Após
as festividades de carnaval, os Arautos do Evangelho, na quarta-feira,
recordaram no ato de imposição das cinzas, de onde saímos e para onde
iremos, pois quando o sacerdote pronuncia a frase: “Lembra-te que és pó e
para o pó retornarás”, nos deixa bem claro com que estado de espírito
devemos passar o tempo quaresmal.
Nos primeiros séculos, apenas cumpriam
este rito de imposição das cinzas os grupos de penitentes ou pecadores
que queriam receber a reconciliação com Deus no final da quaresma, na
Quinta-feira Santa, às portas da Páscoa. Vestiam um hábito penitencial e
espalhavam as cinzas na sua própria cabeça, e desta forma
apresentavam-se diante da comunidade, expressando a sua vontade de
conversão.
A partir do século XI, quando desaparece o grupo de penitentes como instituição,
o Papa Urbano II estendeu este rito a todos os cristãos no início da
quaresma. As cinzas, símbolo da morte e do nada que é a criatura em
relação a seu Criador, obtêm-se por meio da queima dos ramos de
palmeiras e de oliveiras abençoados no ano anterior, na celebração do
Domingo de Ramos. Nesta ocasião Nosso Senhor é aclamado como rei em
Jerusalém e uma semana depois foi crucificado e morto no alto do
Calvário.
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