Cidade do Vaticano (Segunda-feira, 18-03-2013, Gaudium Press)
Próximo do meio dia, hora de iniciar o primeiro Ângelus do Pontificado
do Papa Francisco, a Praça de São Pedro estava completamente cheia, e os
peregrinos que iam chegando por todas as vias de acesso,
particularmente pela Via Ottaviano, procurando chegar não diretamente a
Praça vaticana mas a Via della Conziliazione que dá direto na Praça São
Pedro, para poder, se não ver, pelo menos ter algo de contato com o
Papa.
Papa Francisco, de seus aposentos, no primeiro Angelus de seu pontificado. Foto: Gustavo Kralj / Gaudium Press |
Era o primeiro contato do povo romano, e
dos milhares de peregrinos presentes nestes dias na cidade eterna, com o
Papa Francisco na oração do Angelus de domingo. Calculam-se em cerca de
200.000 pessoas presentes. O tema do Angelus, muito apropriado pra
inicias uma relação de de "amizade": o comentário do Papa do evangelho
do dia sobre a mulher adúltera.
"Estou contente por este encontro
convosco seja num domingo; este é um dia para que nós cristãos nos
sudemos, falemos, como o estamos fazendo aqui, agora, nesta praça
grande, que graças a medida, tem as dimensões do mundo", iniciou dando
as boas vindas o Papa.
"O rosto de Deus é o de um Pai
misericordioso que sempre tem paciência(...) Não se cansa de nos
perdoara se soubermos voltar a Ele com o coração contrito. Grande é a
misericórdia dos Senhor". "Se Deus não perdoasse tanto, o mundo não
existiria", afirmou o Santo Padre, ressaltando ressaltando esse atributo
essencial da divindade que é sua capacidade de perdão.
O Papa e a Virgem de Fátima
O Papa, continuando com seus comentários
espontâneos que vai intercalando aos textos que leva preparados por
escrito, incluiu uma recordação pessoal, de uma peregrinação de uma
imagem da Virgem de Fátima: "É bonita, a misericórdia! Lembro-me, quando
apenas era bispo, em 1992, chegou a Buenos Aires, a Virgem de Fátima e
foi realizada uma grande missa para os enfermos. Fui atender confissões
naquela missa. E quase no final da missa levantei porque tinha que
administrar uma confirmação.
Venho até mim uma mulher já anciã,
humilde, de m,ais de oitenta anos, Eu a olhei e disse: "Vovó -porque ali
chamamos aos anciãos- vovó, queres confessar-e? Sim, me disse. " Mas a
senhora não tem pecado..." E ela me disse: "Todos temos pecados'... ‘Ma o
Senhor não a perdoa?' ‘O Senhor perdoa tudo' me disse, com segurança.
‘Mas, como sabe isto, senhora?' ‘Se o Senhor não perdoasse tudo, o mundo
no existiria'. Me deu vontade de pergunta-lhe: ‘Diga-me, senhora, a
senhora estudou na Universidade Gregoriana?' porque essa é a sabedoria
que dá o Espírito Santo: sabedoria interior da misericórdia de Deus. Não
nos esqueçamos esta palavra: Deus nunca se cansa de perdoar, nunca!".
Foto: Gustavo Kralj / Gaudium Press |
Deus não se cansa de perdoar nos, é o
homem que se cansa de procurar Deus pra implorar sua misericórdia: "Bem,
o problema é que nós nos cansamos de pedir perdão! Mas Ele nunca se
cansa de perdoar; somos nós os que, às vezes, nos cansamos de perdão. E
não temos cansar nos nunca, nunca. Ele é o Pai amoroso que perdoa sempre
e cujo coração está cheio de misericórdia pra todos nós. Temos que
aprender a ser mais misericordiosos com todos. Invoquemos a intercessão
da Virgem Maria, que teve em seus braços a Misericórdia de Deus feito
Homem".
Finalmente o Pontífice saudou os
peregrinos presentes, vindos "de varias partes da Itália e do Mundo,
assim como aqueles que se unem a nós através dos meios de comunicação",
pelos quais foi possível ouvir os aplausos dos presentes.
Gaudium Press / Saúl Castiblanco
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