Dom Anuar recordou que, na semana
passada, durante a Santa Missa na Casa Santa Marta, o Papa Francisco
denunciou o perigo do mundanismo e rezou pelos jovens que recebem de
seus pais bens provenientes de subornos e corrupção, continuando
"famintos de dignidade".
Segundo o prelado, o Santo Padre
condenou o perigo de viver conforme "os valores do mundo", com um estilo
de vida "que é tão agradável ao diabo". "O mundanismo é o inimigo". A
partir do Evangelho sobre a parábola do administrador desonesto,
ressaltou que por causa deste espírito do mundo, a alma humana está
contaminada a ponto dos pais transmitirem aos filhos "sujeira" e
"corrupção", em vez de fazer o bem.
Na ocasião, o Pontífice disse também:
"jovens cheios de presentes caros, que frequentam ambientes
sofisticados, sem saber que isto é resultado de suborno e práticas
desonestas. Recebem continuamente esse pão sujo, esses meninos e meninas
têm fome, fome de dignidade, pois o trabalho desonesto tira a
dignidade. Nem todos são assim. Muitos são aqueles que, por vezes,
deixam poluir a alma e o coração pela atitude do caminho mais curto,
mais cômodo para ganhar-se a vida. Deus nos mandou trazer o pão para
casa com o nosso trabalho honesto. Suborno e corrupção são pecados
graves".
"Mas isso, na consciência geral, é
conhecido. O que se subestima é que esses pecados são como drogas,
porque, talvez comece com um pequeno suborno, e isso cria uma
dependência que leva ao abuso e à morte da dignidade e da alma. Mesmo o
administrador do Evangelho, representante de muitos administradores
mencionados acima, trouxe para casa o pão", acrescentou o Papa, na
época.
Ainda de acordo com o Santo Padre "o
próprio Cristo nos exorta a sermos ‘astutos como as serpentes mas
simples como as pombas'. Colocar junto estas duas dimensões é uma graça
do Espírito Santo, que bem como todas as graças, é um dom que devemos
pedir ao Senhor".
"Estas pobres pessoas que perderam a
dignidade na prática de subornos não levam consigo o dinheiro que
ganham, mas a falta de dignidade. Rezemos por elas", finalizou o Papa.
Concluindo, Dom Anuar afirmou que em
sintonia com esta reflexão do Papa Francisco, ele reza e pensa em tantos
jovens e crianças que vivem uma vida fora do mundo real, alienados pela
realidade dura e complicada de ganhar o pão de cada dia com o suor do
próprio rosto.
"Sentir na própria pele o que significa
viver com um ou dois salários mínimos. Acostumados a comer o pão sujo da
desonestidade e corrupção, não percebem que estão perdendo a dignidade.
Que mundo é esse sem amor e dignidade?". (FB)
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