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terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Mãe: figura aristocrática na família católica – Parte II

A Mãe Aristocrática: o espírito de caridade no Lar
A mãe também representa a caridade dentro do lar: primeiro por ser aquela que olha pela necessidade dos seus e procura aliviá-las. Se um filho está doente, ela é toda atenção e sacrifícios para o retorno de sua boa saúde; se uma filha vai mau na escola, gasta seu precioso tempo revendo as lições com a pequenina, de modo que ela fixe bem o assunto; se o marido está estressado por causa dos trabalhos, ela é toda doçura e amenidade, para que o seu amado não se sobrecarregue ainda com os pequenos problemas do lar, dos quais a própria mãe muitas vezes pode se encarregar. Ela também representa a caridade porque habitualmente é quem inculca nos filhos o espírito de economia, de amor aos necessitados, ensinando-lhes o valor das coisas e como é importante rezar pelos que mais precisam de bens espirituais e materiais.
Uma outra caridade feita pela mãe, muitas vezes sem que ninguém da casa o perceba, é a administração do tempo e atenção do esposo. As vezes acontece de o marido chegar do trabalho e dedicar muita atenção a um dos filhos e passar toda a noite sem dar afeto suficiente ao outros… a mãe, neste momento, arranja um modo pelo qual o pai note a presença dos demais e se entretenha com a presença deles: seja contando algo que aconteceu com o filho mais velho na escola, seja cantando despretensiosamente com a filha mais nova alguma cantiga de que o pai tenha um gosto especial… enfim, usando sua criatividade materna em favor dos seus pequenos.
No livro do Cardeal Herrera Oria, há uma ilustração da caridade materna na pessoa da Virgem Santissima. Eis o trecho:
“C. No Evangelho aparece muito claro o contraste entre a falta de misericórdia, de caridade, de espírito aristocrático dos apóstolos na cena que comentamos (o Evangelho da multiplicação dos pães – Jo. 6,1-15) e a inefável missão aristocrática que desempenhou Maria Santíssima nas Bodas de Caná.
“a) Atenta às necessidades dos demais, Maria aproxima-se de quem pode remediá-las para as expor.
“b) E depois se aproxima do povo, representado pelos criados, para mostrar-lhes que devem ser obedientes”.
É pedir demais que as mães tenham uma presença aristocrática no Lar?

Lendo este pequeno texto, a leitora pode pensar que talvez o texto tenha dado informações demais, e que seria impossível para uma mãe dar conta de tantas “funções” ao mesmo tempo. De fato, se para cada uma destas coisas a esposa/mãe precisasse de um longo tempo de preparação ou já tivesse que fazê-las impecavelmente, sem cometer nenhum deslize. Mas, no fundo estas são coisas que toda mãe de família dedicada naturalmente aplica no seu lar. Com um pouco de boa vontade e desejo de fazer do lar um ambiente ameno e em que se respira a paz de Nosso Senhor, a mãe de família vai se dando conta destas necessidades e começa a criar, ao seu modo, estratégias eficazes para que reine em sua casa o espírito da verdadeira família católica.

Fonte: Blog As Chamas do lar católico

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