
Em segundo lugar, a humildade. Deus resiste aos soberbos, e não lhes atende aos pedidos; mas dá a sua graça aos humildes, (Tg 4,6) e
não deixa os seus pedidos sem os deferir. “A oração do que se humilha,
penetrará as nuvens e não se retirará enquanto o Altíssimo não puser
nela os olhos.”(Eclo 35, 21) E isto acontece, ainda que a pessoa tenha
sido anteriormente pecadora, porquanto Deus não desprezará um coração contrito e humilhado. (Sl 50, 19)
Em terceiro lugar é preciso a confiança, que nos faz esperar tudo pelos merecimentos de Jesus Cristo e pela intercessão de Maria Santíssima. Nullus speravit in Domine et confusus est, (Eclo 2, 11) – “Ninguém esperou no Senhor e ficou confundido”. Ensina-nos Jesus Cristo mesmo que, quando tenhamos alguma graça a pedir, não O chamemos com outro nome além do de Pai: Pater noster, a
fim de que oremos com toda a confiança que é própria do filho para com o
pai. O que pede com confiança obtém tudo. “Eu vos digo”, assim fala o
Senhor, “que todas as coisas que pedirdes orando, crede que as
recebereis, e elas vos acudirão” (Mc 11, 24)

O que importa sobretudo, é ter perseverança na oração. Diz
Cornélio a Lápide que o Senhor “quer que sejamos perseverantes na oração
até a importunação”. É o que significam os textos seguintes da
Escritura: É preciso orar sempre; (Lc 18, 1) Vigiai sempre, orando (Lc 21, 16); Orai sem cessar. (1Ts 5, 17) É o que significam ainda estas repetições: Pedi e recebereis; buscai e achareis; batei à porta e ela se vos abrirá. (Lc 11, 9) Bastava ter dito: pedi, petite; mas
o Senhor nos quis fazer compreender que devemos seguir o exemplo dos
mendigos, que nunca deixam de pedir, de insistir e de bater à porta,
enquanto não tenham recebido alguma esmola.

Meu Deus, tenho confiança de que já me perdoastes; mas meus inimigos
não deixarão de me combater até à morte. Se não me socorrerdes,
sucumbirei de novo. Suplico-Vos, pelos merecimentos de Jesus Cristo, que
me concedais a santa perseverança. Não permitais que me afaste de Vós. Peço-Vos
o mesmo favor para todos os que estão atualmente na vossa graça.
Confiado em vossas promessas, estou certo de que me dareis a perseverança, se continuar a pedi-la. Receio, porém, que nas tentações deixe de recorrer a Vós, e assim torne a cair em pecado. Peço-Vos, pois, a graça de nunca deixar de rezar. Fazei que nas ocasiões perigosas me recomende sempre a Vós, e chame em meu auxílio os santíssimos Nomes de Jesus e Maria. É o que estou resolvido a fazer sempre, e espero fazê-lo pela vossa graça. Atendei-me pelo amor de Jesus Cristo. – Ó Maria, minha Mãe, fazei que nos perigos de perder o meu Deus, sempre recorra a Vós e a vosso Filho.
Confiado em vossas promessas, estou certo de que me dareis a perseverança, se continuar a pedi-la. Receio, porém, que nas tentações deixe de recorrer a Vós, e assim torne a cair em pecado. Peço-Vos, pois, a graça de nunca deixar de rezar. Fazei que nas ocasiões perigosas me recomende sempre a Vós, e chame em meu auxílio os santíssimos Nomes de Jesus e Maria. É o que estou resolvido a fazer sempre, e espero fazê-lo pela vossa graça. Atendei-me pelo amor de Jesus Cristo. – Ó Maria, minha Mãe, fazei que nos perigos de perder o meu Deus, sempre recorra a Vós e a vosso Filho.
Fonte: Pe. Thiago Maria Cristini, C. SS.
R., “Meditações para todos os dias do ano tiradas das obras de Santo
Afonso Maria de Ligório, Bispo e Doutor da Igreja”, Herder e Cia., tomo
II, págs. 293 – 295, Friburgo em Brisgau, Alemanha, 1921.
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