Santo do dia: São José Bilezewski, Bispo
Cor litúrgica: Roxo
Primeira leitura: Daniel 3, 14-20.24.49.91-92.95
Leitura da Profecia de Daniel:
Naqueles dias, 14o rei Nabucodonosor
tomou a palavra e disse: "É verdade, Sidrac, Misac e Abdênago, que não
prestais culto a meus deuses e não adorais a estátua de ouro que mandei
erguer? 15E agora, quando ouvirdes tocar trombeta, flauta, cítara,
harpa, saltério e gaitas, e toda espécie de instrumentos, estais prontos
a prostrar-vos e adorar a estátua que mandei fazer? Mas, se não
fizerdes adoração, no mesmo instante sereis atirados na fornalha de fogo
ardente; e qual é o deus que poderá libertar-vos de minhas mãos?"
16Sidrac, Misac e Abdênago responderam ao rei Nabucodonosor: "Não há
necessidade de te respondermos sobre isto:17se o nosso Deus, a quem
rendemos culto, pode livrar-nos da fornalha de fogo ardente, ele também
poderá libertar-nos de tuas mãos, ó rei. 18Mas, se ele não quiser
libertar-nos, fica sabendo, ó rei, que não prestaremos culto a teus
deuses e tampouco adoraremos a estátua de ouro que mandaste fazer". 19A
estas palavras, Nabucodonosor encheu-se de cólera contra Sidrac, Misac e
Abdênago, a ponto de se alterar a expressão do rosto; deu ordem para
acender a fornalha com sete vezes mais fogo que de costume; 20e
encarregou os soldados mais fortes do exército para amarrarem Sidrac,
Misac e Abdênago e os lançarem na fornalha de fogo ardente. 24Os três
jovens andavam de cá para lá no meio das chamas, entoando hinos a Deus e
bendizendo ao Senhor. 49aMas o anjo do Senhor tinha descido
simultaneamente na fornalha para junto de Azarias e seus companheiros.
91O rei Nabucodonosor, tomado de pasmo, levantou-se apressadamente, e
perguntou a seus ministros: "Porventura, não lançamos três homens bem
amarrados no meio fogo?" Responderam ao rei: "É verdade, ó rei".92Disse
este: "Mas eu estou vendo quatro homens andando livremente no meio do
fogo, sem sofrerem nenhum mal, e o aspecto do quarto homem é semelhante
ao de um filho de Deus". 95Exclamou Nabucodonosor: "Bendito seja o Deus
de Sidrac, Misac e Abdênago que enviou seu anjo e libertou seus servos,
que puseram nele sua confiança e transgrediram o decreto do rei,
preferindo entregar suas vidas a servir e adorar qualquer outro Deus que
não fosse o seu Deus.
- Palavra do Senhor
- Graças a Deus
- Graças a Deus
Salmo Dn 3
Sede bendito, Senhor Deus de nossos
pais. A vós louvor, honra e glória eternamente! Sede bendito, nome santo
e glorioso. A vós louvor, honra e glória eternamente!
R: A vós louvor, honra e glória eternamente!
- No templo santo onde refulge a vossa
glória. A vós louvor, honra e glória eternamente! E em vosso trono de
poder vitorioso. A vós louvor, honra e glória eternamente!
R: A vós louvor, honra e glória eternamente!
- Sede bendito, que sondais as profundezas. A vós louvor, honra e glória eternamente! E superior aos querubins vos assentais. A vós louvor, honra e glória eternamente!
- Sede bendito, que sondais as profundezas. A vós louvor, honra e glória eternamente! E superior aos querubins vos assentais. A vós louvor, honra e glória eternamente!
R: A vós louvor, honra e glória eternamente!
- Sede bendito no celeste firmamento. A vós louvor, honra e glória eternamente!
R: A vós louvor, honra e glória eternamente!
Obras todas do Senhor, glorificai-o. A ele louvor, honra e glória eternamente!
R: A vós louvor, honra e glória eternamente!
Evangelho de Jesus Cristo segundo São João 8, 31-42
- Honra, glória, poder e louvor a Jesus, nosso Deus e Senhor!
- Felizes os que observam a palavra do Senhor de reto coração e que produzem muitos frutos, até o fim perseverantes! (Lc 8, 15)
- Felizes os que observam a palavra do Senhor de reto coração e que produzem muitos frutos, até o fim perseverantes! (Lc 8, 15)
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São João:
Naquele tempo, 31Jesus disse aos judeus
que nele tinham acreditado: "Se permanecerdes na minha palavra, sereis
verdadeiramente meus discípulos, 32e conhecereis a verdade, e a verdade
vos libertará". 33Responderam eles: "Somos descendentes de Abraão, e
nunca fomos escravos de ninguém. Como podes dizer: ‘Vós vos tornareis
livres'?" 34Jesus respondeu: "Em verdade, em verdade vos digo, todo
aquele que comete pecado é escravo do pecado. 35O escravo não permanece
para sempre numa família, mas o filho permanece nela para sempre. 36Se,
pois, o Filho vos libertar, sereis verdadeiramente livres. 37Bem sei que
sois descendentes de Abraão; no entanto, procurais matar-me, porque a
minha palavra não é acolhida por vós. 38Eu falo o que vi junto do Pai; e
vós fazeis o que ouvistes do vosso pai". 39Eles responderam então:
"Nosso pai é Abraão". Disse-lhes Jesus: "Se sois filhos de Abraão,
praticai as obras de Abraão! 40Mas agora, vós procurais matar-me, a mim,
que vos falei a verdade que ouvi de Deus. Isto, Abraão não o fez. 41Vós
fazeis as obras do vosso pai". Disseram-lhe, então: "Nós não nascemos
do adultério, temos um só pai: Deus". 42Respondeu-lhes Jesus: "Se Deus
fosse vosso Pai, certamente me amaríeis, porque de Deus é que eu saí, e
vim. Não vim por mim mesmo, mas foi ele que me enviou".
- Palavra da salvação
- Glória a Vós, Senhor
- Glória a Vós, Senhor
Comentário ao Evangelho do dia feito por Concílio Vaticano II
Constituição dogmática sobre a Igreja no mundo
contemporâneo, «Gaudium et Spes», §§ 16-17
«Conhecereis a verdade e a verdade vos tornará livres»
Constituição dogmática sobre a Igreja no mundo
contemporâneo, «Gaudium et Spes», §§ 16-17
«Conhecereis a verdade e a verdade vos tornará livres»
No fundo da própria consciência, o
homem descobre uma lei que não se impôs a si mesmo, mas à qual deve
obedecer; essa voz, que o chama constantemente ao amor do bem e à fuga
do mal, soa no momento oportuno, na intimidade do seu coração: faz isto,
evita aquilo. O homem tem no coração uma lei escrita pelo próprio Deus;
a sua dignidade está em obedecer-lhe, e por ela é que será julgado (Rm
2, 14-16). A consciência é o centro mais secreto e o santuário do homem,
no qual se encontra a sós com Deus, cuja voz se faz ouvir na intimidade
do seu ser. [...]
Só na liberdade é que o homem se
pode converter ao bem. Os homens de hoje apreciam grandemente e procuram
com ardor esta liberdade; e com toda a razão. Muitas vezes, porém,
fomentam-na dum modo condenável, como se ela consistisse na licença de
fazer seja o que for, mesmo o mal, contanto que lhes agrade. A liberdade
verdadeira é um sinal privilegiado da imagem divina no homem. Pois Deus
quis «deixar o homem entregue à sua própria decisão» (Gn 1,26), para
que busque por si mesmo o seu Criador e livremente chegue à total e
beatífica perfeição, aderindo a Ele. A dignidade do homem exige portanto
que ele proceda segundo a própria consciência e por livre adesão. [...]
O homem atinge esta dignidade quando, libertando-se da escravidão das
paixões, tende para o fim pela livre escolha do bem e procura a sério e
com diligente iniciativa os meios convenientes. Mas a liberdade do
homem, ferida pelo pecado, só com a ajuda da graça divina pode tornar
plenamente efectiva esta orientação para Deus.
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