Santo do dia: Anunciação do Senhor (Solenidade transferida para o dia 8 de abril); São Dimas
Cor litúrgica: Roxo
Primeira leitura: Isaías 42, 1-7
Leitura do livro do Profeta Isaías:
Leitura do livro do Profeta Isaías:
1"Eis o meu servo - eu o recebo; eis o
meu eleito - nele se compraz minh'alma; pus meu espírito sobre ele, ele
promoverá o julgamento das nações. 2Ele não clama nem levanta a voz, nem
se faz ouvir pelas ruas. 3Não quebra uma cana rachada nem apaga um
pavio que ainda fumega; mas proverá o julgamento para obter a
verdade. 4Não esmorecerá nem se deixará abater, enquanto não estabelecer
a justiça na terra; os países distantes esperam seus
ensinamentos". 5Isto diz o Senhor Deus, que criou o céu e o estendeu,
firmou a terra e tudo que dela germina, que dá a respiração aos seus
habitantes e o sopro da vida ao que nela se move: 6"Eu, o Senhor, te
chamei para a justiça e te tomei pela mão; eu te formei e te constituí
como o centro de aliança do povo, luz das nações, 7para abrires os olhos
dos cegos, tirar os cativos da prisão, livrar do cárcere os que vivem
nas trevas.
- Palavra do Senhor
- Graças a Deus
- Graças a Deus
Salmo 27
O Senhor é minha luz e salvação; de quem eu terei medo? O Senhor é a proteção da minha vida; perante quem eu temerei?
R: O Senhor é minha luz e salvação.
- Quando avançam os malvados contra mim, querendo devorar-me, são eles, inimigos e opressores, que tropeçam e sucumbem.
R: O Senhor é minha luz e salvação.
- Se contra mim um exército se armar, não temerá meu coração; se contra mim uma batalha estourar, mesmo assim confiarei.
R: O Senhor é minha luz e salvação.
- Sei que a bondade do Senhor eu hei de ver na terra dos videntes. Espera no Senhor e tem coragem, espera no Senhor!
R: O Senhor é minha luz e salvação.
Evangelho de Jesus Cristo segundo São João 12, 1-11
- Honra, glória, poder e louvor a Jesus, nosso Deus e Senhor!
- Salve, nosso rei, somente vós tendes compaixão dos nossos erros
- Salve, nosso rei, somente vós tendes compaixão dos nossos erros
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São João:
1Seis dias antes da Páscoa, Jesus foi a
Betânia, onde morava Lázaro, que ele havia ressuscitado dos mortos. 2Ali
ofereceram a Jesus um jantar; Marta servia e Lázaro era um dos que
estavam à mesa com ele.3Maria, tomando quase meio litro de perfume de
nardo puro e muito caro, ungiu os pés de Jesus e enxugou-os com seus
cabelos. A casa inteira ficou cheia do perfume do bálsamo. 4Então, falou
Judas Iscariotes, um dos seus discípulos, aquele que o havia de
entregar: 5"Por que não se vendeu este perfume por trezentas moedas de
prata, para dá-las aos pobres?" 6Judas falou assim, não porque se
preocupasse com os pobres, mas porque era ladrão; ele tomava conta da
bolsa comum e roubava o que se depositava nela. 7Jesus, porém, disse:
"Deixa-a; ela fez isto em vista do dia da minha sepultura. 8Pobres,
sempre os tereis convosco, enquanto a mim, nem sempre me
tereis". 9Muitos judeus, tendo sabido que Jesus estava em Betânia, foram
para lá, não só por causa de Jesus, mas também para verem Lázaro, que
Jesus ressuscitara dos mortos. 10Então, os sumos sacerdotes decidiram
matar também Lázaro, 11porque por causa dele, muitos deixavam os judeus e
acreditavam em Jesus.
- Palavra da salvação
- Glória a Vós, Senhor
- Glória a Vós, Senhor
Comentário ao Evangelho do dia feito por Beato João Paulo II
(1920-2005), Papa
Exortação apostólica «Vita Consecrata», §§ 104-105
(trad. © copyright Libreria Editrice Vaticana, rev.)
«Uma libra de perfume de nardo puro, de alto preço»
(1920-2005), Papa
Exortação apostólica «Vita Consecrata», §§ 104-105
(trad. © copyright Libreria Editrice Vaticana, rev.)
«Uma libra de perfume de nardo puro, de alto preço»
Diversos são aqueles que hoje se
interrogam perplexos: Porquê a vida consagrada? Porquê abraçar este
gênero de vida, quando existem tantas urgências [...] às quais se pode
responder igualmente sem assumir os compromissos peculiares da vida
consagrada? A vida consagrada não será uma espécie de desperdício de
energias humanas que podiam ser utilizadas, segundo critérios de
eficiência, para um bem maior da humanidade e da Igreja? [...] Sempre
existiram interrogações semelhantes, como demonstra eloquentemente o
episódio evangélico da unção de Betânia: «Maria, tomando uma libra de
perfume de nardo puro, de alto preço, ungiu os pés de Jesus e enxugou-os
com os cabelos; e a casa encheu-se com o cheiro do perfume» (Jo 12,3). A
Judas que, tomando como pretexto as necessidades dos pobres, se
lamentava por tão grande desperdício, Jesus respondeu: «Deixa-a fazer!»
(Jo 12,7).
Esta é a resposta, sempre válida, à
pergunta que tantos, mesmo de boa fé, colocam acerca da atualidade da
vida consagrada: [...] «Deixa-a fazer!»
Para aqueles a quem foi concedido o dom de seguir mais de perto o Senhor Jesus, é óbvio que Ele pode e deve ser amado com coração indiviso, que se Lhe pode dedicar a vida toda e não apenas alguns gestos, alguns momentos ou algumas atividades. O perfume de alto preço, derramado como puro ato de amor e, por conseguinte, fora de qualquer consideração utilitária, é sinal de uma superabundância de gratuidade, como a que transparece numa vida gasta a amar e a servir o Senhor, a dedicar-se à Sua Pessoa e ao Seu Corpo Místico. Mas é desta vida derramada sem reservas que se difunde um perfume que enche toda a casa. A casa de Deus, a Igreja, é adornada e enriquecida hoje, não menos que outrora, pela presença da vida consagrada. [...] A vida consagrada é importante precisamente por ser superabundância de gratuidade e de amor, o que se torna ainda mais verdadeiro num mundo que se arrisca a ficar sufocado na vertigem do efémero.
Para aqueles a quem foi concedido o dom de seguir mais de perto o Senhor Jesus, é óbvio que Ele pode e deve ser amado com coração indiviso, que se Lhe pode dedicar a vida toda e não apenas alguns gestos, alguns momentos ou algumas atividades. O perfume de alto preço, derramado como puro ato de amor e, por conseguinte, fora de qualquer consideração utilitária, é sinal de uma superabundância de gratuidade, como a que transparece numa vida gasta a amar e a servir o Senhor, a dedicar-se à Sua Pessoa e ao Seu Corpo Místico. Mas é desta vida derramada sem reservas que se difunde um perfume que enche toda a casa. A casa de Deus, a Igreja, é adornada e enriquecida hoje, não menos que outrora, pela presença da vida consagrada. [...] A vida consagrada é importante precisamente por ser superabundância de gratuidade e de amor, o que se torna ainda mais verdadeiro num mundo que se arrisca a ficar sufocado na vertigem do efémero.
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