No
dia 25 de março toda a Igreja celebra a festa da Anunciação do Anjo São
Gabriel a Santíssima Virgem Maria, revelando que ela seria a Mãe de
Deus.
Era plano de Deus dar ao mundo um
Salvador, ou seja: aos pecadores, uma vítima de propiciação; aos retos,
um modelo; a virgem – que permaneceria virgem – um filho; e ao Filho de
Deus, uma nova natureza, a natureza humana, passível de sofrimento e
morte, não de pecado, de modo a poder satisfazer a justiça de Deus,
ultrajado por nossas transgressões.
O Espírito Santo, seu Esposo, não se
contentou em gerar n’Ela, virginalmente, Jesus, o Homem-Deus, mas
enriqueceu-a com todas as graças possíveis de serem dadas a uma criatura
humana. Diz Santo Agostinho: ”Deus reuniu todas as águas e chamou-as
mar, reuniu todas as graças e chamou-as Maria”. Esse dito pode ser
comprovado pelo modo do Anjo Gabriel iniciar sua mensagem: ”Ave cheia de
graça”. Sendo Maria a serva fiel do Senhor, responde com toda
solicitude e humildade: ”Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim
segundo a tua palavra”.
Neste momento, o mundo, envolto nas
trevas do pecado, pelo sim da Virgem, tem sua liberdade às portas. Os
santos e profetas já ansiavam por isso a séculos. Além do mais, a
natureza divina une-se para sempre à natureza humana. “A alma de Nosso
Senhor Jesus Cristo, criada do nada, começa a deleitar-se em Deus e
conhece todas as coisas passadas, presentes e futuras. Começa então Deus
a ter um adorador que é infinito, e o mundo começa a ter um mediador
que é onipotente.”
Ora, na obra desse grande mistério, tão somente Maria é escolhida para cooperar mediante o seu livre assentimento.
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