Igreja

Rádio GOTHMLP

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

“Ó clemente! Ó piedosa! Ó doce Virgem Maria!”

Quantas vezes dos lábios piedosos de uma pessoa, se levanta ao Céu a oração da Salve Rainha! Contudo a sua origem  não é muito conhecida.
 Será que todos sabem que foi composta especificamente como um cântico para os Cruzados?
Pois bem, eis a origem dela:
Ela é atribuída ao Bispo de Puy, Dom Adhemar de Monteuil, membro do Concílio de Clermont, onde foi decidida a primeira Cruzada. Dom Adhemar seguiu para a Cruzada na qualidade de Legado Apostólico e compôs a Salve Rainha, ou Salve Regina, em Latim, para que se tornasse o canto dos Cruzados.
A princípio, a antífona acabava por estas palavras: “nobis post hoc exilium ostende”. A tríplice invocação que a termina presentemente foi acrescentada por São Bernardo de Claraval, e merece ser narrado como se fez.
Na véspera do Natal do ano de 1146, São Bernardo, mandado para a Alemanha como Legado do Papa, fazia sua entrada solene na cidade de Spire, depois de uma viagem memorável na qual os milagres foram numerosos.
O Bispo, o Clero, os cidadãos todos, com grande pompa vieram ao encontro do Santo e conduziram-no, ao toque dos sinos e dos cânticos sagrados, através da cidade até a porta da capital, onde o Imperador e os príncipes germânicos o receberam com todas as honras devidas ao Legado do Papa.
Enquanto o cortejo penetrava no recinto sagrado, o coro cantou a Salve Rainha, antífona predileta do piedoso Abade de Claraval.
Bernardo, conduzido pelo Imperador em pessoa e rodeado da multidão do povo, ficou profundamente comovido com o espetáculo que presenciara.
Acabado o canto, prostrando-se três vezes, Bernardo acrescentou de cada vez uma das aclamações, enquanto caminhava para o altar sobre o qual brilhava a imagem de Maria: O clemens! O Pia! O dulcis Virgo Maria! — Ó clemente! Ó piedosa! Ó doce Virgem Maria!
Canto da Salve Regina- Audio (Coro dos Arautos do Evagelho)
Fonte: Santo Afonso de Ligório. Maria ensinada à mocidade. Rio de Janeiro: Livraria Francisco Alves, 1915.

Nenhum comentário:

Postar um comentário