Igreja

Rádio GOTHMLP

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Comissão médica do Vaticano aprova milagre pela intercessão de Nhá Chica

Professora Ana Lúcia Meirelles Leite

Na quinta-feira passada, a comissão médica da Congregação das Causas dos Santos aprovou por unanimidade o milagre ocorrido por intercessão da Venerável Serva de Deus Nhá Chica em favor da senhora Ana Lúcia Meirelles Leite.

A grande graça atribuída a Nhá Chica refere-se à professora Ana Lúcia Meirelles Leite, de Caxambu (MG). Ana Lúcia foi curada de um problema congênito muito grave no coração, sem precisar passar por cirurgia, apenas pelas orações de Nhá Chica. O fato realizou-se em 1995.

Em entrevista concedida ao site oficial do Santuário e da ABNC (Associação Beneficente Nhá Chica), Ana Lúcia conta sua história:

“Eu sentia cansaço, não subias escadas, tudo era muito cansativo. NA adolescência tive umas ausências, uma espécie de desmaio, mas eu nunca pensei que pudesse ser alguma coisa relacionada ao coração.

“Os médicos me mandaram para Varginha, para Belo Horizonte e finalmente São Paulo. Foram dezenas de exames apontando um problema cardíaco. Os especialistas, alguns dos melhores do país, chegaram a conclusão que o meu caso era cirúrgico. Só mesmo uma cirurgia poderia resolver o problema”.

“Eu estava com uma passagem de sangue no coração que causava uma hipertensão pulmonar também alta. Eu tinha que fazer uma sutura no coração, tampar o buraco que existia e que deixava o sangue sair. Em São Paulo, a equipe do Dr. Sérgio Almeida, um dos mais renomados cardiologistas do Brasil, do Hospital Beneficência Portuguesa detectou uma comunicação nas aurículas. Era um buraco bem grande no coração. O médico recomendou uma cirurgia urgente”, afirmou.

Entretanto Ana Lúcia não podia ser operada devido a uma febre e outras complicações que começou a apresentar. Depois de rezar

Venerável Nhá Chica

intensamente a Nhá Chica a mulher começou a sentir-se melhor. Ana Lúcia relata o que o médico lhe disse após este período:

“A senhora insiste em dizer que não está operada?” Eu respondi: “Dr. Fernando, eu ia operar, não fui e só voltei hoje, seis meses depois para fazer este exame”. Ai ele respondeu: – “O que a senhora tinha que fazer numa cirurgia já está feito! E muito bem feito. Eu cheguei a injetar um liquido pra passar pelo buraco onde a senhora tinha a passagem de sangue. O liquido voltou. Não existe mais a passagem. E o mais estranho é que a hipertensão pulmonar da senhora que era muito alta, não tem mais, está normal. E isto não aconteceria se não tivesse fechado aquela passagem”.

Desta forma, a Venerável Serva de Deus dá mais um passo em direção à beatificação. Em janeiro deste ano, foram reconhecidas suas virtudes heróicas e Nhá Chica foi proclamada venerável.

Segundo informou a Rádio Vaticano resta agora, passar pela comissão de cardeais e bispos que devem confirmar a opinião dos médicos e depois o Papa assinar o decreto de beatificação e marcar a data.

Fonte: ACI Digital

Quem foi Nhá Chica?

Em 1818, quando a pequena Francisca tinha apenas 10 anos de idade, a mãe passou desta vida para a outra, deixando aos cuidados de Deus e da Virgem Maria seus dois filhos: Nhá Chica e Teotônio com 12. Órfãos de mãe, sozinhos no mundo, eles cresceram sob os cuidados e a proteção de Nossa Senhora, que pouco a pouco foi conquistando o coração de Nhá Chica. Esta, a chamava carinhosamente de “Minha Sinhá” que quer dizer: “Minha Senhora”, e nada fazia sem primeiro consultá-la.

Nhá Chica soube administrar muito bem e fazer prosperar a herança espiritual que recebera da mãe. Nunca se casou. Rejeitou com liberdade a todas as propostas de casamento que lhes apareceram. Foi toda do Senhor. Se dava bem com os pobres, ricos e com os mais necessitados.

Casa onde Nhá Chica viveu em Baependi-MG

Atendia a todos os que a procuravam sem discriminar ninguém e para todos tinha uma palavra de conforto, um conselho ou uma promessa de oração. Ainda muito jovem, era procurada para dar conselhos, fazer orações e dar sugestões para pessoas que lidavam com negócio. Muitos não tomavam decisões sem primeiro consultá-la, e para tantas pessoas ela era considerada uma “santa”, ao que ela respondia com tranquilidade: “… É porque eu rezo com fé”.

Sua fama de santidade foi se espalhando de tal modo que pessoas de muito longe começaram a frequentar a cidade onde ela nasceu e viveu, Baependi, Estado de Minas Gerais para conhecê-la, conversar com ela, falar-lhe de suas dores e necessidades e, sobretudo para pedir-lhe orações.

A todos atendia com a mesma paciência e dedicação, mas nas sextas feiras, não atendia a ninguém. Era o dia em que lavava as próprias roupas e se dedicava mais à oração e à penitência. Isso porque sexta-feira é o dia que se recorda a Paixão e a Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo para a salvação de todos nós. Às Três horas da tarde, intensificava suas orações e mantinha uma particular veneração à Virgem da Conceição, com a qual tratava familiarmente como a uma amiga.

Nhá Chica era analfabeta e desejava somente ler as Escrituras Sagradas, mas alguém as lia para ela, e a fazia feliz. Compôs uma Novena à Nossa Senhora da Conceição e em Sua honra, construiu ao lado de sua casa uma Igrejinha, onde venerava uma pequena Imagem de Nossa Senhora da Conceição que era de sua mãe e,diante da qual, rezava piedosamente para todos aqueles que a ela se recomendavam. Essa Imagem ainda hoje se encontra na sala da casinha onde ela viveu, sobre o Altar da antiga Capela.

Altar na casa de Nhá Chica

A Venerável morreu no dia 14 de junho de 1895 com 87 anos de idade, mas foi sepultada somente no dia 18, no interior da Capela por ela construída. As pessoas que ali estiveram sentiram exalar de seu corpo um misterioso perfume de rosas durante os quatro dias de seu velório.

Tal perfume foi novamente sentido no dia 18 de junho de 1998, 103 anos depois, por Autoridades Eclesiásticas e por membros do Tribunal Eclesiástico pela Causa de Beatificação de Nhá Chica e, também, pelos Pedreiros, por ocasião da exumação do seu corpo.

Os restos Mortais da Venerável se encontram hoje no mesmo lugar, no interior do Santuário Nossa Senhora da Conceição em Baependi, protegidos por uma Urna de acrílico colocada no interior de uma outra de granito, onde são venerados pelos fiéis.

Fonte: www.nhachica.org.br

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