Igreja

Rádio GOTHMLP

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

AMIGOS DA PALAVRA

O que ama o seu irmão permanece na luz. (1 Jo 2, 3-11)

Quem odeia o seu irmão está nas trevas. O ódio é um sentimento diabólico que destrói a alma e traz doenças ao corpo. Quem ama e perdoa se torna mais feliz. Quem é inteligente perdoa e recomeça rápido. Agindo assim você vai evitar, muitos males no corpo e na alma e vai irradiar Deus onde quer que você vá. Amar e recomeçar vale a pena.

Artigo: A Virgem Maria foi destinada para dar ao Senhor uma digna morada

O capítulo nono dos Provérbios é aberto com este versículo: "A sabedoria edificou para sí uma casa". Qual é esta sabedoria e que morada construiu ela para seu uso? São Bernardo nos responde: "Esta sabedoria que era de Deus e que era Deus, vinda a nós do seio do Pai, construiu para si uma casa, e esta casa foi a Virgem Maria, sua Mãe." [1].
Casa Decorada pelo Divino Arquiteto
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Corroborado pelas opiniões do santo Abade de Claraval e de outros eminentes varões da Igreja, escreve o Padre Paulo Ségneri, afamado jesuíta e pregador na Corte Pontifícia, no século XVII:
"Segundo os santos doutores, a casa que a Sabedoria para si edificou é a Virgem Santa que o Verbo escolheu desde toda a eternidade por Mãe. Agora, um rei poderoso e rico que deseje construir para si uma mansão, deseja, ao mesmo tempo, que nada se economize para a retidão, ornamento e magnificência do edifício.
A Sabedoria Eterna faria menos pela sua morada?
"Não. O Verbo, tendo resolvido tomar um corpo humano no seio de uma Virgem, e de nele permanecer nove meses, não descuidou nada para adornar este templo de sua divindade, para enriquecê-lo de todos seus dons, em uma palavra, para torná-lo digno de si. Deste modo a Escritura fala do Verbo sob o nome de Sabedoria, 'Sapientia ædificavit sibi domum', a fim de assinalar nos que é a a sabedoria que Ele emprega, para escolher e formar uma criatura da qual jamais se envergonhará o Filho.
"O Verbo, pois, como hábil arquiteto que nada deixa irregular, nada defeituoso, na obra prima de sua arte, e que lhe dá, ao contrário, toda a perfeição que é capaz, o Verbo, disse, longe de suportar em sua Mãe qualquer desordem, qualquer defeito, terá prazer em aperfeiçoá-la, como em una obra à qual preside sua sabedoria infinita.
"Que prova não é necessária, depois disso, das grandes prerrogativas da Santíssima Virgem? Pode alguém negar-lhe alguma, quando se faz a reflexão de que ela é a casa que a Sabedoria edificou para si: Sapientia ædificavit sibi domum?" [2].
Na mesma linha seguem os comentários do Padre Jourdain:
"Não a um homem, senão ao próprio Deus era mister preparar uma residencia, a qual em tudo fosse digna do hóspede divino que a ocuparia, não por um dia, de passagem, senão que para nela habitar e dela tomar os elementos de uma nova vida . (...)
"Tal mansão está necessariamente ao abrigo de qualquer mácula. Ou seja, Maria, Mãe do Deus feito homem, criada e preparada por ele para encarnar-se seu seio, foi necessariamente livre de qualquer falta, seja atual, seja original. [...] Isto não basta, agrega ainda Santo Agostinho; conviria que Ela fosse adornada e enriquecida de todas as virtudes: «O Filho de Deus não construiu jamais uma casa mais digna de Si que Maria. Esta habitação nunca foi assaltada por ladrões, jamais atacada pelos inimigos, nunca despojada de seus ornamentos». (...)
A mais ilustre habitação de Deus
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"São Pedro Damião e São Jeronimo, assim entendem o capítulo III de Isaías: a Santíssima Virgem é verdadeiramente a casa de Deua, ou melhor, o palácio ou a corte real onde o Filho do Rei Eterno, revestido de nossa carne, fez sua entrada neste mundo. «O palácio sagrado do Rei, única habitação d'Aquele que nenhum lugar pode conter», como disse Santo André de Creta. (...)
"A Santíssima Virgem Maria é, por tanto, a casa de Deus. Se, como disse o Apóstolo, «os que vivem castamente são o templo de Deus», a Virgem, a castíssima Mãe de Deus poderia não sê-lo? Sim, Ela o é, e jamais possuiu Deus morada mais digna de Si. Por isto diz São Gregório: «Salve, templo vivo da Divindade! Salve, casa equivalente ao Céu e à Terra! ¡Salve, templo digno de Deus!»" [3]
Habitação adornada com as mais belas prendas
E Santo Afonso de Ligório, citando o Doutor Angélico, comenta:
"Devem ser santas e limpas todas as coisas destinadas a Deus. Por isso David, ao traçar o plano do templo de Jerusalém com a magnificência digna do Senhor, exclamou: Não se prepara a morada para algum homem, sinão que para Deus (IPar. XXIX, 1). Agora o soberano Criador havia destinado Maria para Mãe de seu próprio Filho. Não devia, então, adornar-lhe a alma com todas as mais belas prendas, tornando-a digna habitação de um Deus?
"Afirma o Beato Dionísio Cartuxo: O divino artífice do universo queria preparar para seu Filho uma digna habitação, e por isso ornou Maria com as mais encantadoras graças. Dessa verdade nos assegura a própria Igreja. Na oração depois da Salve Rainha, certifica que Deus preparou o corpo e a alma da Santíssima Virgem, para ser na Terra digna habitação de seu Unigênito" [4].
A morada do Rei Crucificado
Finalmente, outro aspecto - talvez mais sublime que os demais-- de Maria Santíssima como casa de Deus, nos é apresentado por Santo Ambrósio, o pai da Mariologia ocidental. Comentando o Evangelho de São Lucas (XXIII, 33-49), designa ele a Nossa Senhora, junto à Cruz, como sendo "a morada do Rey" [5].
A isto observa, por sua vez, o beneditino Dom Manuel Bonaño: "A Virgem é a corte, o palácio, a morada por excelência do grande Rei. Aos pés da Cruz, quando Nosso Senhor é abandonado por todos, Ela continua sendo sua morada, como o foi na Encarnação" [6].
Maria, templo onde Jesus quer ser invocado
Oh Jesus que vives em Maria, venha e viva em vossos servos, no espirito de vossa santidade, diz a conhecida Oração a Jesus em Maria. Comentando esta passagem, assim se expressa o Professor Plinio Corrêa de Oliveira:
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"Jesus viveu em Maria, e, de Maria, Jesus se comunicou aos homens. Nossa Senhora é o sacrário onde está Nosso Senhor Jesus Cristo, e o santuário de dentro do qual todas as graças se difundem para o gênero humano.
"Por isso, devemos rezar a Jesus como vivendo em Maria, porque Ele quer ser invocado dentro de seu templo, que é a Santíssima Virgem. Pedir o que a Ele? Que Ele venha e viva em nós, como vivia n'Ela.
"Viver em nós, quer dizer, é ter o espírito da santidade de Jesus Cristo, que é o espírito da Santa Igreja Católica Apostólica Romana. E é, portanto, o espírito «ultramontano», a expressão mais característica do espírito da Santa Igreja.
"Isto é o que devemos pedir a Jesus, por meio de Nossa Senhora, como vivendo n'Ela." [7]
Por Mons. João Scognamiglio Clá Dias

EVANGELHO DO DIA

SANTO DO DIA: Santo Tomás Becket, Bispo e mártir; São Davi, rei e profeta
Primeira Leitura: Primeira carta de São João 2,3-11
Leitura da Primeira Carta de São João:

Caríssimos: 3Para saber que o conhecemos, vejamos se guardamos os seus mandamentos. 4Quem diz: 'Eu conheço a Deus', mas não guarda os seus mandamentos, é mentiroso, e a verdade não está nele. 5Naquele, porém, que guarda a sua palavra, o amor de Deus é plenamente realizado. O critério para saber se estamos com Jesus é este: 6quem diz que permanece nele, deve também proceder como ele procedeu. 7Caríssimos, não vos comunico um mandamento novo, mas um mandamento antigo, que recebestes desde o início; este mandamento antigo é a palavra que ouvistes. 8No entanto, o que vos escrevo é um mandamento novo - que é verdadeiro nele e em vós -, pois que as trevas passam e já brilha a luz verdadeira. 9Aquele que diz estar na luz, mas odeia o seu irmão, ainda está nas trevas. 10O que ama o seu irmão permanece na luz e não corre perigo de tropeçar. 11Mas o que odeia o seu irmão está nas trevas, caminha nas trevas, e não sabe aonde vai, porque as trevas ofuscaram os seus olhos.
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus

Salmo 95
Cantai ao Senhor Deus um canto novo, cantai ao Senhor Deus, ó terra inteira! Cantai e bendizei seu santo nome!
R: O céu se rejubile e exulte a terra!
Dia após dia anunciai sua salvação, manifestai a sua glória entre as nações, e entre os povos do universo seus prodígios!
R: O céu se rejubile e exulte a terra!
Foi o Senhor e nosso Deus quem fez os céus: diante dele vão a glória e a majestade, e o seu templo, que beleza e esplendor!
R: O céu se rejubile e exulte a terra!

Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 2,22-35
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas:
22Quando se completaram os dias para a purificação da mãe e do filho, conforme a Lei de Moisés, Maria e José levaram Jesus a Jerusalém, a fim de apresentá-lo ao Senhor. 23Conforme está escrito na Lei do Senhor: 'Todo primogênito do sexo masculino deve ser consagrado ao Senhor.' 24Foram também oferecer o sacrifício - um par de rolas ou dois pombinhos - como está ordenado na Lei do Senhor. 25Em Jerusalém, havia um homem chamado Simeão, o qual era justo e piedoso, e esperava a consolação do povo de Israel. O Espírito Santo estava com ele 26e lhe havia anunciado que não morreria antes de ver o Messias que vem do Senhor. 27Movido pelo Espírito, Simeão veio ao Templo. Quando os pais trouxeram o menino Jesus para cumprir o que a Lei ordenava, 28Simeão tomou o menino nos braços e bendisse a Deus: 29'Agora, Senhor, conforme a tua promessa, podes deixar teu servo partir em paz; 30porque meus olhos viram a tua salvação, 31que preparaste diante de todos os povos: 32luz para iluminar as nações e glória do teu povo Israel.' 33O pai e a mãe de Jesus estavam admirados com o que diziam a respeito dele. 34Simeão os abençoou e disse a Maria, a mãe de Jesus: 'Este menino vai ser causa tanto de queda como de reerguimento para muitos em Israel. Ele será um sinal de contradição. 35Assim serão revelados os pensamentos de muitos corações. Quanto a ti, uma espada te traspassará a alma.'

- Palavra da Salvação.
- Glória a Vós, Senhor.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Papa nomeia dois novos bispos para o Brasil

Cidade do Vaticano (Quarta-feira, 28-12-2011, Gaudium Press) O Papa Bento XVI nomeou nesta quarta-feira, 28, dois novos bispos para dioceses do Brasil. São eles Dom Remídio José Bohn, que assumirá a Diocese de Cachoeira do Sul, no Rio Grande do Sul, e Dom Vital Chitolina, que assumirá a diocese de Diamantino, no Mato Grosso.
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Dom Remídio, que atuava como bispo auxiliar da capital gaúcha, Porto Alegre, entra no lugar de Dom Irineu Silvio Wilges, cuja renúncia por motivo de idade também foi aceita hoje pelo Santo Padre. Já Dom Vital vem transferido da diocese de Paranatinga, também localizada no Mato Grosso para assumir uma diocese que está vacante desde 2010.

Dom Remídio José Bohn
Natural de Feliz, no Rio Grande do Sul, que faz parte da Diocese de Montenegro, Dom Remídio tem 61 anos de idade e foi ordenado sacerdote em 29 de novembro de 1975 pela Arquidiocese de Porto Alegre. Desde então, atuou como pároco das Paróquias: de São Pedro de Poço das Antas (RS); de Santo Antônio, em Canoas (RS); de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em Porto Alegre; e de Nossa Senhora do Rosário, em Porto Alegre.

Sua ordenação episcopal em 2006, logo após sua nomeação como bispo auxiliar de Porto Alegre. Dom Remídio é o atual secretário do Regional Sul 3 (que abrange o estado do Rio Grande do Sul da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

Dom Vital Chitolina

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Já Dom Vital é de Tuparendi, também no Rio Grande do Sul. Tem 57 anos de idade e pertence a Congregação de Sacerdotes do Sagrado Coração de Jesus. Dom Vital foi ordenado sacerdote em 1984, desempenhando, entre outras, as funções de vice pároco da Paróquia de Porto dos Gaúchos, na Diocese de Sinop, no Mato Grosso; e pároco das Paróquias: de Novo Horizonte, também na Diocese de Sinop; de Nossa Senhora do Rosário de Fátima, em Lucas do Rio Verde, na Diocese de Diamantino.

Dom Vital foi nomeado primeiro bispo da prelazia territorial de Paranatinga em 1997, recebendo sua ordenação episcopal no ano seguinte. O prelado é atualmente vice-presidente do Regional Oeste 2 (que abrange o estado do Mato Grosso) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

Fonte: Arautos do Evangelho


A VIDA FAMILIAR NA ESCOLA DA SAGRADA FAMÍLIA

  SAGRADA FAMÍLIA 
De que se ocupava a Sagrada Família? Que faziam seus membros no dia a dia? Rezavam muito e com toda a alma, trabalhava a consciência, não tanto para atender às necessidades de cada dia, como para glorificar a Deus, pela perfeita submissão à sua Lei; além disso, amavam intensamente a Deus, que era o fim de todos os seus pensamentos, de todos os seus esforços, de todas as suas aspirações; amavam-se todos mutuamente, com um amor cheio de desinteresse e de abnegação; amavam a todos os homens, próximos ou distantes, cuja salvação era desejo de cada um dos membros da Sagrada Família.
De que maneira a família humana pode aproximar-se desse ideal realizado pela Sagrada Família? De que maneira a oração - oração que era como que a respiração normal da Sagrada família - recuperará seu lugar na família humana? Pensemos no grande número de famílias que perderam a fé; umas soçobraram no materialismo e na busca dos gozoSagrada Familia - Paroquia Jesuitas Bilbao Vizcaya.jpgs; outras, mantidas ainda por um resto de ideal humano, se conservam em uma atitude moral que muitas vezes só se inspira no orgulho. De umas e de outras Deus está praticamente excluído. Nem sequer se dão ao trabalho de negá-lo: desconhecem-no, o que é muito pior.
Pensemos também no considerável número de famílias chamadas cristãs, assim referidas porque seus membros se submeteram às formalidades do batismo, da primeira Eucaristia, do matrimônio sacramental, do sepultamento religioso, porém que perderam a fé. Nelas ninguém há que se preocupe com a glória de Deus, com a vinda de seu Reino, com a oração; se, casualmente, algum de seus membros é fiel às práticas religiosas, em quantas dessas famílias subsiste a oração em comum, expressão de um mesmo espírito, e de uma aspiração coletiva? O individualismo, que é uma praga dos dias atuais, invadiu a vida espiritual, assim como a vida social e familiar. "Cada um para si e por si", é o lema inconsciente da maior parte dos homens, e isso ainda em presença de Deus. O dogma da comunhão dos santos parece ser apenas uma desconhecida parte do texto do Credo, sem aplicação prática à vida. E, no entanto, não prometeu Nosso Senhor que onde duas almas se reunissem para rezar em seu nome ele ali estaria em meio delas?
Logo, voltar à vida em comum é um dos esforços que se impõem a todos os cristãos. Porventura não se esforça a Igreja, para obter os mesmos fins, em despertar o sentido litúrgico entre os fiéis para que se realize o pedido feito por Nosso Senhor a seu Pai celestial, "que todos sejam um".
Porém, como restaurar a oração em comum - que foi a alma e a força da Sagrada Família - em nossa própria família? Se for verdade, em relação à sociedade temporal, que a família é a célula social, assim também o é em relação à sociedade espiritual, que é a Igreja. Logo, é fundamental que por todos os meios que estejam a nosso alcance avivemos e encorajemos o espírito de família, porém não aquele que resulta de uma associação de interesses e de afetos e que se pode definir como "um egoísmo de muitos", mas o que era o da singular família de Nazaré, espírito que une e funde as almas para oferecê-las todas reunidas e com uma mesma aspiração a Deus, para a salvação da totalidade dos homens.
Cada um deve pedir a Deus que faça reviver em todos os corações esse espírito de família. Porém, como é bem sabido, Deus não nos concede seu auxílio senão quando, de nossa parte, fazemos todos os esforços possíveis. Cuidemos, pois, ao mesmo tempo em que rezamos, para que renasça e se propague o verdadeiro espírito cristão da família a fim de que se sustentem e se desenvolvam todas as instituições espirituais e sociais que existem em torno de nós e que tendem a restaurar, a elevar e a reconstruir os lares cristãos. Essas obras são os instrumentos que Deus põe à nossa disposição e quer que nos sirvamos deles. Procuremos, pois, conhecê-las, a elas aderindo, e rezemos para que se convertam em instrumentos cada dia mais perfeitos do serviço de Deus.
Porém nem todas as ocupações da Sagrada Família consistiam em rezar. Sua vida era eminentemente ativa, e cada um de seus membros trabalhava segundo sua vocação: São José e Nosso Senhor trabalhavam na oficina, da qual todos viviam; a Santíssima Virgem cuidava das múltiplas ocupações domésticas, que se impunham a toda mãe de família.
Portanto, o caso da Sagrada Família era exatamente o da imensa maioria das famílias atuais. Mas, como se vê com frequência, o trabalho é considerado com uma pesada carga contra a qual se queixa, procurando-se dela se livrar com o menor esforço possível, mas em Nazaré era ele recebido com gosto, como um meio de ser agradável a Deus.
Alguém objetará que, em muitas famílias, se trabalha intensamente, mas nesses casos não vemos como o trabalho absorve todos os momentos, todos os pensamentos? Trabalhar cada dia mais, para ganhar mais, a fim de satisfazer mais largamente as necessidades sempre crescentes da existência: tal parece ser a única aspiração de um grande número de nossos contemporâneos. Porém ainda assim o trabalho corajosamente aceito e cumprido não deixa de ser considerado de uma maneira puramente humana e como um mal necessário. Para a Sagrada Família, diferentemente, o trabalho era um bem precioso, pelo qual dava sem cessar graças a Deus, pois por ele se rendia ao Senhor a homenagem de uma inteira e prazerosa obediência. Por acaso não foi Deus quem instituiu a lei do trabalho, a que é obrigado todo ser humano? Ao mesmo tempo os esforços e as fadigas, os cuidados e as inquietudes - que todo trabalho carrega - eram aos olhos da Sagrada Família um sacrifício de suave odor que podia ser oferecido a Deus em reparação pelos pecados do mundo.
Dessa forma, em Nazaré o trabalho tinha muito menos por objeto a vida material, que devia assegurar, que a glória de Deus, que havia de promover. Daí se conclui que se trabalhava com amor, com gozo, com uma consciência rigorosa. Aplainar uma madeira e varrer a humilde moradSagrada Familia_4.jpga eram atos de amor que, aos olhos de Deus, podiam ser tão santos como a mais sublime contemplação, e que se podiam fazer com o mesmo fervor, com o mesmo desejo absoluto de perfeição.
Se queremos que nossa sociedade moderna não naufrague na anarquia e na rebelião, é imperioso guiá-las rumo a essa concepção do trabalho, pois o labor suportado por necessidade suscita no coração do homem o rancor, o ódio e a rebeldia, e o trabalho animado apenas pelo espírito de luta fomenta o egoísmo e o orgulho, que são o princípio da anarquia.
Esforcemo-nos, pois, para que a lei do trabalho seja, em todas as famílias, compreendida e aceita como a Lei de Deus. Assim o trabalho se converterá em outra oração, e não menos agradável a Deus. Então também recuperará, aos olhos de todos, sua grandeza e sua dignidade, e será novamente, para o homem, uma fonte de força e de gozo.
Porém não nos esqueçamos de que o trabalho é, e deve ser, o meio para que cada um de nós assegure sua vida material e a de seus familiares: em nossa sociedade moderna, infelizmente nem sempre é assim. Deus quer que nos ajudemos mutuamente, se queremos que ele nos ajude. Logo, não nos afastemos das obras sociais, que se esforçam em suavizar os desagradáveis efeitos de certos desníveis e em assegurar a todos o mínimo de bem estar, sem o qual o homem não é mais que uma pobre máquina, que anda ofegante sob o esforço. Mais ainda, entremos todos nesse grande movimento familiar que por si só poderá devolver à família sua dignidade e sua influência social e, ao mesmo tempo, ser o fundamento de sua prosperidade material.
Para que se realizem essas grandes e indispensáveis reformas é necessário que se produza no seio de cada família, e entre todas as famílias, aquela união de espíritos e de corações que tem sua origem na caridade, no amor. Que entre os membros de cada família, e entre todas as famílias, reine o amor. É uma das intenções dos esforços e dos sacrifícios que temos de oferecer a Nosso Senhor em favor da família.
E, neste ponto, a Sagrada Família nos mostra novamente o caminho: que haja amor entre os que a compõem, porém não aquele sentimentalismo desordenado que impropriamente chamamos de amor quando não é mais que debilidade, se não for egoísmo.
Amar é querer bem àqueles a quem amamos. Não consiste o bem de cada um de nós cumprir a vontade de Deus? Muito bem o sabiam os componentes da Sagrada Família, em Nazaré; seus corações, através da ternura humana que os unia, tendiam em primeiro lugar a esse fim supremo: fazer a vontade de Deus. A autoridade, em São José, era firme e doce, humildemente respeitosa para com os direitos de Deus. A obediência da Santíssima Virgem a São José era completa, afetuosa e alegre, porque era como uma manifestação palpável da submissão à vontade de Deus, e em nada diminuía a autoridade maternal, tão segura e tranquila que sabia exercer sobre o filho que o Senhor lhe havia confiado. E, por sua vez, o filho, na submissão tão perfeita aos pais, em sua docilidade de espírito e de coração a todos os ensinamentos que lhe davam, na sua simplicidade e na sua humildade dava provas antes de tudo, de seu amor ao Pai Celestial, cuja vontade reconhecia nessa instituição familiar e social, em cujo seio havia vindo encarnar-se.
A família cristã deve, pois, procurar recuperar tal sentimento de amor e de fidelidade a Deus, o que a ajudará a seguir os passos da Sagrada Família e, ao mesmo tempo, assegurará entre todos os seus membros a união de almas e de corações, estabelecendo entre eles o amor.
Porém a Sagrada Família não se encerrava egoisticamente em si. Na cidade de Nazaré era a providência visível de todos os fracos, de todos os humildes. Se as orações tão fervorosas da Sagrada Família, se seu trabalho tão constante e tão perfeito era sem cessar oferecido a Deus em espírito de reparação pelos pecados dos homens e pela salvação de todos, era possível que ignorasse os que sofriam ou estavam desencaminhados? O amor fraterno mais compassivo e mais solícito regulava todas as relações da Sagrada Família com os que a cercavam.
Peçamos a Deus que avive, no seio de todas as famílias humanas, tal caridade fraterna. Dissemos, a propósito da oração, que o individualismo domina em todas as partes, na família e na sociedade, e o individualismo é a neSagrada Familia Ste-Chapelle.jpggação de toda verdadeira caridade. Logo, não há outro ponto no qual tenhamos de insistir tanto em nossas orações. Porém evitemos nos contentar com orações, que seriam vãs se nossos atos não as acompanhassem.
Saibamos dar exemplo desse amor, que queremos que reine nos corações. Vamos dar esse exemplo em nossa própria família, praticando com amor todas as virtudes familiares, e até mesmo fora de casa, evitando com cuidado todas as críticas, todas as murmurações, que com tanta frequência são causa de divisões entre as famílias. Pelo contrário, sejamos pacíficos, sejamos daqueles que fomentam a paz, que adoçam os espíritos, que extinguem as desavenças e que aproximam os corações. Para isso, que melhor meio há a não ser estabelecer em todos os indivíduos e entre todas as famílias um ponto de inteligência, um princípio de união?
Ainda desconhecemos muito a força e a eficácia do princípio de associação. Agimos separadamente, e, desta forma, nossas melhores intenções reduzem-se à impotência. Promovamos, pois, em nós, e propaguemos em torno de nós, esse importante espírito de associação que é - não nos esqueçamos - o mesmo espírito da religião e a essência do catolicismo. Não tenhamos receio de nos associar a todos os esforços sinceros. Nunca digamos, em presença de uma obra cristã que tende à união, ao esforço comum, que "isso não me interessa". E, naquelas obras das quais fazemos parte, não busquemos tanto o que podemos tirar em proveito próprio, como o que podemos a ela acrescentar, o que podemos dar de nós mesmos.
Tal há de ser nosso programa de oração e de ação. Tomemos isso muito a sério. A instituição familiar está em perigo, e com ela toda a sociedade. Talvez dependa de nós, do fervor de nossas orações, da sinceridade e da intensidade de nossos esforços, que Deus se compadeça das necessidades prementes de nossa tão perturbada época. Por dez justos promete Deus perdoar a Sodoma e Gomorra: que não concederá então a quem, não se contentando com apenas rezar, se esforça em realizar em si próprio, e nos que o cercam, aquilo que pede?
Saibamos rezar, trabalhar e amar, segundo o que foi exposto, e sem dúvida alguma Deus concederá à família as graças eficazes que poderão salvá-la.
(Adaptado do texto de J. Viollet, em Repertorio Universal del Predicador, tomo XIX, pag. 191-196, Editorial Liturgica Española, Barcelona, 1933).
Sagrada Família

O Presépio dos varredores de rua de Roma

Roma (Terça-feira, 27-12-2011, Gaudium Press) A tradição do presépio, criada pelo italiano São Francisco Assis, é muito rica e bem cuidada, na Itália. Os presépios não estão somente nas igrejas paroquiais e capelas, ou nas casas de família, mas também nos escritórios, nas escolas, nas estações de trem, pode-se afirmar que em toda parte.
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Papa Bento XVI visitando o Presépio dos varredores no primeiro ano de seu pontificado
Um dos mais reconhecidos presépios italianos se encontra em Roma, na sede da Ama, empresa italiana de varredores de rua, situada na Via Cavalleggeri 5, a dois passos dos muros do Vaticano. É um presépio afortunado pela fato de que desde sua inauguração, em 1972, já foi visitado por três Papas: Paulo VI; João Paulo II; e Bento XVI.
"Vou fazer o presépio mais bonito de Roma e o Papa virá vê-lo (...) Em princípio a gente me olhava cética, mas quando meus colegas se deram conta do que eu queria fazer, sacrificaram seu tempo livre, inclusive a altas horas da noite, para me ajudar, e, em três meses, fomos capazes de reproduzir um miniatura fiel do Natal em Belém", contou com orgulho José Ianni, varredor da sede da zona Cavalleggeri e autor do presépio que se foi se transformando em uma pequena obra de arte, famosa agora em todo mundo.
A obra mestre é uma exposição permanente, que os turistas também podem ver em agosto. Entre os visitantes mais ilustres desde presépio estão a Madre Teresa de Calcutá; o custódio da "Gruta de Natal em Belém", Padre Ibrahim Faltas; e os cardeais Pio Laghi, Angelo Sodano, Leornardo Sandri, Tarcísio Bertone, Augusto Vallini, e Gianfranco Ravasi.
O sonho de Ianni de ter como visitante de seu presépio um pontífice foi realizado em 1974 com a visita de Paulo VI. O Papa João Paulo II, desde o primeiro ano de seu pontificado e durante 24 anos, nunca faltou ao tradicional encontro natalino com os varredores. E o atual pontífice, Bento XVI visitou o presépio dos Varredores no primeiro de seu pontificado.

Detalhes do presépio
O presépio dos Varredores, também conhecido como o Presépio do Papa, pelo forte vínculo com o Papa João Paulo II, apresenta a representação das construções típicas da Palestinas de 2 mil anos atrás. Ao todo, 2234 pedras, provenientes dos quatro cantos do mundo, encravadas nas paredes externas e na base do presépio, testemunham a mensagem de paz e irmandade do Natal e a união dos povos. O presépio, a cada ano, se enriquece com novos detalhes. A obra mestre inclui 100 casas, todas iluminadas, construídas em pedra e azulejos de pedernal, e meticulosas nos mínimos detalhes de portas, janelas e varandas.
Uma chaminé fumegante, 54 metro de estradas em azulejo de pedernal, três rios de longitude total de 9,5 metros, com 7 pontes e 4 aquedutos de 19 metros de comprimento e bem sustentados por 38 arcos. O aqueduto menor é realizado em toba (pedra calcário) romana; os outros três com fragmentos de mármores das colunas e da fachada da Basílica de São Pedro, recebidos em 1979, graças ao Cardeal Virginio Noé, durante a restauração das colunas de Bernini. Outros trabalhos foram feitos com pedras de Birmania, de Belém, e dos santuários histórico de Greccio e San Giovani Rotondo, na Itália.
Para a ocasião do 40º aniversário da AMA, em colaboração com os Correios da Itália, foi preparado um kit de selos postais comemorativos. (BD)
Texto original: Anna Artimyak

EVANGELHO DO DIA

SANTO DO DIA: Santos Inocentes, mártires; Santo Antônio de Lérins, monge
Primeira Leitura: Primeira carta de São João 1,5-2,2
Leitura da Primeira Carta de São João:
Caríssimos: 5A mensagem, que ouvimos de Jesus Cristo e vos anunciamos, é esta: Deus é luz e nele não há trevas. 6Se dissermos que estamos em comunhão com ele, mas andamos nas trevas, estamos mentindo e não nos guiamos pela verdade. 7Mas, se andamos na luz, como ele está na luz, então estamos em comunhão uns com os outros, e o sangue de seu Filho Jesus nos purifica de todo pecado. 8Se dissermos que não temos pecado, estamo-nos enganando a nós mesmos, e a verdade não está dentro de nós. 9Se reconhecermos nossos pecados, então Deus se mostra fiel e justo, para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda culpa. 10Se dissermos que nunca pecamos,  fazemos dele um mentiroso e sua palavra não está dentro de nós. 2,1Meus filhinhos,  escrevo isto para que não pequeis. No entanto, se alguém pecar, temos junto do Pai um Defensor:  Jesus Cristo, o Justo. 2Ele é a vítima de expiação pelos nossos pecados, e não só pelos nossos,  mas também pelos pecados do mundo inteiro.
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus

Salmo 123
Se o Senhor não estivesse ao nosso lado, quando os homens investiram contra nós, com certeza nos teriam devorado no furor de sua ira contra nós.
R: Nossa alma como um pássaro escapou do laço que lhe armara o caçador.
Então as águas nos teriam submergido, a correnteza nos teria arrastado, e então, por sobre nós teriam passado essas águas sempre mais impetuosas.
R: Nossa alma como um pássaro escapou do laço que lhe armara o caçador.
O laço arrebentou-se de repente, e assim nós conseguimos libertar-nos. O nosso auxílio está no nome do Senhor, do Senhor que fez o céu e fez a terra!
R: Nossa alma como um pássaro escapou do laço que lhe armara o caçador.

Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus 2,13-18

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus:
13Depois que os magos partiram, o Anjo do Senhor apareceu em sonho a José e lhe disse: "Levanta-te, pega o menino e sua mãe e foge para o Egito! Fica lá até que eu te avise! Porque Herodes vai procurar o menino para matá-lo". 14José levantou-se de noite, pegou o menino e sua mãe, e partiu para o Egito. 15Ali ficou até à morte de Herodes, para se cumprir o que o Senhor havia dito pelo profeta: "Do Egito chamei o meu Filho". 16Quando Herodes percebeu que os magos o haviam enganado, ficou muito furioso. Mandou matar todos os meninos de Belém e de todo o território vizinho, de dois anos para baixo, exatamente conforme o tempo indicado pelos magos. 17Então se cumpriu o que foi dito pelo profeta Jeremias: 18"Ouviu-se um grito em Ramá, choro e grande lamento: é Raquel que chora seus filhos, e não quer ser consolada, porque eles não existem mais".

- Palavra da Salvação.
- Glória a Vós, Senhor.

NOTA DE FALECIMENTO



Aconteceu na noite de ontem por volta das 18h30min um acidente grave envolvendo um caminhão Chevrolet e uma motocicleta Pop conduzida por EDSON ANTÔNIO DE AGUIAR, mais conhecido como (EDINHO), aonde o mesmo veio a falecer no local do acidente, o mesmo residia na cidade de  Lajes Pintadas e voltava de mais um dia de trabalho que realizava na cidade de Campo Redondo-RN, o caminhão vinha no sentido Santa Cruz a Currais Novos carregado de abacaxi. O caminhão Chevolet de placa MZG 1128 ano 94 era do proprietário José Vieira; o mesmo no momento do acidente não compareceu. A vitíma conhecido por (EDinho) era casado com a SENHORA MARIA IZABEL RIBEIRO AGUIAR e tinha dois (2) filhos. Até as 19h00min da noite de ontem o corpo ainda se encontra no canteiro da BR esperando o ITEP chegar. 
 
Notificamos o falecimento do Sr EDSON ANTÔNIO DE AGUIAR popularmente conhecido como EDINHO.
 

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

A igreja celebra hoje: São João Evangelista

O nome deste evangelista significa: "Deus é misericordioso": uma profecia que foi se cumprindo na vida do mais jovem dos apóstolos. Filho de Zebedeu e de Salomé, irmão de Tiago Maior, ele também era pescador, como Pedro e André; nasceu em Betsaida e ocupou um lugar de primeiro plano entre os apóstolos.

Jesus teve tal predileção por João que este assinalava-se como "o discípulo que Jesus amava". O apóstolo São João foi quem, na Santa Ceia, reclinou a cabeça sobre o peito do Mestre e, foi também a João, que se encontrava ao pé da Cruz ao lado da Virgem Santíssima, que Jesus disse: "Filho, eis aí a tua mãe" e, olhando para Maria disse: "Mulher, eis aí o teu filho". (Jo 19,26s).

Quando Jesus se transfigurou, foi João, juntamente com Pedro e Tiago, que estava lá. João é sempre o homem da elevação espiritual, mas não era fantasioso e delicado, tanto que Jesus chamou a ele e a seu irmão Tiago de Boanerges, que significa "filho do trovão".

João esteve desterrado em Patmos, por ter dado testemunho de Jesus. Deve ter isto acontecido durante a perseguição de Domiciano (81-96 dC). O sucessor deste, o benigno e já quase ancião Nerva (96-98), concedeu anistia geral; em virtude dela pôde João voltar a Éfeso (centro de sua atividade apostólica durante muito tempo, conhecida atualmente como Turquia). Lá o coloca a tradição cristã da primeiríssima hora, cujo valor histórico é irrecusável.

O Apocalipse e as três cartas de João testemunham igualmente que o autor vivia na Ásia e lá gozava de extraordinária autoridade. E não era para menos. Em nenhuma outra parte do mundo, nem sequer em Roma, havia já apóstolos que sobrevivessem. E é de imaginar a veneração que tinham os cristãos dos fins do século I por aquele ancião, que tinha ouvido falar o Senhor Jesus, e O tinha visto com os próprios olhos, e Lhe tinha tocado com as próprias mãos, e O tinha contemplado na sua vida terrena e depois de ressuscitado, e presenciara a sua Ascensão aos céus. Por isso, o valor dos seus ensinamentos e o peso de das suas afirmações não podiam deixar de ser excepcionais e mesmo únicos.

Dele dependem (na sua doutrina, na sua espiritualidade e na suave unção cristocêntrica dos escritos) os Santos Padres daquela primeira geração pós-apostólica que com ele trataram pessoalmente ou se formaram na fé cristã com os que tinham vivido com ele, como S. Pápias de Hierápole, S. Policarpo de Esmirna, Santo Inácio de Antioquia e Santo Ireneu de Lião. E são estas precisamente as fontes donde vêm as melhores informações que a Tradição nos transmitiu acerca desta última etapa da vida do apóstolo.

São João, já como um ancião, depara-se com uma terrível situação para a Igreja, Esposa de Cristo: perseguições individuais por parte de Nero e perseguições para toda a Igreja por parte de seu sucessor, o Imperador Domiciano.

Além destas perseguições, ainda havia o cúmulo de heresias que desentranhava o movimento religioso gnóstico, nascido e propagado fora e dentro da Igreja, procurando corroer a essência mesma do Cristianismo.

Nesta situação, Deus concede ao único sobrevivente dos que conviveram com o Mestre, a missão de ser o pilar básico da sua Igreja naquela hora terrível. E assim o foi. Para aquela hora, e para as gerações futuras também. Com a sua pregação e os seus escritos ficava assegurado o porvir glorioso da Igreja, entrevisto por ele nas suas visões de Patmos e cantado em seguida no Apocalipse.

Completada a sua obra, o santo evangelista morreu quase centenário, sem que nós saibamos a data exata. Foi no fim do primeiro século ou, quando muito, nos princípios do segundo, em tempo de Trajano (98-117 dC).

Três são as obras saídas da sua pena incluídas no cânone do Novo Testamento: o quarto Evangelho, o Apocalipse e as três cartas que têm o seu nome.


São João Evangelista, rogai por nós!

Bento XVI condena violência e indica caminhos para a Paz

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Papa manifestou sua tristeza em relação aos atentados a Igrejas cristãs na Nigéria
Cidade do Vaticano (Segunda-feira, 26-12-2011, Gaudium Press) Nesta segunda-feira apos o Santo Natal o Papa Bento XVI rezou o Angelus e dirigiu uma homilia a milhares de fiéis reunidos na Praça de São Pedro, em Roma. Ele foi visto e ouvido também, via Radio e TV, por milhões de pessoas em todo mundo. 
Nessa ocasião Bento XVI manifestou sua reprovação aos atentados ocorridos domingo na Nigéria:
"O Santo Natal desperta em nós, de modo ainda mais forte, a oração a Deus para que segure as mãos dos violentos, daqueles que semeiam morte; e para que a justiça e a paz reinem no mundo. No entanto, nossa terra continua sendo manchada pelo sangue de inocentes" - disse o pontífice. 
E o Papa prosseguiu em suas palavras: "Recebi com profunda tristeza a notícia dos atentados que novamente este ano, no dia do Nascimento de Jesus, levaram luto e dor a algumas igrejas da Nigéria. Gostaria de manifestar minha sincera e carinhosa presença junto à comunidade cristã e de todos os que foram atingidos por este absurdo gesto; e convido a rezarem ao Senhor pelas numerosas vítimas".

Ao concluir sua exortação, o Santo Padre fez um apelo para que a segurança e a tranquilidade sejam recuperadas: "Neste momento, quero repetir mais uma vez, com firmeza: a violência é um caminho que conduz exclusivamente à dor. O respeito, a reconciliação e amor são os caminhos para se chegar à paz".

EVANGELHO DO DIA

SANTO DO DIA: São João Evangelista, apóstolo; Santa Fabíola, viúva
Primeira Leitura: Primeira carta de São João 1,1-4
Início da Primeira Carta de São João:
Carissimos: 1O que era desde o princípio, o que nós ouvimos, o que vimos com os nossos olhos, o que contemplamose as nossas mãos tocaram da Palavra da Vida, 2- de fato, a Vida manifestou-se e nós a vimos, e somos testemunhas, e a vós anunciamos a Vida eterna, que estava junto do Pai e que se tornou visível para nós -; 3isso que vimos e ouvimos, nós vos anunciamos, para que estejais em comunhão conosco. E a nossa comunhão é com o Pai e com seu Filho, Jesus Cristo. 4Nós vos escrevemos estas coisas para que a nossa alegria fique completa.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus

Salmo 96
Deus é Rei! Exulte a terra de alegria, e as ilhas numerosas rejubilem! Treva e nuvem o rodeiam no seu trono, que se apóia na justiça e no direito.
R: Ah justos, alegrai-vos no Senhor!
As montanhas se derretem como cera ante a face do Senhor de toda a terra; e assim proclama o céu sua justiça, todos os povos podem ver a sua glória.
R: Ah justos, alegrai-vos no Senhor!
Uma luz já se levanta para os justos, e a alegria, para os retos corações. Homens justos, alegrai-vos no Senhor, celebrai e bendizei seu santo nome!
R: Ah justos, alegrai-vos no Senhor!

Evangelho de Jesus Cristo segundo São João 20,2-28
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São João:
No primeiro dia da semana, 2Maria Madalena saiu correndo e foi encontrar Simão Pedro e o outro discípulo, aquele que Jesus amava, e lhes disse: "Tiraram o Senhor do túmulo, e não sabemos onde o colocaram". 3Saíram, então, Pedro e o outro discípulo e foram ao túmulo. 4Os dois corriam juntos, mas o outro discípulo correu mais depressa que Pedro e chegou primeiro ao túmulo. 5Olhando para dentro, viu as faixas de linho no chão, mas não entrou. 6Chegou também Simão Pedro, que vinha correndo atrás, e entrou no túmulo. Viu as faixas de linho deitadas no chão 7e o pano que tinha estado sobre a cabeça de Jesus, não posto com as faixas, mas enrolado num lugar à parte. 8Então entrou também o outro discípulo, que tinha chegado primeiro ao túmulo. Ele viu, e acreditou.
- Palavra da Salvação.
- Glória a Vós, Senhor.