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segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Os presídios existem para reeducar, ensina Bento XVI

Cidade do Vaticano (Sexta-feira, 23-11-2012, Gaudium Press) Os participantes da 17° Conferência dos Diretores das Administrações Penitenciárias do Conselho da Europa foram recebidos pelo Papa Bento XVI na manhã de ontem.
O encontro com os representantes do Conselho da Europa foi a ocasião encontrada pelo Santo Padre para expor seu pensamento sobre oPRESÍDIOS.JPG fim último dos presídios, não apenas na Europa, mas em todos os países.
A prisão, disse o Santo Padre, não é somente um local onde o culpado por um crime expia a sua pena, mas deveria ser a oportunidade para reeducar a pessoa, em vista de sua reintegração na sociedade.
Segundo o Papa, hoje em dia, as atenções se concentram no momento processual e no tempo da aplicação da pena, pouco se discute sobre o modo como a pena é aplicada: "É preciso empenhar-se, de maneira concreta e não somente como afirmação de princípio, por uma efetiva reeducação da pessoa, necessária quer seja em função de sua própria dignidade, quer seja em vista de uma reinserção social."
Para Bento XVI, disponibilizar recursos econômicos para que a prisão se torne um ambiente mais digno não basta, mas é preciso ampliar os horizontes. Para o Pontífice, a função reeducativa da pena não pode ser considerada como um aspecto secundário do sistema penal, pelo contrário, ese deve ser seu aspecto principal, seu momento culminante.
"Fazer justiça" não significa que a pessoa reconhecida culpada de um crime seja simplesmente punida. Além disso é necessário que, ao puni-la, seja feito todo o possível para corrigir e melhorar o homem que errou.
Se isso não acontece, afirmou ao Papa, a justiça não se realizou de maneira integral.
Em todo caso, sublinhou o Santo Padre, é preciso trabalhar para evitar que uma detenção que faliu em sua função reeducativa torne-se uma pena deseducativa. Deste modo, ao invés de combater a inclinação de delinquir, esta tendência estaria sendo acentuada.
Bento XVI ainda salientou a importância da promoção das atividades de evangelização e de assistência espiritual nos presídios. Essa ação apostólica é a única capaz de despertar no detento valores nobres e profundos, exercitando nele o entusiasmo pela vida.
"Todo homem é chamado a tutelar o próprio irmão, superando assim a indiferença homicida de Caim." (JS)

Fonte: Arautos do Evangelho

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