Cidade do Vaticano (Terça-feira, 14-05-2013, Gaudium Pess)
- A missa que o Papa Francisco celebrou hoje na Capela da Casa Santa
Marta foi concelebrada por Dom Ricardo Antonio Tobón Restrepo, Arcebispo
de Medellín. Participaram da celebração desta terça-feira, alunos do
Pontifício Colégio Português e também funcionários dos Museus do
Vaticano.
Foto: Gustavo Kralj - Gaudium Press |
O tema principal da homilia do Santo Padre foi o egoísmo.
E o Papa usou palavras fortes para
condenar este vício. Comparou o egoísmo com a atitude de Judas que foi
levado ao isolamento da própria consciência e, por fim, à traição:
"Pensemos naquele momento Madalena,
quando lava os pés de Jesus com o nardo, tão caro: é um momento
religioso, um momento de gratidão, um momento de amor. E ele (Judas) se
afasta e critica amargamente: ‘Mas ... isso poderia ser usado para os
pobres!'. Esta é a primeira referência que eu encontrei no Evangelho da
pobreza como ideologia. O ideólogo não sabe o que é o amor, porque não
sabe doar-se".
Segundo ensinou o Pontífice, o egoísta
não ama e, por isso, não "dá a vida como dom". Pelo contrário, ele
"cuida da sua vida, cresce neste egoísmo e se torna um traidor, mas
sempre só".
Quem "dá a vida por amor, jamais está
só: está sempre em comunidade, em família", afirmou o Papa Francisco.
Pelo contrário, disse o Santo Padre, quem "isola a sua consciência no
egoísmo", no final "a perde". E foi exatamente isso que aconteceu com
Judas Iscariotes.
Judas "era um idolatra, afeiçoado ao
dinheiro", uma idolatria que "o levou a isolar-se da comunidade":
"Quando um cristão começa a isolar-se, também isola a sua consciência do
sentido comunitário, do sentido da Igreja, daquele amor que Jesus nos
dá. Ao invés, o cristão que doa a sua vida, que a perde, como Jesus diz,
a encontra, reencontra-a plenamente. João nos diz que "Satanás entrou
no coração de Judas'. E Satanás sempre nos engana: sempre!", afirmou o
Santo Padre.
Concluindo sua homilia, o Papa Francisco lembrou Pentecostes e rezou:
"Nesses dias em que aguardamos a festa
do Espírito Santo, peçamos: Vem, Espírito Santo, vem e dê-me este
coração grande, este coração que seja capaz de amar com humildade. E que
nos liberte sempre do outro caminho, do caminho do egoísmo, que não tem
bom fim. Peçamos esta graça". (JSG)
Com informações Radio Vaticana.
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