A Mãe Aristocrática: o espírito de caridade no Lar
A
mãe também representa a caridade dentro do lar: primeiro por ser aquela
que olha pela necessidade dos seus e procura aliviá-las. Se um filho
está doente, ela é toda atenção e sacrifícios para o retorno de sua boa
saúde; se uma filha vai mau na escola, gasta seu precioso tempo revendo
as lições com a pequenina, de modo que ela fixe bem o assunto; se o
marido está estressado por causa dos trabalhos, ela é toda doçura e
amenidade, para que o seu amado não se sobrecarregue ainda com os
pequenos problemas do lar, dos quais a própria mãe muitas vezes pode se
encarregar. Ela também representa a caridade porque habitualmente é quem
inculca nos filhos o espírito de economia, de amor aos necessitados,
ensinando-lhes o valor das coisas e como é importante rezar pelos que
mais precisam de bens espirituais e materiais.
Uma outra caridade feita pela mãe, muitas vezes sem
que ninguém da casa o perceba, é a administração do tempo e atenção do
esposo. As vezes acontece de o marido chegar do trabalho e dedicar muita
atenção a um dos filhos e passar toda a noite sem dar afeto suficiente
ao outros… a mãe, neste momento, arranja um modo pelo qual o pai note a
presença dos demais e se entretenha com a presença deles: seja contando
algo que aconteceu com o filho mais velho na escola, seja cantando
despretensiosamente com a filha mais nova alguma cantiga de que o pai
tenha um gosto especial… enfim, usando sua criatividade materna em favor
dos seus pequenos.
No livro do Cardeal Herrera Oria, há uma ilustração da caridade materna na pessoa da Virgem Santissima. Eis o trecho:
“C. No Evangelho aparece muito claro o contraste entre a falta de misericórdia, de caridade, de espírito aristocrático dos apóstolos na cena que comentamos (o Evangelho da multiplicação dos pães – Jo. 6,1-15) e a inefável missão aristocrática que desempenhou Maria Santíssima nas Bodas de Caná.
“a) Atenta às necessidades dos demais, Maria aproxima-se de quem pode remediá-las para as expor.“b) E depois se aproxima do povo, representado pelos criados, para mostrar-lhes que devem ser obedientes”.
É pedir demais que as mães tenham uma presença aristocrática no Lar?
Lendo este pequeno texto, a leitora pode pensar que
talvez o texto tenha dado informações demais, e que seria impossível
para uma mãe dar conta de tantas “funções” ao mesmo tempo. De fato, se
para cada uma destas coisas a esposa/mãe precisasse de um longo tempo de
preparação ou já tivesse que fazê-las impecavelmente, sem cometer
nenhum deslize. Mas, no fundo estas são coisas que toda mãe de família
dedicada naturalmente aplica no seu lar. Com um pouco de boa vontade e
desejo de fazer do lar um ambiente ameno e em que se respira a paz de
Nosso Senhor, a mãe de família vai se dando conta destas necessidades e
começa a criar, ao seu modo, estratégias eficazes para que reine em sua
casa o espírito da verdadeira família católica.
Fonte: Blog As Chamas do lar católico
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