No
livro de Jeremias está dito como Deus propôs ao povo uma NOVA ALIANÇA.
Deus já havia feito uma Aliança com o Povo, no Monte Sinai. Com ela
Moisés recebeu as Tabuas das Leis. O povo aderiu à Lei, contudo mais
pela boca do que pelo coração. Por isso, muitas vezes, foi infiel a
Deus.
Por isso o profeta Jeremias anunciou uma nova aliança que Deus ia fazer e colocá-la no coração do seu povo, como Ele mesmo diz: “Porei a minha lei nas suas entranhas, e a escreverei nos seus corações, e serei o seu Deus, e eles serão o meu povo”. (Jr 31, 31-33). Desse modo Deus renova a aliança, dá seu perdão e restaura o seu Povo.
Na realidade, nós, os católicos apostólicos romanos,
constituímos o povo da Nova Aliança que Nosso Senhor Jesus Cristo veio
estabelecer para sempre. Razão pela qual devemos inscrever em nossos
corações os Mandamentos da Lei de Deus, para sermos, de fato, os seus
autênticos filhos.
A quaresma é exatamente o tempo em que
somos reconciliados com Deus por meio de Nosso Senhor Jesus Cristo. Os
acontecimentos da Páscoa de Nosso Senhor Jesus Cristo são: Paixão, Morte
e Ressurreição.
Pelo Batismo passamos a participar da aliança nova de
Jesus Cristo, muitas vezes infelizmente rompida pela nossa fraqueza e
pelo pecado. Deus sempre está disposto a nos restaurar de novo como um
filho que se reconcilia com seu Pai e com os irmãos na fé. Diz o Senhor:
perdoarei a sua maldade e não me lembrarei mais do seu pecado (cf. Jr
31, 31-34). Agora, para que isso se dê realmente é preciso que, da
parte do pecador, haja propósito (ou seja, a vontade firme) de nunca
mais cometer pecado e de fugir das ocasiões.
Na carta aos Hebreus, São Paulo afirma que essa nova
Aliança é feita em Cristo, de modo pleno e definitivo. Nosso Senhor foi
obediente ao Pai Celeste
na missão de salvar a humanidade da condenação eterna, devida a todos
os pecados, sobretudo aos pecados de egoísmo e sensualidade. Para nos
resgatar da morte eterna (condenação) Nosso Senhor Jesus Cristo se
entregou à morte na cruz e ressuscitou após três dias (cf. Hb 5,7-9)
Com a alusão ao “grão de trigo” (Jo 12, 24-26) Nosso Senhor nos
ensina o que devemos fazer para ser fiel à Nova Aliança: não endurecer
nossos corações com o pecado, aprender e professar os ensinamentos de
Nosso Senhor Jesus Cristo, ao contrário daqueles “principais que creram
nele, mas, por causa dos fariseus (ou seja, das pessoas de prestígio ou
poder na vida mundana) não o confessavam, para não serem expulsos da
sinagoga. Porque amaram mais a glória (ou estima) dos homens do que a
glória de Deus”. (Jo 12,40-43).
Assim, ao contrário dos “principais” daquela ocasião,
para sermos fiéis à Redenção que nos proporcionou a nova e definitiva
Aliança com Deus, precisamos seguir Nosso Senhor Jesus Cristo, através
do conhecimento de sua doutrina e pelo exemplo da vida dos santos,
sempre elevando as nossas mentes ao desejo dos bens celestes.
Convictos de que foi por intermédio da Santíssima Virgem
Maria que Jesus Cristo veio ao mundo, e é por meio dela que ele deve
reinar no mundo.
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