SANTO DO DIA: Beata Beatriz de Este, religiosa; Santa Margarida da Hungria
Primeira leitura: Primeiro Livro de Samuel 17,32-33
Leitura do Primeiro Livro de Samuel:
Leitura do Primeiro Livro de Samuel:
Naqueles dias, 32Davi foi conduzido a Saul e lhe disse: "Ninguém desanime por causa desse filisteu! Eu, teu servo, lutarei contra ele". 33Mas Saul ponderou: "Não poderás enfrentar esse filisteu, pois tu és só ainda um jovem, e ele é um homem de guerra desde a sua mocidade". 37Davi respondeu: "O Senhor me livrou das garras do leão e das garras do urso. Ele me salvará também das mãos deste filisteu". Então Saul disse a Davi: "Vai, e que o Senhor esteja contigo". 40Em seguida, tomou o seu cajado, escolheu no regato cinco pedras bem lisas e colocou-as no seu alforje de pastor, que lhe servia de bolsa para guardar pedras. Depois, com a sua funda na mão, avançou contra o filisteu. 41Este, que se vinha aproximando mais e mais, precedido do seu escudeiro, 42quando pôde ver bem Davi desprezou-o, porque era muito jovem, ruivo e de bela aparência. 43E lhe disse: "Sou por acaso um cão, para vires a mim com um cajado?" E o filisteu amaldiçoou Davi em nome de seus deuses. 44E acrescentou: "Vem, e eu darei a tua carne às aves do céu e aos animais da terra!" 45Davi respondeu: "Tu vens a mim com espada, lança e escudo; eu, porém, vou a ti em nome do Senhor todo-poderoso, o Deus dos exércitos de Israel que tu insultaste! 46Hoje mesmo, o Senhor te entregará em minhas mãos, e te abaterei e te cortarei a cabeça, e darei o teu cadáver e os cadáveres do exército dos filisteus às aves do céu e aos animais da terra, para que toda a terra saiba que há um Deus em Israel. 47E toda esta multidão de homens conhecerá que não é pela espada nem pela lança que o Senhor concede a vitória; porque o Senhor é o árbitro da guerra, e ele vos entregará em nossas mãos". 48Logo que o filisteu avançou e marchou em direção a Davi, este saiu das linhas de formação e correu ao encontro do filisteu. 49Davi meteu, então, a mão no alforje, apanhou uma pedra e arremessou-a com a funda, atingindo o filisteu na fronte com tanta força, que a pedra se encravou na sua testa e o gigante tombou com o rosto em terra. 50E assim Davi venceu o filisteu, ferindo-o de morte com uma funda e uma pedra. 51E, como não tinha espada na mão, correu para o filisteu, chegou junto dele, arrancou-lhe a espada da bainha e acabou de matá-lo, cortando-lhe a cabeça. Vendo morto o seu guerreiro mais valente, os filisteus fugiram.
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
- Graças a Deus.
SALMO 143
Bendito seja o Senhor, meu rochedo, que adestrou minhas mãos para a luta, e os meus dedos treinou para a guerra!
R: Bendito seja o Senhor, meu rochedo!
Ele é meu amor, meu refúgio, libertador, fortaleza e abrigo; É meu escudo: é nele que espero, ele submete as nações a meus pés.
R: Bendito seja o Senhor, meu rochedo!
Um canto novo, meu Deus, vou cantar-vos, nas dez cordas da harpa louvar-vos, a vós que dais a vitória aos reis e salvais vosso servo Davi.
R: Bendito seja o Senhor, meu rochedo!
Evangelho de Jesus Cristo segundo São Marcos 3,1-6
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Marcos:
Naquele tempo, 1Jesus entrou de novo na sinagoga. Havia ali um homem com a mão seca. 2Alguns o observavam para ver se haveria de curar em dia de sábado, para poderem acusá-lo. 3Jesus disse ao homem da mão seca: "Levanta-te e fica aqui no meio!" 4E perguntou-lhes: "É permitido no sábado fazer o bem ou fazer o mal? Salvar uma vida ou deixá-la morrer?" Mas eles nada disseram. 5Jesus, então, olhou ao seu redor, cheio de ira e tristeza, porque eram duros de coração; e disse ao homem: "Estende a mão". Ele a estendeu e a mão ficou curada. 6Ao saírem, os fariseus com os partidários de Herodes, imediatamente tramaram, contra Jesus, a maneira como haveriam de matá-lo.
- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.
- Glória a vós, Senhor.
Comentário ao Evangelho do dia feito por Santa Gertrudes de Helfta (1256-1301)
Monja beneditina - Exercícios, nº 7
«Observavam-No, [...] a fim de O poderem acusar»
Na hora da oração coloca-te na presença da paz e do amor [...]; oh paz de Deus, que ultrapassas toda a inteligência (Fl 4,7), doce e agradável, suave e preferível a tudo, em todo o lado onde penetras reina uma segurança imperturbável. Só tu tens o poder de pôr freio à cólera do soberano; tu ornas o trono do rei com a tua clemência; iluminas o reino da glória com a piedade e a misericórdia. Pela tua graça toma a teu cargo a minha causa, de mim que sou culpada e indigente. [...] Eis que já o credor bate à porta [...]; não é prudente da minha parte falar-lhe, pois não tenho como pagar a minha dívida. Mui doce Jesus, minha paz, por quanto tempo permanecerás silencioso? [...] Pela Tua graça, pelo menos agora fala por mim, dizendo estas palavras caridosas: «Eu te resgatarei». Tu que és seguramente o refúgio de todos os pobres. Não passas ao pé de ninguém sem lhe dares a salvação. Tu nunca deixaste partir aquele que se refugia junto de Ti sem que fique reconciliado. [...]
Pela Tua graça, meu amor, meu Jesus, nesta hora do dia foste flagelado por mim, coroado de espinhos, lamentavelmente coberto de sofrimentos. Tu és o meu verdadeiro rei, para além de Ti não conheço ninguém. Tu fizeste-Te opróbrio dos homens, abjecto e repugnante como um leproso (cf Is 53,3) até a própria Judeia se recusar a reconhecer-Te como Seu rei (Jo 19,14-15). Por Tua graça, que pelo menos eu Te reconheça como meu rei! Meu Deus, dá-me esse inocente, tão ternamente amado, o meu Jesus, que por mim «pagou» tão plenamente «aquilo que não tinha roubado» (Sl 68,5); dá-Mo, para que Ele seja o apoio da minha alma. Que eu O receba no meu coração; que, pela amargura das Suas dores e da Sua Paixão, Ele reconforte o meu espírito. [...]
E tu, paz de Deus, sê a amarra querida que me acorrenta para sempre a Jesus. Sê o sustentáculo da minha força [...], para que eu não seja senão «um só coração e uma só alma» com Jesus (Act 4,32). [...] Por ti, ficarei para sempre ligada ao meu Jesus.
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