alma a salvo ou danada para sempre, momento do qual depende uma eternidade; uma eternidade de glórias ou de penas. Uma eternidade sempre feliz ou infeliz: ou de contentamentos ou de angústias e ansiedade. Uma eternidade gozando de todo o bem ou padecendo de todo o mal. Um paraíso ou um inferno, pela eternidade. Se naquele momento te salvares, não terás mais problemas, viverás contente e beato; mas se perdes a oportunidade serás infeliz e desesperado enquanto que Deus será sempre Deus.
Na
morte conhecerás o que significa paraíso, inferno, pecado, ofender a
Deus, lei de Deus desprezada, pecados sem confissão, coisas a restituir.
“Mísero de mim!” dirá o moribundo. “Daqui a poucos momentos
comparecerei perante o Senhor e sabe-se lá qual será minha sentença.
Para onde irei, para o Paraíso ou para o inferno? Gozar entre os anjos
ou arder entre os danados? Serei, eu, um filho de Deus ou um escravo do
demônio? Em poucos minutos sabê-lo-ei e, ai de mim, onde alojarei da
primeira vez, ali ficarei em eterno. Ah... Daqui a algumas horas, alguns
minutos, o que será de mim?
O
que acontecerá comigo se não ressarcir aquele dano, se não restituir
aquilo que não é meu, se não restituir a fama a quem a fez perder, se,
de coração, não perdoar ao meu inimigo, se não me confessar bem?”. Então
detestarás mil vezes aquele dia em que pecaste, aquele gosto, aquela
vingança... O arrependimento será tarde e sem frutos porquanto vindo do
temor do castigo e não do amor a Deus”. Ah Senhor, deste momento
converto-me a Vós, não quero esperar a morte; eis que, agora, eu Vos
amo, vos abraço e quero morrer abraçado a Vós.
Maria minha mãe, fazei-me morrer sob Vosso manto, ajudai-me!
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