Ao comentar a exortação de Jesus, "Sede
misericordiosos como o vosso Pai é misericordioso", o Santo Padre
afirmou que "não é fácil entender este comportamento de misericórdia",
pois estamos acostumados a julgar.
"Somos pessoas que não dão naturalmente um pouco de espaço à compreensão e também à misericórdia", disse.
Para ser misericordioso, analisa o Papa,
são necessárias duas atitudes: A primeira seria o "autoconhecimento",
ou seja, saber que "fizemos muitas coisas ruins e que somos pecadores".
E, diante do arrependimento, "a justiça de Deus se transforma em
misericórdia e perdão" para nós. Porém, é necessário se envergonhar dos
pecados.
"É preciso se envergonhar!
Envergonhar-se diante de Deus, e esta pequena vergonha é uma graça: é a
graça de ser pecador. ‘Eu sou pecador e tenho vergonha diante de Vós, e
vos peço perdão. É simples, mas é tão difícil dizer: "Eu pequei'",
explicou.
A outra atitude para se tornar
misericordioso, continuou, seria "ampliar o coração", porque "um coração
pequeno" e egoísta, é incapaz de misericórdia.
Para o Santo Padre, um coração grande "não condena, mas perdoa e esquece", pois Deus se esqueceu dos seus pecados e perdoou-os.
"Ampliar o coração. Isso é bonito! Sejam misericordiosos", exclamou.
Finalizando sua homilia, o Pontífice
ainda reforçou que "o homem e a mulher misericordiosos têm um coração
grande, amplo", sempre desculpam os outros e pensam nos seus pecados,
sendo este o caminho da misericórdia que devemos pedir a Deus.
"Se todos nós, se todos os povos, as
pessoas, as famílias, os bairros, tivéssemos essa atitude, quanta paz
existiria no mundo, quanta paz nos nossos corações. Porque a
misericórdia nos conduz à paz. Lembrem-se sempre: ‘Quem sou eu para
julgar?'. Envergonhar-se e ampliar o coração. Que o Senhor nos dê esta
graça." (LMI)
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