“A Igreja é uma obra-prima de Deus:
Ele a adornou com maravilhas até nos detalhes. Quando, por assim dizer, a
nossa mão tocar em algo da Igreja, osculemos aquilo, pois certamente é
mais uma maravilha”. Assim, numa conversa, se expressava o Mons. João
Clá, fundador e Superior dos Arautos do Evangelho (1).
Por esta razão demos a essa sequência de posts o título de “Enormes minúcias”.
Mais uma vez procuramos um detalhe da Liturgia da Missa.
No Ofertório, no momento em que o
sacerdote prepara a hóstia e o vinho a serem consagrados, há um pormenor
do qual muitas pessoas não conhecem o significado: após colocar o vinho
no cálice, o sacerdote acrescenta algumas gotas de água.
A razão pela qual essa água é acrescentada tem uma profunda e consoladora razão. Vejamos qual.
A água, de si, não é passível de ser
transubstanciada no Sangue de Cristo, ao qual estão indissociavelmente
unidos o Corpo, a Alma e a Divindade. Mas as gotas d’água acrescentadas
ao vinho passam a fazer parte do mesmo.
Desse modo a água que passou a fazer parte do vinho é transubstanciada no Sangue de Cristo.
Além de outras razões, há uma especialmente formativa para nós.
Na Missa, o que vai ser oferecido ao
Pai é sacrifício infinito de Jesus. A hóstia e o vinho consagrados, são o
próprio Jesus que se apresenta como vítima para redimir o gênero
humano.
A gota d’água acrescentada, representa
a parte de sacrifícios que Deus pede de nós. De si, os nossos
sacrifícios são muito pouco, por maiores que sejam, mas unidos ao
sacrifício de Cristo, tomam o valor infinito desse sacrifício.
Assim, ao passarmos por algum sacrifício, lembremos de uni-lo ao sacrifício infinito de Jesus.
E, na Missa, ao vermos o sacerdote
acrescentar a gota d’água lembremos do que representa. Desse modo, a
Missa vai ganhando significado para nós e veremos como debaixo de
pequenos detalhes escondem-se imensas maravilhas, “enormes minúcias”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário