Memória de Nossa Senhora do Rosário
A Santa Igreja, sendo guiada
pelo Espírito Santo durante seus dois milênios de história, produziu
diversos e abundantes frutos de devoção e manifestação de amor a Deus.
Dentre esses frutos, destacaremos um dos mais belos e conhecidos na
piedade católica, o Rosário de Nossa Senhora.
Onde e quando surgiu essa afamada devoção?
Corria o ano de 1214 e se
alastrava na França uma terrível heresia sustentada pelos albigenses,
que estava devastando a fé naquela região. Para combater essa chaga na
Igreja de Jesus Cristo, um santo homem pregava a doutrina verdadeira e
refutava os erros albigenses. Era o ardoroso São Domingos. Entretanto,
vendo que seus esforços eram praticamente insuficientes, o santo se
retira para uma floresta, onde passa três dias na mais profunda oração e
penitência. Quando já estava quase sem forças, lhe aparece Nossa
Senhora e entrega-lhe, em suas mãos, a arma com que iria vencer essa
disputa, o Rosário.
São Domingos dirige-se à
catedral onde, subitamente, a natureza manifesta um terrível espetáculo
de trovões, tremores e até o sol se velou. Após essa amostra do desgosto
de Deus, devido à heresia daquele povo, São Domingos faz uma
entusiasmada pregação sobre a excelência do Rosário, convertendo a
grande parte dos fiéis que o ouviam.¹ Mais tarde, em 1571, a esquadra
cristã vendo-se em grande perigo diante de uma arriscada batalha no
golfo de Lepanto, recomenda-se ao auxílio da Santíssima Virgem através
da recitação do Rosário, obtendo a vitória depois de um difícil combate.
E no ano seguinte o Papa São Pio V institui esta comemoração em ação de
graças pela vitória.
Diante de tantos prodígios,
poderia alguém hesitar em inserir esta devoção na sua vida? Diante de
tantos problemas que nos rodeiam, poderíamos nós não recorrermos ao
auxílio da Mãe daquele que tudo pode? Comecemos, então, a partir de hoje
a seguir o conselho que Ela mesma deu em Fátima: “Se queres ter paz,
reze o terço todos os dias”.
¹Cf. MONTFORT, São Luís Maria Grignion de. O Segredo admirável do Santíssimo Rosário. BAC, Madri, 1954.
Por Rodrigo Siqueira
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