Muitos já devem ter ouvido falar na
lendária Pedra Filosofal. A pedra que, tocada em qualquer metal, o
transformava em ouro. Alguns a procuraram e não encontraram. Mas não a
encontraram por terem procurado onde não estava, pois ela existe.
Sim, ela existe. Onde?
E não transforma simplesmente um metal
qualquer em ouro. Transforma coisas da terra em maravilhas do Paraíso.
Esta “pedra filosofal” tem esse dom: tudo aquilo que se deixa tocar por
ela, se transforma no melhor ouro que pode haver: de simples coisas
perecíveis, transformam-se em eternas, de simples coisas humanas
transformam-se em divinas.
Essa “pedra filosofal” é a Igreja
Católica. A São Pedro — aliás, “pedra” — foi dito: “Tudo que ligares na
terra será ligado no Céu”.
Um belo exemplo do poder dessa “pedra”
é a transformação de uma índia pagã em uma Santa. Trata-se da
Bem-Aventurada Catarina Tekakwitha, a primeira indígena das Américas
beatificada em 1980 pelo então Papa João Paulo II, cuja memória a Igreja
celebra em 17 de abril.
Catarina pertencia aos Mohawk, um dos ramos dos ferozes índios Iroqueses que habitavam os Estados Unidos.
Era filha do cacique de uma das tribos, e sua mãe, católica, tinha depositado em seu infantil coração a semente da fé e do amor a Deus.
Era filha do cacique de uma das tribos, e sua mãe, católica, tinha depositado em seu infantil coração a semente da fé e do amor a Deus.
Com a morte prematura dos pais, foi
morar com os tios, avessos à influência cristã. Apesar do ambiente
pagão, sempre praticou as virtudes, vendo na beleza da natureza os
reflexos do Criador. Gostava especialmente de contemplar as flores,
entre elas as alvas ninféias.
Os tios acolhiam missionários de
passagem, como era costume, mas proibiam a Catarina assistir as
pregações. Um dos missionários, levado por inspiração divina, entrou um
dia na cabana em que estava Catarina com outras senhoras índias. Pode,
então, abrir-se a este missionário e contar-lhe seu desejo de levar vida
virtuosa. Foi assim que, aos 17 anos, instruída e batizada, progrediu
rapidamente na prática das virtudes. Apesar do ambiente hostil,
manteve-se virgem de corpo e alma.
Perseguida, foi aconselhada a mudar-se
para uma comunidade católica. Levava para o missionário do destino
(Montreal), um bilhete de recomendação: “Dê-lhe guia e direção
espiritual; logo o senhor perceberá que joia lhe enviamos. Sua alma está
muito próxima de Deus…”
Passou o restante da curta vida a
cuidar de idosos e doentes, dando a todos o bom exemplo das virtudes.
Aos 24 anos percebeu que Deus a chamava para deixar esta vida passageira
e gozar da eterna. Recebeu os últimos sacramentos e entregou sua bela
alma dizendo as mesmas palavras de Santa Terezinha: “Jesus, eu Vos amo”.
Era o ano de 1680, dia 17 de abril.
Neste dia a Igreja comemora a sua entrada no Céu. Aprendera a amar a
Deus contemplando belezas desta terra; entre elas, as graciosas
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