SANTO DO DIA: Beata Cristina Camozzi, viúva; São Martiniano, Ermitão
Primeira leitura: São Tiago 1,1-11
Leitura da Carta de São Tiago:
1Tiago, servo de Deus e do Senhor Jesus Cristo, às doze tribos que vivem na dispersão: Saudações. 2Meus irmãos, quando deveis passar por diversas provações, considerai isso motivo de grande alegria, 3por saberdes que a comprovação da fé produz em vós a perseverança. 4Mas é preciso que a perseverança gere uma obra de perfeição, para que vos torneis perfeitos e íntegros, sem falta ou deficiência alguma. 5Se a alguém de vós falta sabedoria, peça-a a Deus, que a concede generosamente a todos, sem impor condições; e ela lhe será dada. 6Mas peça com fé, sem duvidar, porque aquele que duvida é semelhante a uma onda do mar, impelida e agitada pelo vento. 7Não pense tal pessoa que receberá alguma coisa do Senhor: 8o homem de duas almas é inconstante em todos os seus caminhos. 9O irmão humilde pode ufanar-se de sua exaltação, 10mas o rico deve gloriar-se de sua humilhação. Pois há de passar como a flor da erva. 11Com efeito, basta que surja o sol com o seu calor, logo seca a erva, cai a sua flor, e desaparece a beleza do seu aspecto. Assim também acabará por murchar o rico no meio de seus negócios.
- Palavra da salvação
- Glória a Vós, Senhor.
- Glória a Vós, Senhor.
SALMO 119,67-76
Antes de ser por vós provado, eu me perdera; mas agora sigo firme em vossa lei!
R: Venha a mim o vosso amor e viverei.
- Porque sois bom e realizais somente o bem, ensinai-me a fazer vossa vontade!
R: Venha a mim o vosso amor e viverei.
- Para mim foi muito bom ser humilhado, porque assim eu aprendi vossa vontade!
R: Venha a mim o vosso amor e viverei.
- A lei de vossa boca, para mim, vale mais do que milhões em ouro e prata.
R: Venha a mim o vosso amor e viverei.
R: Venha a mim o vosso amor e viverei.
- Sei que os vossos julgamentos são corretos e com justiça me provastes, ó Senhor!
R: Venha a mim o vosso amor e viverei.
- Vosso amor seja um consolo para mim, conforme a vosso servo prometestes.
R: Venha a mim o vosso amor e viverei.
Evangelho de Jesus Cristo segundo São Marcos 8,11-13
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Marcos:
Naquele tempo, 11os fariseus vieram e começaram a discutir com Jesus. E, para pô-lo à prova, pediam-lhe um sinal do céu. 12Mas Jesus deu um suspiro profundo e disse: "Por que esta gente pede um sinal? Em verdade vos digo, a esta gente não será dado nenhum sinal". 13E, deixando-os, Jesus entrou de novo na barca e se dirigiu para a outra margem.
- Palavra da salvação
- Glória a Vós, Senhor.
- Glória a Vós, Senhor.
Comentário ao Evangelho do dia feito por Catecismo da Igreja Católica, §§ 156-159
Os que crêem vêem os sinais
As características da fé. A fé e a inteligência: O motivo de crer não é o facto de as verdades reveladas aparecerem como verdadeiras e inteligíveis à luz da nossa razão natural. Nós cremos «por causa da autoridade do próprio Deus revelador, que não pode enganar-se nem enganar-nos». «Contudo, para que a homenagem da nossa fé fosse conforme à razão, Deus quis que os auxílios interiores do Espírito Santo fossem acompanhados de provas exteriores da Sua Revelação» (Vaticano I). Assim, os milagres de Cristo e dos santos, as profecias, a propagação e a santidade da Igreja, a sua fecundidade e estabilidade «são sinais certos da Revelação, adaptados à inteligência de todos», «motivos de credibilidade», mostrando que o assentimento da fé não é, «de modo algum, um movimento cego do espírito» (Vaticano I).
A fé é certa, mais certa que qualquer conhecimento humano, porque se funda na própria Palavra de Deus, que não pode mentir. Sem dúvida que as verdades reveladas podem parecer obscuras à razão e à experiência humanas; mas «a certeza dada pela luz divina é maior do que a dada pela luz da razão natural» (S. Tomás de Aquino) «Dez mil dificuldades não fazem uma só dúvida» (Bem-aventurado J.H. Newman). «A fé procura compreender» (Santo Anselmo): é inerente à fé o desejo do crente de conhecer melhor Aquele em quem acreditou, e de compreender melhor o que Ele revelou. [...]
Fé e ciência: «Muito embora a fé esteja acima da razão, nunca pode haver verdadeiro desacordo entre ambas: o mesmo Deus, que revela os mistérios e comunica a fé, também acendeu no espírito humano a luz da razão. E Deus não pode negar-Se a Si próprio, nem a verdade pode jamais contradizer a verdade» (Vaticano I) «É por isso que a busca metódica, em todos os domínios do saber, se for conduzida de modo verdadeiramente científico e segundo as normas da moral, jamais estará em oposição à fé: as realidades profanas e as da fé encontram a sua origem num só e mesmo Deus. Mais ainda: aquele que se esforça, com perseverança e humildade, por penetrar no segredo das coisas, é como que conduzido pela mão de Deus, que sustenta todos os seres e faz que eles sejam o que são, mesmo que não tenha consciência disso» (Vaticano II).
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