São Paulo (Quarta-feira, 19-02-2014, Gaudium Press)
Com a canonização do Beato Padre José de Anchieta está bem próxima, o
Arcebispo de São Paulo, Cardeal Dom Odilo Pedro Scherer, escreveu um
novo artigo ressaltando este fato importante para a história da Igreja
no Brasil.
De acordo com Dom Odilo, "além do
renovado interesse demonstrado pela Conferência Episcopal do Brasil e
por várias dioceses, mais relacionadas com a vida e a obra missionária
do Padre Anchieta, agora o próprio Papa Francisco está pessoalmente
interessado nesta causa".
"Em breve, poderemos ter a alegria de
ver, finalmente, proclamado ‘santo' aquele que, já no seu funeral, no
final do século 16, foi aclamado por índios e portugueses como ‘apóstolo
do Brasil'", afirmou.
Mas por quais motivos o Padre Anchieta
deveria ser proclamado Santo pela Igreja? Para responder a essa
pergunta, o Cardeal recordou que os Santos são as pessoas que vivem a
comunhão e a sintonia com Deus e recebem do Espírito Santo a graça da
santidade.
A santidade, segundo ele, não é apenas
fruto do esforço humano, pois o Santo "é uma pessoa de Deus e testemunha
da Sua santidade; testemunha também de Jesus Cristo e do seu
Evangelho".
"Na Igreja, são os cristãos que
correspondem de maneira profunda com a graça santificadora recebida de
Deus no Batismo, através da Fé, são Santos; são aqueles que vivem a
‘vida nova', segundo o Evangelho de Cristo, seguindo sua palavra e seu
exemplo", explicou.
Para Dom Odilo, o Padre Anchieta pode
ser considerado "Santo" pelo fato de ter sido "um missionário generoso e
extraordinário, dedicando sua vida ao serviço dos irmãos indígenas,
para lhes levar a alegria e as riquezas do Evangelho de Cristo", tendo
uma vida inteira dedicada à missão através de uma profunda comunhão com
Deus e com a Igreja.
"Foi catequista e formador de cristãos,
discípulos de Cristo. Sofreu por Cristo e pelo Evangelho..." Considerado
também um dos iniciadores da vida da Igreja no Brasil, prosseguiu, "tem
todo sentido dar-lhe o título de ‘apóstolo do Brasil'", pois ele
continua sendo um exemplo e estímulo para a vida da Igreja.
"Anchieta viveu a caridade e outras
virtudes de maneira extraordinária. Dedicava imenso amor aos doentes,
respeito profundo aos indígenas e sua cultura, desejando ajudá-los a
crescer nas suas condições humanas e espirituais", ressaltou.
Concluindo seu artigo, Dom Odilo disse
que, para que o Beato venha a tornar-se Santo, o essencial mesmo é que
tenha tido uma vida santa, sendo uma pessoa de Deus, uma testemunha fiel
e vigorosa de Cristo e do Evangelho. (LMI)
Da redação, com informações Arquidiocese de São Paulo
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