Há dois pontos capitais na vida dos povos: as leis acerca
do matrimônio e as leis acerca do ensino; e aí têm de estar firmes os
filhos de Deus, lutando bem e com nobreza, por amor a todas as
criaturas.
.
A
paternidade e a maternidade não terminam com o nascimento; essa
participação no poder de Deus, que é a faculdade de gerar, há de
prolongar-se na cooperação com o Espírito Santo, para que culmine com a
formação de autênticos homens cristãos e autênticas mulheres cristãs.
.
Os pais são os principais educadores dos seus filhos, tanto no aspecto
humano como no sobrenatural, e hão de sentir a responsabilidade dessa
missão, que exige deles compreensão, prudência, saber ensinar e,
sobretudo, saber amar; e devem preocupar-se por dar bom exemplo.
.
A imposição autoritária e violenta não é caminho acertado para a
educação. O ideal para os pais é chegarem a ser amigos dos filhos;
amigos a quem se confiam as inquietações, a quem se consulta sobre os
problemas, de quem se espera uma ajuda eficaz e amável.
.
É necessário que os pais arranjem tempo para estar com os filhos e falar
com eles. Os filhos são o que há de mais importante; mais importante do
que os negócios, do que o trabalho, do que o descanso. Nessas
conversas, convém escutá-los com atenção, esforçar-se por
compreendê-los, saber reconhecer a parte de verdade – ou a verdade
inteira – que possa haver em algumas das suas rebeldias.
.
E, ao mesmo tempo, apoiar as suas aspirações, ensiná-los a ponderar as
coisas e a raciocinar; não lhes impor uma conduta, mas mostrar-lhes os
motivos, sobrenaturais e humanos, que a aconselham. Numa palavra,
respeitar a sua liberdade, já que não há verdadeira educação sem
responsabilidade pessoal, nem responsabilidade sem liberdade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário