Cidade do Vaticano (Sexta-feira, 23-11-2012, Gaudium Press)
Os participantes da 17° Conferência dos Diretores das Administrações
Penitenciárias do Conselho da Europa foram recebidos pelo Papa Bento XVI
na manhã de ontem.
O encontro com os representantes do
Conselho da Europa foi a ocasião encontrada pelo Santo Padre para expor
seu pensamento sobre o fim último dos presídios, não apenas na Europa, mas em todos os países.
A prisão, disse o Santo Padre, não é somente um local onde o culpado por um crime expia a sua pena, mas deveria ser a oportunidade para reeducar a pessoa, em vista de sua reintegração na sociedade.
A prisão, disse o Santo Padre, não é somente um local onde o culpado por um crime expia a sua pena, mas deveria ser a oportunidade para reeducar a pessoa, em vista de sua reintegração na sociedade.
Segundo o Papa, hoje em dia, as atenções
se concentram no momento processual e no tempo da aplicação da pena,
pouco se discute sobre o modo como a pena é aplicada: "É preciso
empenhar-se, de maneira concreta e não somente como afirmação de
princípio, por uma efetiva reeducação da pessoa, necessária quer seja em
função de sua própria dignidade, quer seja em vista de uma reinserção
social."
Para Bento XVI, disponibilizar recursos
econômicos para que a prisão se torne um ambiente mais digno não basta,
mas é preciso ampliar os horizontes. Para o Pontífice, a função
reeducativa da pena não pode ser considerada como um aspecto secundário
do sistema penal, pelo contrário, ese deve ser seu aspecto principal,
seu momento culminante.
"Fazer justiça" não significa que a
pessoa reconhecida culpada de um crime seja simplesmente punida. Além
disso é necessário que, ao puni-la, seja feito todo o possível para
corrigir e melhorar o homem que errou.
Se isso não acontece, afirmou ao Papa, a justiça não se realizou de maneira integral.
Se isso não acontece, afirmou ao Papa, a justiça não se realizou de maneira integral.
Em todo caso, sublinhou o Santo Padre, é
preciso trabalhar para evitar que uma detenção que faliu em sua função
reeducativa torne-se uma pena deseducativa. Deste modo, ao invés de
combater a inclinação de delinquir, esta tendência estaria sendo
acentuada.
Bento XVI ainda salientou a importância
da promoção das atividades de evangelização e de assistência espiritual
nos presídios. Essa ação apostólica é a única capaz de despertar no
detento valores nobres e profundos, exercitando nele o entusiasmo pela
vida.
"Todo homem é chamado a tutelar o próprio irmão, superando assim a indiferença homicida de Caim." (JS)
Fonte: Arautos do Evangelho
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