Nascido na cidade de Narbona, França, no ano 256 da nossa era cristã, foi educado em Milão, norte da Itália, de onde era sua mãe. De família cristã, bem jovem se sentiu atraído pela milícia romana. Seu pai era militar. O Império era dirigido por Diocleciano e se estendia por toda a região ocidental do Mar Mediterrâneo.
Sua condição e seu porte nobres, sua valentia e arrojo, fizeram com que se destacasse no cumprimento das suas funções, e o governador [imperador] romano Maximiano o apreciava por sua valentia e bons serviços, chegando a nomeá-lo chefe da primeira coorte da Guarda Pretoriana Imperial.
Perfeito soldado, por causa da sua condição de cristão não participava dos cultos idolátricos impostos pelo imperador pagão, e por isso caiu em sua desgraça. Procurava auxiliar a seus irmãos cristãos maltratados nas cadeias de Roma a espera de serem entregues às feras no Coliseu.
Invejosos de seu prestígio o denunciaram. Ele manteve firme sua Fé em Cristo e acabou sendo condenado a morrer a flechadas. Deixado como morto, seu corpo foi recolhido, curado, e sobreviveu às feridas.
Converteu numerosos membros do exército romano, sendo novamente levado diante do imperador que se espantou ao vê-lo vivo, pois o cria morto. Indignado pela firme convicção cristã de seu antigo amigo, mandou matá-lo a pauladas, e que seu corpo fosse jogado em uma cloaca.
Contudo, ele foi resgatado novamente pelos cristãos e enterrado numa Catacumba da Via Ápia, que leva até hoje seu nome. Morreu no ano 288, aos 32 de idade.
Jovem e virgem, conhecido por sua alta posição social e militar, rapidamente sua vida se tornou exemplo para a crescente comunidade cristã que tomava conta do Império Romano pagão.
Pela sua intercessão, numerosos milagres foram obrados por Deus.
Nos tempos do Imperador Constantino, quando a Igreja pôde desenvolver-se livremente, foi construída uma igreja em sua honra nas proximidades das muralhas de Roma. Reformada várias vezes no correr dos séculos, até hoje pode ser visitada, com aparências mais modernas. Uma imagem do santo preside o Altar Mor.
São Sebastião ganhou fama e grande destaque quando no ano 680 a cidade de Roma foi atingida pela peste. Suas relíquias foram transportadas até a Basílica de São Pedro e desde então a peste cessou.
O fato divulgou-se rapidamente e o Santo começou a ser invocado por toda parte, como protetor nas epidemias e como defensor da Fé na luta contra os inimigos da Religião Católica, juntamente com outros dois santos também cavaleiros: São Maurício e São Jorge.
São Sebastião e o Brasil
São Sebastião é muito popular no Brasil. Ele é, por exemplo, padroeiro da "Muy leal e valerosa cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro" e titular da respectiva arquidiocese. Seu nome dá também o título a, pelo menos, 144 paróquias.
São Sebastião é muito popular no Brasil. Ele é, por exemplo, padroeiro da "Muy leal e valerosa cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro" e titular da respectiva arquidiocese. Seu nome dá também o título a, pelo menos, 144 paróquias.
Sete grandes municípios, além de numerosas vilas e povoados de norte a sul do Brasil conservam seu nome até hoje.
Na batalha final contra os protestantes calvinistas franceses que ocupavam a Bahia de Guanabara em 1567, "a crença, segundo a tradição corrente entre os tamoios e assinalada por alguns dos nossos cronistas, entre os quais Melo Morais pai, diz que o próprio santo protetor da cidade foi visto de envolta com portugueses mamelucos, e índios, batendo-se contra os Calvinistas" (Max Fleiuss, História da Cidade do Rio de Janeiro, 49, Melhoramentos, São Paulo, sd).
E o dia da luta coincidiu com a festa de São Sebastião, 20 de janeiro de 1567. Sebastião merecera do Papa Caio o título de Defensor da Igreja.
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