Santo do dia: Santas Marana e Cira, virgens; Beato Daniel Brottier, presbítero
Cor litúrgica: verde
Evangelho de hoje: São Marcos 10, 1-12
Primeira leitura: São Tiago 5, 9-12
Leitura da carta de São Tiago:
9Irmãos, não vos queixeis uns dos outros, para que não sejais julgados. Eis que o juiz está às portas. 10Irmãos, tomai por modelo de sofrimento e firmeza os profetas, que falaram em nome do Senhor. 11Reparai
que consideramos como bem-aventurados os que perseveraram. Ouvistes
falar da perseverança de Jó e conheceis o êxito que o Senhor lhe deu -
pois o Senhor é rico em misericórdia e compassivo. 12Sobretudo,
meus irmãos, não jureis, nem pelo céu, nem pela terra, nem por qualquer
outra forma de juramento. Antes, que o vosso sim seja sim e o vosso
não, não. Então não estareis sujeitos a julgamento.
- Palavra do Senhor
- Graças a Deus
Salmo 102 (103)
-
Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e todo o meu ser, seu santo nome!
Bendize, ó minha alma, ao Senhor, não te esqueças de nenhum de seus
favores!
R: O Senhor é indulgente, é favorável.
-
Pois ele te perdoa toda culpa e cura toda a tua enfermidade; da
sepultura ele salva a tua vida e te cerca de carinho e compaixão.
R: O Senhor é indulgente, é favorável.
O
Senhor é indulgen te, é favorável. é paciente, é bondoso e compassivo.
Não fic asempre repetindo as suas queixas nem guarda eternamente o seu
rancor.
R: O Senhor é indulgente, é favorável.
Quanto
os céus por sobre a terra se elevam, tanto é grande o seu amor aos que o
temem; quando dista o nascemte do poente, tanto afasta para longe
nossos crimes.
R: O Senhor é indulgente, é favorável.
Evangelho de Jesus Cristo segundo São Marcos 10, 1-12
- Aleluia, Aleluia, Aleluia!
- Vossa palavra é a verdade; santificai-nos na verdade! (Jo 17, 17)
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Marcos:
Naquele tempo, 1Jesus
foi para o território da Judeia, do outro lado do rio Jordão. As
multidões se reuniram de novo em torno de Jesus. E ele, como de costume,
as ensinava. 2Alguns fariseus se aproximaram de Jesus. Para pô-lo à prova, perguntaram se era permitido ao homem divorciar-se de sua mulher. 3Jesus perguntou: “O que Moisés vos ordenou?” 4Os fariseus responderam: “Moisés permitiu escrever uma certidão de divórcio e despedi-la”. 5Jesus então disse: “Foi por causa da dureza do vosso coração que Moisés vos escreveu este mandamento. 6No entanto, desde o começo da criação, Deus os fez homem e mulher. 7Por isso, o homem deixará seu pai e sua mãe e os dois serão uma só carne. 8Assim, já não são dois, mas uma só carne. 9Portanto, o que Deus uniu, o homem não separe!”10Em casa, os discípulos fizeram, novamente, perguntas sobre o mesmo assunto. 11Jesus respondeu: “Quem se divorciar de sua mulher e casar com outra, cometerá adultério contra a primeira. 12E se a mulher se divorciar de seu marido e casar com outro, cometerá adultério”.
- Palavra da salvação
- Glória a Vós, Senhor.
Comentário do dia Beato João Paulo II (1920-2005), Papa
Audiência geral de 02/04/1980 (trad. Copyright © Libreria Editrice Vaticana)
«Desde o principio da criação, Deus fê-los homem e mulher»
Pelo facto de o Verbo de Deus Se ter feito carne, o corpo entrou, eu
diria, pela porta principal na teologia. […] A encarnação – e a redenção
que dela provém – tornou-se também a fonte definitiva da
sacramentalidade do matrimónio. […] Muitos homens e muitos cristãos
procuram no matrimónio o cumprimento da sua vocação. Muitos querem
encontrar nele o caminho da salvação e da santidade.
Para eles é
particularmente importante a resposta dada por Cristo aos fariseus,
zeladores do Antigo Testamento. […] Com efeito, como é indispensável, no
caminho desta vocação, a profunda consciência do significado do corpo,
na sua masculinidade e feminilidade! Como é necessária uma consciência
precisa do significado esponsal do corpo, do seu significado gerador –
dado que tudo isto, que forma o conteúdo da vida dos esposos, deve
encontrar constantemente a sua dimensão plena e pessoal na convivência,
no comportamento e nos sentimentos! E isto ainda mais no contexto de uma
civilização que permanece sobre a pressão de um modo de pensar e de
julgar materialista e utilitário. […]
Como é significativo que
Cristo, na resposta a todas estas perguntas, ordene ao homem que
retorne, de certo modo, ao início da sua história teológica! Ele
ordena-lhe que se coloque no limite entre a inocência-felicidade
original e a herança da primeira queda. Porventura não quererá
dizer-lhe, deste modo, que o caminho por onde conduz o homem, varão e
mulher, no Sacramento do Matrimónio, isto é, o caminho da «redenção do
corpo», deve consistir em recuperar esta dignidade em que se realiza,
simultaneamente, o verdadeiro significado do corpo humano, o seu
significado pessoal e «de comunhão»?